CAPÍTULO 05

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Nicholas P.V

— Não imaginei que me ligaria.

— Tenho o seu número, Dr.Moore. Por que eu não ligaria?

— Por eu ter te expulsado do meu apartamento, é lógico. Curioso para saber sobre aquele que atrapalhou nossa noite?

— Seu amante?

— Não.

— Então não, não estou interessado. Mas eu estou curioso para saber quando iremos nos reencontrar. Saberia me dizer, Dr.Moore?

— O que te faz achar que teremos uma próxima vez?

— Não sou bom o suficiente na cama?

— Se eu te ligar de novo, você saberá a resposta.

Desligo a ligação.

Drake, devo te dizer que você foi bem ardiloso, e quente.

Faz mais ou menos uma hora desde o flagra, e foi realmente hilário ver a reação do garoto que estava mais preocupado sobre o que eu acharia sobre as suas atitudes do que com a própria cena, haha... fofo. Com sorte eu estava com roupão e já havia tomado banho, então ele não teve tempo o suficiente para assistir o grande espetáculo que dermos no sofá da sala.

Abro o guarda-roupas, pego uma camisa de mangas listrada em preto e vermelho e uma calça moletom saruel cinza. Me viro para a parede esquerda do meu quarto, e aprecio meu reflexo, arrumando os fios do meu cabelo para trás, como de costume. Amanha é sábado, devo pensar no que fazer.

Saio do quarto em direção a cozinha e vejo Gabriel sentado no sofá, com a televisão ligada em um programa culinário.

— Sabe cozinhar? — Pergunto fazendo-o se sobressaltar e me olhar com o rosto franzido.

— Não se deve assustar as pessoas! — Gabriel põe a mão no peito e volta a focar na tv. — Não exatamente, mas gosto.

Se eu pedisse para ele fazer a janta, ele faria? Comer algo caseiro tem sido algo extremamente raro, já que trabalho praticamente o dia todo e todos os dias, então comprar comida pronta vem sendo uma rotina. Pensando bem, a geladeira está ocupada apenas por garrafas com água e os armários estão praticamente todos vazios. Então só me resta uma coisa.

— Gabriel, vamos ao mercado. — Digo e ele me olha com uma sobrancelha arqueada. — Quê?

— O que vamos fazer no mercado? — Ele pergunta e desliga a televisão.

— Nos prostituir. O que acha? — Pergunto com uma voz carregada de ironia.

— Se você está pensando que eu vou ser seu cozinheiro, está muito enganado.

— Você tem dinheiro? — Gabriel me olha com um ar de curiosidade.

— Não... por quê?

— O que irá jantar? — Digo e vou em direção a sapateira, calçando um tênis Qix preto.

— Como assim? Você vai pagar...

— Isso mesmo, mas não sei cozinhar, então preciso de um cozinheiro. Vamos? — Abro a porta. Gabriel se levanta bruscamente do sofá e passa furioso por mim.

— Seu velho maldito!

— Velho?

***

Entramos no carro e dei partida. Em todo o caminho, as pernas do Gabriel não paravam de balançar e seus dedos baterem no vidro escuro do carro, e isso está certamente se tornando irritante.

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