CAPÍTULO 15

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Nicholas P.V

Fiquei olhando as luzes coloridas que Los Angeles exibia, apagando todos os vestígios de algum brilho que alguma estrela poderia mostrar. Eu gosto quando o céu escurece, ainda mais depois de usá-la como pontapé para algo quente. Afinal, eu não consigo me conter.

Joguei todas as minhas cartas obscenas na mesa, e me preparei para o resultado que viesse a seguir. Céus, eu não consegui me controlar dessa vez, e agora o meu corpo clama desesperadamente para ser tocado.

Viu, garoto? Essa é a consequência de mexer com algo que estava quieto. Mas talvez, não tão quieto.

— Nicho...las? — Escuto a voz do Gabriel soando baixa, e logo uma sensação de êxtase é tomado por mim. Céus, então ele realmente cedeu?

Me virei para o garoto que está usando roupas diferentes da qual me teve na sala, e eu poderia dizer, que ele esteja mais coberto do que realmente deveria.

— Gabriel. — Chamo sua atenção para mim, já que ele olhava desconfiado para os lados. — Você sabe que tudo isso não terá serventia alguma, certo? — Pergunto e o garoto em minha frente ergue uma sobrancelha enquanto inclina a cabeça para o lado em dúvida. — As roupas. Você inutilmente está usando muitas roupas.

— Vai se foder, eu não vim aqui pra isso! — Gabriel exclama, mas eu apenas o olho. — Eu vim para fazer perguntas... isso, perguntas!

— Perguntas? — Questiono confuso. Céus, "Perguntas"!?

— Cara, você me deixou com dúvidas... e eu não... consigo responder aquela pergunta nem para mim imagine pra você... — Ele diz envergonhado e logo abaixa o olhar para qualquer canto.

— Entendo.

Ando em passos curtos até o Gabriel, que mostrava inquietude quanto mais eu me aproximava. Ele não está me olhando nos olhos, eu gosto quando me olham nos olhos.

Fecho a porta atrás dele.

— O que você está fazendo? — Gabriel me olha desesperado e eu apenas sorrio.

— Se acalma, vamos conversar. Não é o que você queria, garoto? — Pergunto e a expressão em seu rosto logo se alivia. Não posso obrigá-lo a nada. Não posso, e não vou.

Mas ninguém criou barreiras contra sedução, certo?

Ando em direção à minha cama e me sento de frente para o garoto, que encarava o seu reflexo no espelho, que tomava conta de toda a extensão da parede ao seu lado. Tantos ferimentos ainda não cicatrizados ainda brincavam com o tom deliciosamente bronzeado da pele dele, e céus, isso o torna ainda mais atraente e não posso rejeitar isso. Jamais.

— Gabriel, se sente ao meu lado. Aproveite e retire todas as suas dúvidas. — Digo e ele assente, ainda não me olhando nos olhos sequer uma vez.

— Então... O que aconteceu lá na sala... eu... eu gostei, mas eu nunca fiz! Porra, não com um homem! — Gabriel diz alto e nervoso, e se ele aumentasse o tom mais um pouco, eu seria obrigado a calar a boca dele com a minha.

— Você está preocupado com o quê? — Pergunto. Gabriel fica em um silêncio que chega a me incomodar. Me aproximo um pouco dele e seu olhar logo se mira em mim com uma expressão de espanto. Com calma, ergo minha mão e toco no seu rosto, passeando o polegar em uma de suas marcas vermelhas. — Você está preocupado com sua masculinidade? — Pergunto sério olhando fixo em seus olhos.

— Nicholas, não! Eu não tenho esse tipo de preconceito! — Gabriel franze o cenho e abaixa o olhar, só que volta a sua atenção para mim novamente. — Nunca tive.

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