I am fine

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"Estrelas não podem brilhar sem a escuridão"...

Jimin

Há coisas realmente imprevisíveis que acontecem e não nos damos conta. Lembro de Jungkook ir ao mercado e, algum tempo depois, alguém tocar a campainha. Mesmo sem saber quem era, abri. Eu não deveria ter feito isso.

— Ora, se não é o famoso Jimin.

— O que você quer?

Com você? Nada, apenas quero que o Jungkook desapareça, entende?

— Por que está fazendo isso?

Aish, você é realmente irritante!

— Ele é seu filho!

Devemos pagar pelos erros, não é?

— Você é completamente louco!

Vocês não sabem brincar.

Em passos rápidos, ele vem até mim, me segura com força. Eu gritei e tentei me soltar, sentindo algo pontudo perfurar meu braço.

— O que é isso?

Não vou te matar... Afinal, você não é o Jungkook!

Sinto meu corpo inteiro perder a força, minha visão fica turva e não consigo pensar em mais nada quando simplesmente apago.

[...]

— Por que ele não acorda?!

Ouço alguém gritar. Com grande esforço, abro os olhos, acostumando-me com a claridade.

— Jungkook... — digo quase inaudível. Ele estava segurando minha mão, o rosto coberto de lágrimas. — Por que está chorando?

— Você está bem? Não se machucou? O que aconteceu? — ele pergunta afobado, e tudo o que consigo pronunciar é:

— Estou bem. Essa é a única coisa que consigo dizer. Ele me abraça, como se precisasse do gesto para se convencer de minhas palavras.

— Você me assustou — sua voz falha à medida que se expressa. — Eu realmente pensei que...

— Estou bem, hmm? Não chore. — Sorrio minimamente.

— Eu realmente dou um belo candelabro, porque de vela eu já ultrapassei! — me assusto ao ouvir a voz de JB, notando finalmente a presença dele.

— Oh, você está aqui! — sorrio, enquanto ele afaga meu cabelo.

— Você realmente nos deixou preocupados. — ele afirma, e eu sorrio sem jeito.

— Obrigado por se preocupar. — agradeço, singelo.

— Bom, Jungkook, cuide do Jimin. Já vou indo. — JB se despede.

— Até mais. — grito na medida em que ele já estava do lado de fora da casa. Levanto para ir ao meu quarto, mas Jungkook me impede.

— O que está fazendo? Você tem que descansar. — ele inquere, mas apenas nego sua preocupação.

— Jungkook, eu estou bem. — tento me desviar, mas ele insiste. Acabo por ceder.

Jungkook pediu algo para comermos. Admito que esse incidente acabou me deixando sem apetite, e parece que eu não era o único.

— Jimin, sobre hoje... Me desculpe. — Jungkook diz depois de um período de silêncio.

— Por que está se desculpando? Não foi culpa sua. — seguro sua mão, de algum modo tentando passar-lhe conforto.

— Se não fosse por minha causa, meu pai não teria vindo aqui. — apesar da clara verdade, não sei por que colocaria qualquer tipo de culpa nele.

— Mas ainda assim, não se culpe. Foi apenas um pequeno acidente. — digo numa tentativa falha de amenizar o clima.

— Não foi um pequeno acidente, e se talvez ele te machucasse? Eu não me perdoaria por isso. — ele roga com os punhos cerrados.

— Isso não é sua culpa, Jungkook, então não se desculpe. — peço, suplicante.

— E se ele fizer mal a você? Eu não consigo nem ao menos te proteger. — bato na mesa com certa força ao ouvi-lo se expressar tão negativamente sobre si mesmo.

— Jungkook, pelo menos uma vez se preocupe consigo mesmo. Seu pai não quer me machucar, esse não é o objetivo dele, então por favor, tome cuidado, ok? — tento miseravelmente limpar as lágrimas que caem sem pudor dos meus olhos.

— Pequeno... — ele tenta dizer algo, mas eu o interrompo.

— Você passa o tempo inteiro se preocupando comigo e não olha para si mesmo. Se você está com medo, consegue imaginar como eu estou? Tenho medo de que algo aconteça com você, que simplesmente eu te perca! — declaro, à medida que não controlo a reação de me debruçar sobre ele. Jungkook fixa seus olhos nos meus. A angústia brilha neles, como fogos artificiais entrando em combustão.

— Você não vai me perder, então não fique com medo. Eu definitivamente não vou te deixar. — ele diz, secando com ternura cada lágrima do meu rosto.

— Por que mesmo você me dizendo isso, eu não consigo acreditar? — admito num riso triste.

— Não importa o que aconteça, eu vou cumprir minha promessa, permanecer ao seu lado, sempre. — ele afirma, me puxando contra seu peito.

O abracei sem dizer nada. Não questionei, nem mesmo concordei, apenas queria que ele me dissesse se realmente acreditou em suas próprias palavras.

O que estão achando? Desculpa se ficou ruim o capitulo ,espero que estejam gostando .

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