sᴛᴏʀʏᴛᴇʟʟᴇʀ;
ᴏɴᴇ ᴍᴏᴜᴛʜ ʟᴀᴛᴇʀ.Steve estava deitado no chão, os olhos vermelhos e inchados focados no teto, Morgan estava dormindo na cama, ele pediu para Pepper deixar ela passar o dia com ele. As brincadeiras eram menos animadas, ela também sentia falta do pai e do irmão. Steve se sentia culpado, era como se ele estivesse deixado Anthony sozinho em um lugar estranho junto com seu afilhado. Sem contar no Bucky e no Sam, eles viraram poeira? O que aconteceu ali? Ninguém sabia exatamente.
Na verdade ele havia perdido muitas pessoas ali, coisa que ele não queria e ele não sabia se Anthony estava bem ou se ele também havia ido com os outros.
- AI MEU DEUS! - o feminino foi escutado, a voz vinha de longe, mas ainda era alta.
- STEVE! CORRE AQUI! - o loiro secou os olhos e se levantou.
Sentiu um leve tremor que derrubou algumas coisas em cima da sua cômoda, dentre elas uma foto do Bucky, Sam e ele.
- Steve! - a porta foi aberta por Natasha. - Anda, você vai gostar disso!
- O que é?
- Corre lá fora! - ela disse.
Steve apressou os passos e antes mesmo de abrir a porta pode ver a nave enorme através do vidro. Ele abriu ela e andou até lá o mais rápido que suas pernas permitiam. Uma mulher saiu de debaixo da nave, ela pegava fogo, literalmente!
- Carol Denver! - ela estendeu a mão para o loiro. - Ou pode me chamar de Capitã Marvel.
- Steve Rogers ou Capitão America. - ela sorriu e abriu a porta da nave. - Oh meu Deus! - ele subiu as escadas rapidamente e segurou Anthony em seus braços, o moreno estava fraco e magro.
- Eu, Steve! - Tony começou a chorar. - Eu perdi ele... - ele dizia desesperado. - Eu perdi o garoto. Ele se foi, a culpa é minha.
- Não é, Tones. - o corpo grande de Steve apertava o pequeno do Tony como se a vida deles dependesse daquilo. - Todos nós perdemos, o Bucky, o Sam...
- Tony! - a voz da Pepper chamou a atenção dele. - Meu Deus, você está bem? Está inteiro?
- Eu estou bem, Pepy. - ele abraçou a melhor amiga. - E a Morgan? Cadê ela?
- Está no meu quarto. - Steve disse.
- Vamos, eu preciso ver ela. - ele se apoiou no loiro que o guiou até o quarto. - Stee? - o loiro o encarou.
- Pode falar. - o moreno fez ele parar, eles se encararam e Steve sem nem perceber segurou o rosto do Anthony. - Eu senti tanto a sua falta, você... eu achei que você tinha...
- Eu estou aqui, eu senti sua falta também e muito. - Tony passou os braços pela cintura do loiro e apoiou a cabeça no peito dele. - Eu só precisava sentir seu abraço de novo, eu nem acredito que você está aqui.
- Eu estou! - Steve beijou o topo da cabeça dele.
O corredor em que eles se encontravam estava completamente vazio, o único som era do choro quase inaudível do Tony.
- A Morgan está morrendo de saudades. - Steve disse baixo. - Acho que ela não vai querer te ver chorando... - Steve disse baixo e perto do ouvido de Tony. - nem eu.
Um beijo foi depositado na tempôra do menor. Lentamente Steve se afastou e secou as lágrimas do melhor amigo e sorriu de lado.
- Vamos entrar! - Steve entrelaçou os dedos deles e entrou no quarto. - Hey, Morgan.
A garotinha abriu os olhos lentamente e segurou a mão do padrinho.
- Eu estou com tanto sono. - ela bocejou e olhou em volta. - PAPAI? É VOCÊ MESMO? EU NÃO ESTOU SONHANDO DE NOVO, NÃO É? - ela pulou e qualquer resquício de sono que estivesse no corpo dela evaporou. - Eu te amo, eu te amo, eu te amo! - ela repetia sem parar.
- Eu te amo muito mais.
- Mentira, eu te amo mil milhões! - ela grudou no pescoço do pai.
- Oh, isso é bastante. - ele disse baixo com a voz embargada.
Um soluço chamou a atenção deles dois que riram baixo encarando o Steve.
- Ignorem a minha presença. - ele secou o rosto rapidamente.
- Ei, não chora. - Tony disse puxando ele para o abraço também. - Eu amo tanto vocês.
- Eu também. - Steve disse.
- Eu nem preciso dizer, não é? - Morgan disse.
(...)
Depois de tomar um longo banho e ficar por um longo tempo se barbeando, Tony se deitou na cama, mas não conseguia dormir.
Se levantou e saiu do quarto, pequenos passos cansados o levavam até o quarto de Steve. Ele não precisou bater tão forte, Steve abriu a porta no primeiro toque. Ele tinha um pequeno sorriso nos lábios, os cabelos loiros bagunçados e molhados, estava usando apenas uma calça de moletom e Anthony por pouco não se perdeu no abdômen do maior.
- Não consegue dormir? - o moreno negou com a cabeça. - Nem eu, entra. - ele deu espaço e depois que o Tony passou, ele fechou a porta.
Ambos se deitaram em silêncio, olhando para o teto. Steve desviou o olhar para a mão do moreno que estava perto da mão dele e entrelaçou elas. Tony pareceu se assustar de início, mas logo soltou um suspiro.
- Eu estou aqui. - Steve sussurrou. - Quer falar algo?
- Eu acho que sim. - ele olhou para o rosto do loiro que virou para ele. - Mas eu não sei como dizer isso, é difícil.
- Como assim? - ele mordeu o lábio inferior.
- Eu gosto de você. - ele disse tão baixo que Steve quase pediu para ele repetir. - Gosto muito, eu não sei quando isso aconteceu ou como aconteceu, mas meus sonhos são sempre relacionados a você, meus pensamentos também, sem contar nas conversas aleatórias com qualquer pessoa, eu lembro de você. - ele puxou um pouco do ar. - É sempre você. - e soltou.
- Eu não sei nem o que dizer. - Steve disse sorrindo.
- Não precisa, eu não quero estragar nossa amizade e nem... - Steve se virou e tomou os lábios dele de forma rápida.
No início, Tony ficou tão chocado que nem teve relação, mas logo envolveu o pescoço do loiro e logo um corpo estava colado no outro, enquanto os lábios trabalhavam arduamente, o beijo era tão intenso que parecia que eles já faziam aquilo a tempos.
- Esse último mês me ensinou que eu não sei o dia de amanhã, então eu não posso perder mais tempo longe de você, Tones. - ele segurou o rosto do mais novo. - Eu preciso tanto de você aqui. - ele segurou a mão pequena do moreno e levou até o seu peito. - É assim que eu me sinto sempre que eu te vejo, então não tem porquê perder tempo.
- Agora eu que estou sem palavras. - Tony sorriu de lado.
Pela primeira durante um mês inteiro eles sorriram de verdade.
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𝙏𝙊𝙊 𝙂𝙊𝙊𝘿 𝘼𝙏 𝙂𝙊𝙊𝘿𝘽𝙔𝙀𝙎
FanfictionOnde Tony se culpa por perder seu filho em uma batalha.