Havia aqui, tempos atrás uma floresta!
Hoje já não mais; nada mais resta.
Não se pode ouvir nenhum gorjeio
De pássaros, ou ver algum espelho
De águas puras, claras e cristalinas!
Onde estão aquelas crianças traquinas
A correrem livres, a fazerem comédia
Atacando suas pedras em colmeias?
O que se vê são grandes árvores de cimento!
Há longe, muito longe um inacessível mar!
Pássaro de ferro, ruidoso sempre a voar!
Há homens sérios, executivos, cárceres de si,
Sabendo onde querem chegar e aonde se ir ―
E na mesa um retrato que ficou no esquecimento!
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Pétalas Cadentes
PoesíaO sentimento de um mundo devastado por suas violências. Embora escrito em 2016 - ano que houve grande repercussão acerca da imigração e dos refugiados de guerra - há poesias que abordam temas, por assim dizer, mais antigos, e, paradoxalmente, tão a...