Arre-Bala

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Era só um garoto
Inocente
Passando na rua
Na hora do incidente,
Na hora errada:
Na hora dos disparos!

Ninguém sabia de mais nada.
Ficaram todos ali parados,
Horrorizados, apavorados, prostrados,
Tentando entender o que aconteceu!
Erguiam as mãos, alguns, para o céu,
Perguntando: "Por que, meu Deus?"!
Não havia mais solução
Para o que havia acontecido:

Polícia atrás de ladrão;
― Tiras e bandido ―
Começaram a disparar
Suas arre-balas,
Que saíram voando
Em direção errada,
Acertando o guri que
Na hora errada passava,
(Que estava indo jogar
Bola na quadra da escola)!

"Maldita passarinha-bala!
Levou meu piá" ― gritava a mãe, chorosa,
Com as mãos vermelhas,
Tentando o filho ressuscitar!

O desespero continuava
― A dor de um filho perder ―
A mãe, o corpo abraçava,
Sem ter o que mais fazer.

Com o filho em rubro e sem cor,
Branca, desmaiou de dor...
E pode, por mais alguns instantes,
Ver seu menino sorrir, correr...
Alegre e vívido, novamente.

Pétalas CadentesOnde histórias criam vida. Descubra agora