A pequena criança,
Cabisbaixa, abaixa
Suas pequenas mãos
Para abaixo do seu coração,
Das suas costelas salientes ―Cruza sobre o ventre cheio
De um vazio agonizante
Suas mãozinhas magras,
Trêmulas, doentes, cardas!Seus olhos famintos parecem
Querer saltar-lhe da face
Em fase à lúgubre situação;Enormes e silentes
Pedem urgentes
Por piedade e comiseração.
Pedem por sua vida
Algo para mantê-la:
Pedem comida!Tão pálida!
Tão ávida de algo comer!
Tão cálida, a esmorecer!Vê; sente um vento, arrepio,
Passar por ela o deus sombrio:
Traz de longas eras,
De longas léguas para ela
Um saboroso Pão de quimera:Come-o, mas já sem fome!
Agora a pequena criança
Descansa, e, em paz, dorme.
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Pétalas Cadentes
ПоэзияO sentimento de um mundo devastado por suas violências. Embora escrito em 2016 - ano que houve grande repercussão acerca da imigração e dos refugiados de guerra - há poesias que abordam temas, por assim dizer, mais antigos, e, paradoxalmente, tão a...