Love beyond life

Stay strong

"Quando a gente acha que sabe todas as respostas, a vida muda todas as perguntas."

[…]

Um disparo foi ouvido, e o silêncio reinou naquele lugar. De um lado, Jimin ainda estava paralisado ao ver o corpo caído no chão.

Jungkook segurava a arma e não conseguia se mexer. Ele não teve ideia do que havia acabado de fazer.

Não conseguia acreditar que havia tirado a vida de uma pessoa, principalmente a do seu próprio pai.

                      Jimin

Ainda não conseguia acreditar no que havia acontecido. Queria levantar e ir em direção a Jungkook, mas estava sem forças e assustado.

A porta foi aberta com certa violência. Vejo Jackson com mais alguns policiais adentrarem, apontando as armas. Os mesmos pararam ao ver o corpo daquele monstro caído no chão.

— Jungkook, abaixe essa arma! — Jackson vai até ele, pedindo para que soltasse o objeto.

— E-eu não queria, e-eu juro! — Jungkook dizia repetidas vezes.

— Eu sei, Jungkook, eu sei. — Ele o puxa para um abraço, retirando a arma de sua mão e jogando-a para longe. — Está tudo bem agora.

Enquanto Jackson o consolava, os policiais levaram o corpo. Um deles veio até mim para pegar o depoimento.

— Jungkook apenas se defendeu, o pai dele ia atirar. — Falo trêmulo.

— Tudo bem, muito obrigado pelo seu depoimento.

Eu não sabia direito o estado em que Jungkook se encontrava. Espero que isso não cause mais estragos do que ele já encontrou.

Fique forte, por favor!

[…]

                  Jungkook

Medo. Mágoa. Sentimentos totalmente conflituosos. Eu estava vulnerável. Não pude acreditar no que estava acontecendo. Eu matei meu pai!

Mesmo com todos os seus erros, ele era o único que me restava. Eu não queria, mas acabei fazendo. Acabei com mais uma vida. Não pude ajudar minha mãe e agora meu pai.

Jackson ainda me abraçava, tentando de algum modo me acalmar, mas eu não conseguia chorar.

Por mais que aquilo fosse trágico, nenhuma lágrima molhou meu rosto.

— Jungkook, você precisa se acalmar. Foi apenas um acidente. — Jackson dizia, e eu negava incansavelmente.

— Eu matei ele, eu matei... — Digo trêmulo.

Me desvencilhei dos braços de Jackson e caminhei para fora daquele lugar, não me importando com os chamados dele.

Eu queria fugir. Queria sair para algum lugar, esquecer tudo isso. Tudo me sufoca. Eu não sei como lidar.

Caminho pela estrada e acabo atravessando a pista lotada de carros. Ouço as buzinas tocarem estridentemente, e, antes que eu possa ser atingido, alguém me puxa.

— Você está louco, Jungkook? — Olho para a pessoa que me puxou; era o meu pequeno. — O que está tentando fazer?

— Nada... eu só... — Não consegui terminar a frase. Jimin me olha com um olhar indecifrável.

— Eu sei que deve estar assustado, Jungkook, mas fugir disso não vai adiantar nada. É difícil, mas não impossível. Eu estou aqui com você e não vou sair do seu lado. — Ele declara, me puxando para seus braços.

— Me deixe sozinho, por favor! — Digo, uma tentativa falha de sair do seu aperto.

— Eu não vou a lugar nenhum, Jungkook. — Ele diz firmemente.

— Você não deveria ficar comigo; eu vou acabar te machucando. — Murmuro.

— Eu prometi que estaria com você em todos os momentos. Não é agora que vou te deixar. — Ele sorri. E foi o suficiente para que as lágrimas caíssem e manchassem meu rosto.

— Eu não aguento isso, tudo me machuca, eu não quero, pequeno! — Digo em soluços.

— Fique forte, Jungkook, essa é a única coisa que te peço. — Ele diz.

— Eu matei ele, Jimin, eu o matei. — O olho perdido.

Eu estava chorando, não pela perda, mas pelo simples fato de ter tirado a vida dele. Ele era meu pai, acima de tudo, e mesmo que eu o odiasse, não queria que tivesse esse fim.

Talvez eu só estivesse farto dele. Talvez ele merecesse tudo isso.

— Pequeno, e se eu não conseguir? Se eu falhar de novo? — Pergunto trêmulo.

— Se você falhar, nós vamos nos reerguer juntos, como sempre fazemos. — Ele diz, acariciando meu rosto.

— Mas eu não sei o que fazer! — Choro.

Implorei para que essa dor passasse, que essa culpa e sufoco não estivessem mais em mim. Mas tudo é em vão.

Jimin me obriga a olhar em seus olhos; sorrindo, ele beija meus lábios.

— Não chore. Culpe-se por um curto período de tempo. — Ele diz, acariciando meu cabelo. — Em troca, não se esqueça por muito tempo.

Desculpa a demora para postar o capitulo .

E se ficou ruim ...

Espero que estejam gostando 😊