CAPÍTULO 43

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Nicholas P.V

— Você tem certeza do que está me pedindo, garoto? — Pergunto, pairando o meu corpo e rosto sobre o seu.

— Sim. — Responde, firme.

Seus dedos agarram o meu cabelo com força, me puxando para mais perto, me prendendo com fascinantes e sérios olhos. E céus, ele ainda tem a ousadia de sorrir.

Ele ao menos sabe o efeito que causa em mim?

— Você é como um verdadeiro sádico. — Comento.

— Eu? — Pergunta confuso e eu balanço a cabeça, confirmando.

— Sim. Você faz o meu coração bater como um louco. E se ele parasse? — Pergunto totalmente preocupado, o vendo prender os lábios para não rir.

— Oh, isso é mesmo preocupante, Dr. Moore. O que fará agora?

— Ah, eu não sei. O pior é que eu estou totalmente viciado no motivo que faz o meu coração bater feito uma bomba. — Digo, fingindo uma expressão realmente sombria.

Ele passa ambos os braços pelo meu pescoço, tentando também colocar uma expressão séria no rosto, e principalmente nos lábios, que eu sei que querem sorrir.

— Isso é complicado... — Comenta, com a voz falha.

— Oh, sim. E muito perigoso também.

— E o senhor pensa em deixar esse vício de lado? Pode ser difícil para um homem da sua idade aguentar todas essas emoções.

Ergo uma sobrancelha.

— Não acredito que você disse isso...

— O quê?

Franzo os lábios e então ele explode, começando a rir totalmente divertido.

A sua risada rouca preenche o quarto por completo, seus músculos abaixo de mim se tensionam, o seu rosto ganhando uma coloração avermelhada, e eu...

Céus, e eu me sinto o homem mais incrível do mundo por ter conseguido causar essa reação.

— Eu jamais poderia deixar esse vício de lado. — Confesso, baixo e totalmente inebriado, o vendo parar de rir lentamente com os olhos presos aos meus. — Eu gosto muito dele... — Sussurro.

— Eu também gosto dele... — Seus dedos se apertam contra as minhas costas, e sua voz, ainda falha pela risada. — E eu gosto de você...

Ele sorrir, grande, incrível, prendendo as suas pernas em meu quadril, rindo baixo e constrangido, e eu sinto, pela primeira vez, que poderia admirar a forma como ele se torna adorável sem fazer qualquer esforço.

Sim, inferno, cada vez mais eu tenho certeza.

Eu amo tudo o que ele me mostra sobre ele. Tudo. Eu me sinto um verdadeiro fodido sortudo por ter alguém como ele em meus braços. Sobre mim, e sob mim.

— Eu me pergunto como tudo isso começou. — Digo, de repente, assustando até a mim mesmo.

Eu sinto a necessidade de tê-lo cada vez mais. De proteger. De perguntar sobre ele ou como foi o seu maldito dia. E foda-se se isso não me assusta, mas foda-se se isso também não me faz ansioso.

Mas eu apenas fecho os olhos por alguns segundos, suspirando. Sentindo como se tudo a minha volta fosse irreal demais, assim como o meu desejo.

— Eu quero te fazer somente meu. — Digo, o encarando. — Você entende isso?

Ele estreita o seu olhar entre os meus olhos e qualquer ponto do meu rosto, e quando eu pensei que o meu coração não poderia bater mais rápido contra o meu peito, as suas mãos tomam o meu rosto em uma carícia, e sim, eu percebo o quão errado eu estava.

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