"Você deve se abrir quando está triste, quando eu estava para baixo, era você quem sorria para mim"...
Jimin
— Por favor... eu não consigo, não consigo, me ajuda, por favor!
Jungkook estava tão desolado naquele momento que não sabia o que fazer. Ele me abraçava desesperadamente, suas lágrimas molhando minha camisa, mas nada disso importava. Queria dizer algo, mas simplesmente nada saía.
— Jungkook — chamo incerto, acariciando seus cabelos, e seu olhar se volta para mim.
— Me desculpa, pequeno. Por favor, me desculpa! — ele diz suplicante, seu olhar irreconhecível, sem brilho.
— Jungkook, por favor, para de pedir desculpas, você não fez nada de errado — afirmo, tentando inutilmente limpar as lágrimas de sua face.
— Por que nada dá certo? Estava tudo bem, então por quê? — ele pergunta, e eu o envolvo em meu peito na tentativa de acalmá-lo.
— Nada disso é culpa sua, e mesmo que seja difícil, eu estou aqui com você — falo convicto, mesmo que inseguro por dentro.
— Eu estou com medo... — seu tom de voz treme.
— Eu também estou, mas vamos achar uma solução para tudo isso — tento passar confiança, mesmo não a tendo por completo.
— Espero que esteja certo... — Jungkook sussurra.
Eu também não tinha certeza do que havia dito. Tudo parece estar se complicando ainda mais. Tenho medo de acordar e descobrir que Jungkook não estará mais ao meu lado. Queria que tudo desse certo, pelo menos uma vez.
Mas nada é um conto de fadas. A vida real é muito mais assustadora do que se pode imaginar, e o "felizes para sempre" pode não ser o final que teremos.
— Vou pegar um copo d'água para você — digo, me levantando, mas ele segura minha mão.
— Não me deixe sozinho, pequeno — pede, sua expressão frágil e dolorida, o olhar implorando.
— Eu nunca vou te deixar sozinho, meu amor — o conforto, apertando sua mão com carinho. — Você precisa descansar.
Com sua confirmação, ajudo-o a levantar. Já no quarto, deito-o cuidadosamente na cama. Seus olhos quase se fecham de sono, e eu sorrio, acariciando seu rosto.
— Pode dormir, Jungkook. Eu estou aqui — o tranquilizo, e ele finalmente fecha os olhos.
Chim sobe na cama e se deita perto da cabeça dele. Até mesmo o cão sentiu a tristeza do dono. É verdade o que dizem: os cães são os melhores amigos do homem.
Enquanto ainda acaricio seus cabelos, ouço Jungkook murmurar dolorosamente:
— Me desculpa, pequeno...
[…]
Acordo com a luz do sol no meu rosto. Levanto e vejo que Jungkook ainda dorme profundamente. Faço minhas higienes matinais e desço para preparar o café da manhã.
Ouço meu celular tocar e atendo.
— Alô? Jimin? — escuto a voz de Jackson.
— Ah, oi, Jackson, o que houve? — pergunto.
— Você poderia vir aqui na delegacia? — ele pergunta com um tom sério.
— Claro — digo de imediato.
— Uma coisa... aconteceu alguma coisa? Sua voz está um pouco diferente — ele questiona, e fico em silêncio por um momento.
— Na verdade, muita coisa aconteceu, mas eu te conto quando chegar aí — suspiro.
— Ok, te espero então.
— Até — encerro a ligação.
Vejo Jungkook descendo as escadas e sorrio para ele.
— Quem era no telefone? — ele pergunta, com a voz um tanto desanimada.
— Era o Jackson. Ele pediu para eu ir à delegacia — digo, e ele concorda fracamente com a cabeça.
Peço para que ele coma algo, mas foi em vão. Jungkook não fala nada e não se alimenta, o que me deixa apreensivo. Vê-lo assim é doloroso.
Está difícil olhar para ele e vê-lo tão quieto. Não há sorrisos, nem as típicas brincadeiras. Aquele não é o Jungkook que eu conheço.
Já estava na hora de ir à delegacia, então, mesmo incerto, decido deixá-lo sozinho.
— Tem certeza de que vai ficar bem sozinho? — pergunto atencioso.
— Não se preocupe — ele diz com um sorriso fraco. — Eu vou ficar bem.
[…]
— Que bom que chegou, Jimin — Jackson me cumprimenta quando entro em sua sala. — Pode se sentar.
— Então, o que houve? — pergunto, e ele sorri.
— A data do julgamento do seu pai já saiu. Será na semana que vem — ele diz. — Já te expliquei o processo, então sua presença é de extrema importância!
— Pode deixar, eu vou comparecer. Eu, mais do que ninguém, quero que meu pai seja preso por muito tempo — digo com raiva e uma satisfação disfarçada.
— Mudando de assunto, o que você ia me contar? — ele pergunta.
— Bom, o pai do Jungkook anda fazendo ameaças — digo, e o semblante dele fica sério.
— Que tipo de ameaças? — ele pergunta.
— Ele diz que não vai parar até que o Jungkook esteja morto — pronuncio, e me assusto quando Jackson bate na mesa.
— Mas que desgraçado! — ele exclama, furioso.
— Eu não sei o que fazer — admito, cabisbaixo.
— Não se preocupe. Eu vou dar um jeito nisso.
[…]
Depois de sair da delegacia, vou direto para casa. A sensação de que algo está errado não me deixa em paz, uma angústia no peito. Espero que Jungkook esteja bem.
— Jungkook, cadê você? — chamo ao entrar em casa e perceber o silêncio que paira no ar.
Procuro por todos os cantos, mas não o encontro. Subo até o quarto e vejo que a porta do banheiro está aberta.
— Jungkook! — grito, desesperado, ao vê-lo caído no chão, completamente desacordado.
Havia cartelas de remédio vazias. Ah, não! O medo me domina, e as lágrimas caem sem controle. Com as mãos trêmulas, pego meu celular e ligo para emergência.
— Por favor, venham rápido! — digo, chorando.
Em poucos minutos, a ambulância chega. Disseram que tinham que ser rápidos para chegar ao hospital.
Enquanto o levavam, me ajoelhei no chão, chorando violentamente. Isso não pode ser real. Não pode acabar assim. Não posso perder ele. Ele é meu mundo. Ele é minha vida. Ele é meu motivo de viver. Ele é meu amor. Eu não sou nada sem ele. Não posso deixar que isso aconteça. Não posso deixá-lo ir.
— Por favor... por favor, não me deixe!
Não digo nada...
O que estão achando ?
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Love beyond life
RomancePark Jimin um jovem de 16 anos sofre de depressão ,é vitima de bullying na escola e tem muitos problemas em casa ,está a um passo de acabar com a sua vida quando conhece jungkook um garoto que o fará querer viver novamente ... Jeon Jungkook um jov...