CAPÍTULO 41

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Nicholas P.V

Eu desci do carro e entrei dentro do prédio.

Talvez o Escritório se parecesse um pouco maior do que eu realmente me lembrava de horas atrás, mas isso foi insignificante perto do que ocupa praticamente toda a minha mente, exceto quem eu sei que vou encontrar.

Eu entrei dentro do elevador, e minutos se parecerem horas, e isso realmente me fez querer rir, porque fazia algum tempo desde que senti ansiedade por algo. Porém, o mais hilário, é que eu não acho que tenha motivos pra ficar ansioso.

Céus, é como se eu estivesse fora de mim.

Quando eu finalmente cheguei no meu andar, era impossível não perceber o quão eficiente todos os funcionários estão, e isso só significa uma maldita coisa. Otto está aqui.

Óbvio, ele também é dono desse lugar. O que diabos eu estou esperando?

Andei até a mesa da Anna, que parecia fodidamente focada em seu computador.

— Anna, você pode pedir ao Otto para que vá até a minha sala? — Pergunto, me apoiando em sua mesa enquanto ela sobe os olhos até mim.

— Você voltou. — Ela sorrir, quase sugestiva. — Ele acabou de sair da sala de conferências.

— Eu já disse que você está muito linda nessa manhã? Seu vestido combina com você. — Sorrio para ela que ergue uma das sobrancelhas. — O quê?

— Você sabe que elogios baratos não funcionam comigo, certo? Minha autoestima é incrível demais para não precisar ser massageada. — Responde, traçando os seus dedos entre os fios ruivos com o mesmo sorriso carregado de prepotência.

— É, eu sei. — Pisco para ela, rodando os meus pés. — Me apresente uma planilha de contabilidade daqui a pouco.

— Certo.

Eu me viro, indo em direção à minha sala enquanto eu via de relance muitos se aquietarem em suas funções, e pra ser bem sincero, eu sempre gostei dessa sensação. Céus, a minha presença é realmente extraordinária, não seria para menos.

O único maldito fato que não considerei foi esbarrar no homem que eu certamente queria ver, mas não esperei ser agora.

— Bom dia, Nicholas. — Seus olhos azuis por trás das lentes parecem tão sérios quanto a sua voz e a sua postura no meio do corredor.

Bom, talvez eu tenha descoberto a minha fonte de ansiedade.

— Bom dia, Otto. — Cumprimento, tão sério quanto ele. — Queria mesmo falar com você.

— Que sorte a minha. Eu também estava pensando em falar com você, então façamos. — Diz, passando por mim, então eu me viro, olhando suas costas se afastarem até entrar na sua sala.

Inferno, Gabriel. Isso não era algo que eu queria encarar logo hoje.

Eu havia dito ao Gabriel que iria para o trabalho porque eu simplesmente havia fugido dele, e ele apenas se sentou na cama, me encarou, e disse pra eu ir e resolver as coisas, porque ele não queria me ver brigado com o Otto. Céus, ele não é todo adorável? Oh, sim. Ele é todo fodidamente adorável. 

E mesmo sendo um pedido ou não, sei que preciso resolver as coisas entre nós dois, ao menos tentar uma solução. É o que eu quero.

Eu demorei para perceber, mas Otto é como um irmão que não quero ter que perder, mas eu não sei como simplesmente trazê-lo de volta para perto de mim. Eu sei que a última coisa que eu espero é ter que encarar suas costas novamente. Nós já brigamos. Céus, eu simplesmente esqueci sobre quantas vezes eu já o chateei e quantas vezes ele já me irritou, mas nunca chegamos á isso. Ele deve saber que não. Ele precisa.

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