Towards justice

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"Amar pode doer às vezes, mas quando fica difícil, é a única coisa que nos mantém vivos..."

Jungkook

Quando recebi a ligação de Jackson, percebi do que se tratava. O tom de voz sério concluía o que eu já esperava: o julgamento estava próximo. O dia em que aquele homem iria pagar por tudo que fez ao meu pequeno. Eu teria o prazer de assistir à sua derrota.

Assim como eu, Jackson não queria que Jimin se preocupasse, por isso pediu que eu fosse até o departamento para dar os detalhes. Aceitei prontamente, embora relutante em deixar meu pequeno sozinho. Mas, com toda sua personalidade, ele me convenceu.

Quando cheguei à delegacia, encontrei Mark pelo caminho. Ele veio até mim com um sorriso simpático.

— Jungkook, o que faz aqui? — ele perguntou, curioso. Sorri.

— Vim tratar do julgamento. — respondi, e ele assentiu, entendendo. — Sabe onde está o Jackson?

— Aquele cabeça dura? — ele brincou, e eu ri. — Está na sala dele, primeira porta no final do corredor.

— Obrigado, Mark. Até logo! — agradeci, despedindo-me.

Segui até a sala, e, antes que eu batesse à porta, Jackson a abriu com uma expressão sorridente.

— Ah, você chegou. Entre! — ele disse, me conduzindo a uma das cadeiras na sala. — Bom, você sabe do que se trata, não é?

— Sim. — respondi de imediato, e ele prosseguiu.

— Sabe como funciona? — perguntou, e neguei. — Apesar de ser um processo demorado, temos provas suficientes para condená-lo. E como ele não conseguiu um advogado para defendê-lo, as acusações serão mais fáceis.

— Então, tecnicamente, já ganhamos o caso, né? — perguntei, juntando as peças. Ele assentiu.

— Exatamente. O importante é que Jimin conte tudo, sem esconder nada. Sei que é difícil pra ele, mas é essencial. Além disso, temos o exame de corpo de delito que comprova as agressões e o abuso. — disse, e fiquei atento a cada detalhe.

— E quando vai ser o julgamento? — perguntei, incerto.

— Não se preocupe, eu aviso. — Jackson sorriu. — O que acha de você e o Jimin passarem um dia lá em casa?

— Sério? — perguntei, surpreso. Ele riu.

— Mark não para de falar sobre vocês dois. — comentou, e o encarei, confuso.

— Espera... Vocês estão juntos? — perguntei, e ele sorriu.

— Mais que juntos, somos casados! — ele declarou, com um brilho no olhar.

— Uou, nunca imaginei! Vocês formam um belo casal. — disse, contente, e ele riu.

— Também acho! — ele disse, brincalhão. — Então, combinado?

— Combinado. — apertei sua mão.

— Então, até logo. — ele disse, me conduzindo até a saída. — Vamos conseguir, você vai ver.

— Tenho certeza de que vamos. — respondi, convicto.

Quando saí da delegacia, resolvi comprar algo para comer. Passando por uma estrada, tive a impressão de que alguém me observava. Olhei para trás, mas não havia ninguém. Afastei esses pensamentos e segui meu caminho.

Ao chegar em casa, ouvi vozes vindo da sala. Pensei que Jimin estivesse conversando com Chim, mas, claro, cachorros não falam.

Decidido a descobrir quem estava com meu pequeno, abri a porta. Me deparei com um garoto sentado ao lado de Jimin — o meu Jimin!

— Quem é você? — perguntei de cara fechada ao entrar na sala. Jimin veio me abraçar com um lindo sorriso no rosto.

— Jungkook, esse é o JB. — disse, a voz tímida. Eu o analisei.

— Prazer, Jungkook. — ele me cumprimentou, sem jeito. Então percebi que já o tinha visto antes.

— Já te vi em algum lugar... — disse, até que a memória voltou. Ele foi quem agrediu meu pequeno. A raiva subiu imediatamente.

— Acho que sim... — ele gaguejou.

Nesse momento, a indignação tomou conta de mim. Como ele ousava aparecer aqui, depois de tudo?

Posso saber o que está fazendo aqui?!

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