CAPITULO 6

9.3K 651 64
                                    

Seis dias.

Seis dia trancafiada.

Seis dias observando Milão pela mesma janela, tentando ver perspectivas diferentes.

Eu não conversava com ninguém, eu não tinha alguém para conversar, e com o passar dos dias as noites ficavam sufocantes.

Fecho meus olhos logo após o almoço, deixado ali quando o dia amanheceu. E eu requentava.

Baguan Kelie...– murmuro.

Solto o ar dos meus pulmões lentamente tentando manter a calma, para evitar que o pavor me atingisse mais uma vez.

Infelizmente, a duas noites passadas foram uma verdadeira tormenta. Eu cheguei a esmurrar a porta para sala e berrar pra me tirarem dali. Eu nunca tinha uma resposta.

Senti uma lágrima escorrer, e eu levei minha mão para seca-la.

– Maya...– ouço uma voz feminina me chamar, era a voz de Gabriela.

Aperto meus olhos com força antes de abrir para encarar a porta.

Grazie... Estou te procurando a dias, papai e Luca te esconderam muito bem!

Namaste, Gabriela! – digo em um fio de voz.

– Você está bem?

– Vou ficar!

– Vem! Vamos sair daqui! – diz e caminha em direção às minhas malas.

Mais uma vez fecho meus olhos, esperando que Gabriela terminasse de fazer o que estivesse fazendo. O que não demorou muito.

– Vamos! Se arrume, vou te levar para conhecer Milão e te levarei para casa.

– Por que estou presa aqui?

– Eu...– suspira – infelizmente, eu não sei.

Thik! – "ok"

Pego o conjunto em tons de rosa que Gabriela entregou, e assim eu me visto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pego o conjunto em tons de rosa que Gabriela entregou, e assim eu me visto. Penteio meus longos cabelos que parecia estar maior, e assim prendo alguns fios para trás com uma pequena presilha prateada.

Gabriela trouxe maquiagens, e pediu que eu fizesse uma maquiagem leve. Esse pedido foi algo que me deu vontade de rir pela ironia. Mas ok, não é nada especial e ainda é dia.

Mesmo que na Índia nós sempre andemos bem maquiadas, talvez aqui não seja bem assim.

Fiz uma maquiagem discreta.

– Vamos? – pergunto a Gabriela que sorri batendo palmas.

– Luca não merece nunca uma mulher como você.

– Como?

– Nada! – ela rebate rapidamente – Vamos, tenho muito que te mostrar!

Caminhei ao lado de Gabriela, e foi como se meu interior se iluminasse. Esse momento, era uma das coisas mais felizes que estavam pra acontecer na minha vida desde então.

PROMETIDA AO MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora