Linda paloma alva,
Voas por enquanto salva
Das armas, dos homens
Que ficam ou que fogem ―
Grandes e ignorantes almas
Se estrepando tontas e calmas!
Receias-te de na terra, ali, pousares ―
Há tanta nódoa rubra que preferes os ares.
Porém há tristeza e fogo no céu também:
Anjos digladiam ― anjos do mal e do bem ―
Mas já não mais a consegue os distinguir.
E voas atarantada, com pouco aonde se ir!
Atormentada, delirante, procuras o mar
Para nele pôr fim à sua vida, se afogar ―
Já não podeis mais: há demônios aquáticos
A lançarem seus tridentes, sarcásticos,
A furtarem almas, para si mesmos.
Pundonorosa, tu foges a esmo!
Alva paloma, bela e cândida
Pousas resoluta, decidida ―
Sem receio, sem tormento!
Sem medo pousas adentro
Dos sonhos dos afligidos,
E ali, segura fica, dormindo...!
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Pétalas Cadentes
PoesíaO sentimento de um mundo devastado por suas violências. Embora escrito em 2016 - ano que houve grande repercussão acerca da imigração e dos refugiados de guerra - há poesias que abordam temas, por assim dizer, mais antigos, e, paradoxalmente, tão a...
