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Apague as memórias ruins, segure em minha mão e sorria..."

Jungkook

Eu te prometo, pequeno! — digo, abraçando-o. — Não vou deixar que te machuquem outra vez. Eu te amo, Jimin.

Jimin ainda estava chorando, e eu tentava acalmá-lo de algum modo. Estava conversando com Jackson quando escutamos o choro. Não pensei duas vezes antes de vir até aqui. Ele havia me dito que teria que ser feito um corpo de delito para identificar marcas de agressão e abuso. E pelo jeito, o pai dele vai pagar muitos anos de prisão; isso é um alívio.

— Jimin? — O médico responsável o chama. — Eu não vou te machucar, só preciso que me deixe terminar o exame, tudo bem?

Ele não responde; ao invés disso, me aperta ainda mais.

— Se você se sentir mais confortável, seu amigo pode ficar com você aqui. — ele diz. Jimin olha para mim, e eu sorrio.

— Quer que eu fique? — pergunto, e ele concorda com um fraco aceno de cabeça.

— Ah, e meu nome é Mark. — ele diz, sorrindo simpático.

— Jungkook. — digo, estendendo a mão. Ele pega alguns utensílios e verifica o corpo de Jimin. A cada marca encontrada, eu sentia uma raiva enorme; ele não merecia passar por tudo isso, ninguém merece.

— Pronto, terminamos. — Mark diz, tocando de leve nos fios de cabelo de Jimin. — Já temos provas suficientes, Jackson!

— Isso é ótimo, Mark, obrigado. — Jackson diz, pegando a prancheta. — Com licença.

Ele sai da sala, e Jimin vai trocar de roupa enquanto eu fico conversando com Mark.

— Cuide dele, Jungkook, ele precisa. — ele diz, e eu concordo, sorrindo.

— Pode deixar. — digo. Escuto meu celular tocar e peço licença para atender. Vejo que é o Jin.

— Jungkook, onde você está? — ele pergunta, preocupado.

— Oi, Jin, estou na delegacia. — respondo, enquanto fecho os olhos por alguns segundos.

— Como assim? O que houve? — ele pergunta, alterado.

— É o Jimin. — digo.

— O que aconteceu? — Jin diz com a voz baixa.

— Você pode vir pra cá? — pergunto, exausto.

— Claro, chego aí logo, até! — ele diz, e eu concordo. Desligo o celular e volto para a sala, encontrando Jimin com a cabeça baixa.

— Vamos? — pergunto a ele, estendendo a mão, mas ele não a pega instantaneamente. Ao invés disso, seu toque retrai, e ele está respirando fundo, como se se controlasse.

Entrelaço minha mão sobre a sua, num gesto para demonstrar que ele está seguro, de que me tem ali com ele.

Despeço-me de Mark, agradecendo sinceramente pela ajuda.

— Vou visitar vocês qualquer dia desses. — ele diz, sorrindo. — Se cuide, Jimin!

Saímos da sala, coincidindo com Jackson no caminho.

— Já temos provas necessárias para a prisão dele. Informaremos a data do julgamento a vocês. — ele diz, com um pequeno sorriso. Suspiro aliviado. — Você está seguro agora, Jimin.

— Muito obrigado, Jackson. — digo, e ele sorri.

— Nos vemos. — ele diz, nos deixando sozinhos.

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