SINOPSE:
Maya Ebrahim, nascida e criada rigorosamente dentro da cultura indiana, e muita das vezes "burlava" a regra por ser contra os antigos costumes.
Sua família era uma família de posse, uma família rica, e conhecida na região. O Sheik Bassan a...
Seis dias observando Milão pela mesma janela, tentando ver perspectivas diferentes.
Eu não conversava com ninguém, eu não tinha alguém para conversar, e com o passar dos dias as noites ficavam sufocantes.
Fecho meus olhos logo após o almoço, deixado ali quando o dia amanheceu. E eu requentava.
Baguan Kelie...– murmuro.
Solto o ar dos meus pulmões lentamente tentando manter a calma, para evitar que o pavor me atingisse mais uma vez.
Infelizmente, a duas noites passadas foram uma verdadeira tormenta. Eu cheguei a esmurrar a porta para sala e berrar pra me tirarem dali. Eu nunca tinha uma resposta.
Senti uma lágrima escorrer, e eu levei minha mão para seca-la.
– Maya...– ouço uma voz feminina me chamar, era a voz de Gabriela.
Aperto meus olhos com força antes de abrir para encarar a porta.
– Grazie... Estou te procurando a dias, papai e Luca te esconderam muito bem!
– Namaste, Gabriela! – digo em um fio de voz.
– Você está bem?
– Vou ficar!
– Vem! Vamos sair daqui! – diz e caminha em direção às minhas malas.
Mais uma vez fecho meus olhos, esperando que Gabriela terminasse de fazer o que estivesse fazendo. O que não demorou muito.
– Vamos! Se arrume, vou te levar para conhecer Milão e te levarei para casa.
– Por que estou presa aqui?
– Eu...– suspira – infelizmente, eu não sei.
– Thik! – "ok"
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Pego o conjunto em tons de rosa que Gabriela entregou, e assim eu me visto. Penteio meus longos cabelos que parecia estar maior, e assim prendo alguns fios para trás com uma pequena presilha prateada.
Gabriela trouxe maquiagens, e pediu que eu fizesse uma maquiagem leve. Esse pedido foi algo que me deu vontade de rir pela ironia. Mas ok, não é nada especial e ainda é dia.
Mesmo que na Índia nós sempre andemos bem maquiadas, talvez aqui não seja bem assim.
Fiz uma maquiagem discreta.
– Vamos? – pergunto a Gabriela que sorri batendo palmas.
– Luca não merece nunca uma mulher como você.
– Como?
– Nada! – ela rebate rapidamente – Vamos, tenho muito que te mostrar!
Caminhei ao lado de Gabriela, e foi como se meu interior se iluminasse. Esse momento, era uma das coisas mais felizes que estavam pra acontecer na minha vida desde então.