Pássaros Soturnos

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A manhã é alegre
E de uma completa calmaria.
A temperatura é amena,
Nem quente, nem fria.

O céu está limpo,
De brigadeiro; um azul lindo.
Revoadas de pássaros
Voam rápidas, tinindo.
Para baixo, miram
Os pássaros, à santa cidade:

E covardemente,
Despejam com barbaridade
Suas imensas toneladas
De bombas destrutivas

Sobre o local cheio
De pessoas pias e passivas!
É um cenário horrível
De todo, de dor, devastador!

Continuam os pássaros
A defecarem sem algum pudor.
Seu trinado é melancólico
De uma torpe e vil selvageria;

Cacofônico, obscuro, pusilânime,
Sem nenhuma alegria!
São pássaros de ferro e mecânicos,
Sem controle se indo,
E com suas fezes manipuladas
Por mãos, vão destruindo!

As pessoas antes mergulhadas
Em profusa serenidade,
Estão imersas, atônitas;
Ou mortas à tamanha austeridade!

Em desespero, copiosas derramam
Suas lágrimas aflitivas,
E ali ficam perdidas,
Sem mais palavras e do medo cativas.

(Pássaros da Morte),
Não vos tenho atinado
Do porquê de tanta dor.
São aviões, ignaros pilotados,
Tirando a paz, dissipando o ardor!

Pétalas CadentesOnde histórias criam vida. Descubra agora