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sᴛᴏʀʏᴛᴇʟʟᴇʀ;

- Steve? - o loiro abaixou o olhar para encarar o moreno. - O que você viu em mim?

Steve o apertou mais no abraço. Eles estavam em pé, Steve encostado ma barra de ferro do barco e Tony escorado no peito dele.

- O que?

- Porque você gosta de mim? O que eu tenho de diferente?

- Ah, você é um ser angelical. - Steve deu de ombros. - Dá primeira vez que eu te vi, achei que fosse de outro planeta. - Tony gargalhou. - Eu estou falando sério, eu juro. - Tony apoiou o queixo no peito dele, que agora tinha os olhos focados no horizonte. - Você estava lá, todo perfeito, mandando em todo mundo com aquela jeans e uma blusa de uma banda. Agora não lembro ao certo qual era. - ele sorriu. - Ai você veio querer mandar em mim e eu mandei você ir para a puta que pariu.

- Eu lembro, você era todo educado com todo mundo, principalmente com o Coulson. - Tony lembrou. - Mas naquele dia você estava muito calado, eu precisava saber se você realmente era tão educadinho.

- Eu sou, mas eu estava tão chateado que você nem deu bola para mim. - Steve voltou a olhar para o moreno.

- E como soube que estava apaixonado?

- Hm, essa história é mais complicada do que você imagina. - ele riu. - Lembra quando fomos para França? - Tony assentiu. - Teve uma noite que nós saímos para jantar, só nós dois. O pessoal quis ficar no hotel porquê estava nevando.

- Nós não éramos tão próximos nessa época e você derramou vinho em mim. - Steve riu.

- Sim, foi ali que eu descobri que estava apaixonado.

- O que?

- Lembra que eu fui te ajudar a limpar e acabei descobrindo uma aliança no seu bolso? Então... - ele riu envergonhado e novamente olhou para a frente, o rosto estava completamente vermelho. - Eu fiquei processo de raiva, queria matar o sortudo. Mas aí você disse que andava com aquilo desde sempre, que era da sua mãe e tal. - ele puxou o ar. - E quando saimos do restaurante, você lembrou que tinha deixado o casaco na hotel e eu te dei meu sobretudo.

- Que batia na minha canela. - Tony lembrou franzindo o cenho.

- Você ficava tão lindo daquele jeito, sei sorrindo, as mangas do sobretudo que cobria sua mão e ainda ficava uma boa parte sobrando, os flocos de neve nos seus cabelos e cílios. O mundo todo parou naquele instante e você era o único se movendo. - ele soltou uma risada leve. - Eu soube que te amava ali. Me senti em casa. Mas me conta você, como se apaixonou por mim?

- Ah, você é Steve Rogers. - Steve ficou em silêncio esperando ele continuar. - O que?

- É só isso?

- Tem mais?

- Você não existe. - ele segurou o rosto do menor entre os dedos.

- Me beija aí para testar. - Steve gargalhou e virou tony, subindo ele para se sentar sobre a barra e Steve estava entre as pernas dele.

Agora Tony tinha o rosto na altura do loiro, as mãos de Steve seguravam firmemente o corpo dele para que não caísse.

As mãos do moreno rodearam o pescoço do loiro, os rostos estavam tão próximos que Tony conseguia ver os riscos verdes na iris azul do Steve.

Steve juntou os lábios deles, o beijo era lento e delicado, era como se fosse a primeira vez, mas também parecia que eles faziam aquilo a séculos. Pela forma que os lábios se encaixavam e o jeito que eles sabiam exatamente o que fazer para deixar o outro louco. As mãos de Tony adentraram os fios loiros e o beijo ficou mais intenso, se é que era possível.

- Vamos entrar! - Steve pegou Tony pelas coxas o levando para dentro. - Eu posso pedir uma coisa?

- Hm, claro. - Tony parou de beijar o pescoço dele para encarar os olhos.

- Vamos... - ele soltou um pigarro. - com calma?

- Algum problema? - Steve balançou com a cabeça.

- É que, bom, tem muito tempo que ei não...

- Ei, tudo bem! - Anthony abriu um sorriso bonito, tudo nele era bonito. - Vamos com calma, então. - ele deu um selinho nos lábios de Steve.

- O que eu falei sobre selinhos? - Steve se deitou no sofá e puxou Anthony para o seu peito.

- Você falou que eles não serviam depois de te elogiar. - Tony levantou as mãos.

- Agora coloca aí na lista que depois desses sorrisos também quero beijos dignos deles. - Tony levantou as sobrancelhas.

- Você é inacreditável! - ele gargalhou.

Steve sorriu e um silêncio se instalou. Um silêncio confortável, a amizade e intimidade que eles tinham era tão grande, que as vezes bastava o silêncio e estava tudo bem. As mãos de Steve acariciavam o cabelo castanho de Anthony, e o mesmo estava quase dormindo quando Steve soltou uma risada animada.

- Você enlouqueceu? - Anthony disse assustado.

- Vem, quero te mostrar uma coisa! - ele se levantou.

- O que é?

- Se o Frederick não tiver mudado nada, você vai ver. - ele puxou uma escada que levava para o andar de cima.

- O que é? - Steve revirou os olhos.

- Você vai ver! - ele disse abrindo uma porta. - Tchanram! - apontou para um piano tom escuro.

- Um piano?!

- Não é um piano, é O piano. - ele adentrou o quarto.

- Ah sim, O piano.

- Esse aqui tem história... - Steve disse sorrindo.

- Não me diga que você transou aí em cima? - Steve franziu o nariz e juntou as sobrancelhas.

- Não? É só que desde que eu descongelei, eu venho aqui para colocar a cabeça no lugar. Nunca trouxe ninguém aqui, sinta-se especial. - ele levantou a madeira que protegia o teclado. - Você vai me ouvir cantar.

- Oi? - Tony estava incrédulo.

- Algum pedido especial para a noite, senhor?

𝙏𝙊𝙊 𝙂𝙊𝙊𝘿 𝘼𝙏 𝙂𝙊𝙊𝘿𝘽𝙔𝙀𝙎 Onde histórias criam vida. Descubra agora