A Espada tão vilãmente manejada,
Exibe-se maculada de encarnado.
Tantas vidas em ti foram furtadas!
Tantos homens em ti condenados!
Quantos sangues em ti já jorraram!
Quanta dor tuas lâminas causaram!
Não obstante és pia ― eres inocente.
E pelas vidas perdidas, muito sentes.
Cansadas com toda a cruel destruição,
Com todas essas pessoas em ti exauridas,
Decides, por piedade, uma última vida
Furtar propriamente dizendo: a ímpia Mão!
Volves tua ponta laminada e afiada ao peito
Do vil manejador e, nele adentras, com jeito!
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Pétalas Cadentes
PuisiO sentimento de um mundo devastado por suas violências. Embora escrito em 2016 - ano que houve grande repercussão acerca da imigração e dos refugiados de guerra - há poesias que abordam temas, por assim dizer, mais antigos, e, paradoxalmente, tão a...