— Doutora McFadden, - Uma interna a chamou quando estava terminando a ronda matinal. - Pronto socorro. Rápido.
Ela não sabia se era coincidência, mas achou que teve sorte em ser quem foi chamada para aquela paciente. Correu até o pronto-socorro e viu uma menina lutando para respirar, "Angelina?". Os enfermeiros já estavam desesperados com meio caminho andado do processo, mas a garganta da criança já estava quase fechada. "Ela é alérgica a alguma coisa.". Concluiu. Abriu caminho e tomou as rédeas, enfiou o tubo pela garganta da menina antes que não houvesse mais passagem. Os internos assistiram-na finalizar o procedimento e Angelina voltou a respirar normalmente. Depois de alguns medicamentos aplicados à sua veia, ela acordou bem. Alana fez questão de estar ali quando a pequenina abrisse os olhos.
Ela olhou arfante para a doutora e se acalmou.
— Oi, Doutora.
— Oi, Angie. - Acariciou a cabeça da menina. - Você vai ficar bem, ok? Sabe me dizer o que aconteceu?
— Eu comi bolo na escola, acho que tinha amendoim.
"Alérgica a amendoim.", constatou em seus pensamentos.
— Não se preocupe, vai ficar tudo bem.
— Eu sei, meu pai disse que você é boa médica. Se você salvou a vida dele você consegue salvar a minha. Pelo menos eu não tenho sangue pela casa toda.
— Pode me falar o número dele para que eu o avise, querida? - Perguntou depois de um sorriso.
— Alô? - Ian atendeu o número desconhecido.
Ela conhecia o rapaz, não ligaria da parte do hospital, seria estranho se ele descobrisse que era ela antes de atender.
— Ian? É a Alana. - Ela não deu tempo para a brincadeirinha sem graça que ele faria em seguida. - Estou ligando para avisar que Angelina teve uma reação alérgica extrema hoje na escola e veio para o Hospital Acer...
— O que? O que aconteceu? Ela está bem? Estou indo imediatamente.
Ele não a deixou concluir seu pensamento e nem responder suas perguntas. Desligou o telefone e correu para o hospital. Tentou se acalmar no carro, a notícia o abalou e dirigir naquele estado era perigoso. Teve medo pela filha e se perguntou como ela estaria agora, mas não havia tempo de colocar os pensamentos em seus lugares.
Alana o encontrou na recepção, brigando com uma recepcionista burra que não entendia seu nome e não o liberava para ver a filha.
— Eu vou subir você deixando ou não. - Ele dizia furioso.
— Senhor, acalme-se. Não sabemos o quarto em que ela está.
— Ela está no pronto socorro. - Alana respondeu chamando a atenção dele. - Vem comigo.
Ele a seguiu com seus batimentos acelerados e engolindo seco. Quando, através da sala de vidro, viu a filha deitada, correu até ela e foi cauteloso em abraçá-la. A doutora assistiu de longe ele furioso por ela ter comido amendoim e ao mesmo tempo assustado pela filha e aliviado por ela estar bem. Esperou os dois conversarem por um tempo para entrar no quarto e conversar com ambos.
— Como você está se sentindo? - Perguntou à menina.
— Eu to bem. Quando eu posso ir embora?
— Hm, vai demorar um pouquinho. Sua garganta obstruiu e está melhor agora, mas precisa ficar em observação por um tempo.
— Nunca mais assuste seu pai desse jeito, macaquinha. - Ian disse segurando a mão da menina. - Eu já volto, ok?
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O Fim Do Inverno
RomantizmRoubado na maternidade, Ian é treinado para matar o próprio pai em busca de vingança. Mesmo sem saber a realidade, ele acredita em seu destino e precisa completar a missão que lhe foi dada. Mal pode esperar para se livrar das torturas que é submetid...