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"Cada sorriso que eu te dei não vale o tanto que chorei..."

                     Jungkook

— Eu vou morar com você!

Jimin estava surpreso por eu estar dizendo isso. Admito que é uma decisão sua permitir, mas não confio em deixá-lo sozinho; tenho medo do que possa acontecer quando não estiver.

E pensar que, em todo esse tempo, apenas ocorreram coisas difíceis de lidar, mas ainda estamos aqui, lutando e persistindo, porque, apesar de tudo, mesmo não querendo admitir, somos fortes. Aguentamos tudo isso por tanto tempo, não é agora que vamos desistir.

E o mais importante é que permanecemos juntos. Quando um cai, o outro está ali para levantar. Independente de tudo, pretendo estar com meu pequeno, pois eu o amo mais que a mim mesmo.

— É sério isso, Jungkook? — ele pergunta, desacreditado. Concordo espontaneamente.

— Seríssimo, verdadeiríssimo — digo, e ele ri. Ah, como eu amo sua risada! O modo como seus olhinhos se fecham, tudo tão lindo.

— Você não vai aceitar um não, né? — ele diz, arqueando uma sobrancelha.

— Você me conhece mesmo — rio.

— Se isso vai te deixar mais tranquilo, tudo bem — ele diz, sorrindo.

Dou-lhe um beijo na testa, agradecido por sua confiança. Seguimos caminho até sua casa. Quando chegamos, involuntariamente senti aquela velha sensação ruim, lembrando das vezes em que cheguei a pensar que o perderia para sempre.

Ao notar seu rosto sem nenhuma expressão, fiquei preocupado; ele carregava más lembranças daquela casa.

— Tem certeza que quer ficar aqui? — pergunto, incerto. Ele sorri.

— Essa casa é da minha mãe, Jungkook, e você está aqui comigo. Isso já é o suficiente — ele diz, e minha expressão é de pura felicidade. Jimin continua a me encantar com seu modo de ser.

Então me diz: como não amar Park Jimin? Ele é tão forte e, ao mesmo tempo, tão frágil. Tem o sorriso capaz de me fazer sorrir nos piores dias, e não há palavras que descrevam o quanto ele é incrível. Pena que ele não acredite nisso, mas, se depender de mim, eu direi isso milhares de vezes até que ele deixe de lado o que as pessoas falam e possa se amar do jeito que é.

— Jungkook, você realmente me ama? — Jimin pergunta em certo ponto, quando estávamos deitados com Chim ao lado da cama, no tapete. Sorrio e me viro em sua direção, seus olhos brilhando como os de uma criança quando espera ansiosa o presente dos pais.

— Você ainda duvida disso? Eu te amo, pequeno, muito, muito, muito. — Dou vários beijos em seu rosto.

— Eu também te amo — ele diz baixo, olhando em meus olhos. Vasculhei em meu bolso o anel que havia comprado para ele e que, pelo ocorrido nos últimos dias, não tive como entregar.

— O que é isso, Jungkook? — ele pergunta, confuso. Coloco o anel em seu dedo, e ele sorri encantado. — É lindo!

— Sabia que iria gostar — digo, convencido. Aquele anel tinha vários significados, e, mesmo que um objeto possa simbolizar nosso amor, não há provas mais concretas do que damos dia a dia no nosso relacionamento.

Desde aquele dia na ponte, quando o vi pela primeira vez e o impedi de pular, eu soube que nunca mais seria o mesmo. Minha vida mudou drasticamente com a chegada dele, e tenho a certeza de admitir que, desde aquele momento, eu comecei a amá-lo.

— Pequeno, eu quero que saiba que, independente de tudo, eu vou estar aqui, seja nos piores ou melhores momentos da nossa vida. E, mesmo quando não houver saída, encontraremos um jeito de vencer. Juntos? — declaro firmemente, e ele concorda, sorrindo, uma lágrima insistente caindo dos seus olhos.

— Juntos. — Ele encosta sua testa na minha, nossas respirações se misturando em um silêncio agradável. Eu tinha certeza de que estaríamos juntos, não importa o que fosse.

Eu amo você, Jeon Jungkook — ele declara, e dou-lhe um beijo tênue em sua testa.

Eu amo você, Park Jimin.

Love beyond life Onde histórias criam vida. Descubra agora