PROMETIDA AO MAFIOSO

CAPITULO 19

Já em casa, de volta a minha amada Índia. Minha pequena cidade Jaisalmer continuava a mesma. Minha famosa cidade dourada.

Eu caminhei em passos lentos em direção grande janela do meu quarto e observei a vista para o grande deserto de Thar. Os grandes lençóis de areia que se levantavam com o vento. Coloquei uma mecha dos meus cabelos para trás da orelha e suspirei.

Até uns dias, eu encarava um grande jardim por uma janela de vidro e agora, eu encaro o meu tão familiar deserto.

– Maya...– ouço Layla me chamar, e eu a encaro com um sorriso.

– Vem cá! – a chamo, ela sorri e se aproxima.

Por mais que Layla sorrisse, eu via a tristeza que ela carregava no olhar. Ela se sentou ao meu lado, e suspirou.

– Eu nem tive a oportunidade de conhecê-lo! – ela diz, e sorri – Sua irmã era uma vadia e tanto.

Sorrio.

– Você sabe como ela está?

– Vivendo com Rajj, eu os vi no forte de Jaisalmer... Não pense em visita-los.

– Eu não pensei! – digo.

No fundo, eu pensei sim.

– Maya, sua irmã se tornou outra pessoa. Estava muito difícil conviver com ela, e agora que seus pais a expulsaram...– a interrompo.

– Baldi quer que eu assuma a empresa! – a encaro – Ele não quer que eu me case, me casaram com uma vaca.

Ela gargalha, e eu a acompanho.

– Nunca imaginei que aconteceria algo do tipo com você, Maya!

– Você sofreu tanto quanto eu, Layla! – sorrio, e ela me acompanha – Tchalô, vamos para a cozinha.

Eu queria saber o que Luca faz uma hora dessas. Provavelmente está transando com Regina em algum cômodo da nova casa.

Descemos para a cozinha, onde nos juntamos a família para tomar um chai. Meus avós ainda estavam inconformados em como minha vida e a de Deva havia se tornado uma verdadeira merda, é isso.

– Maya e Deva, pensaram na proposta que eu fiz a vocês? – perguntou baldi.

– Papa, nós fomos criadas para servir os homens! – diz Deva.

– Mas, eu aceito! – digo rapidamente – Quero me dedicar a isso, eu quero estudar baldi. Quero fazer a diferença.

Ele abriu um sorriso enorme e Deva apenas concordou sorrindo. Estávamos disposta a nos desafiar.

Isso manteria meus pensamentos afastados de Luca.

QUATRO ANOS DEPOIS [...]

E aqui estou eu, quatro anos depois, sentada no meu escritório, lendo mais uma manchete sobre o sucesso na vida dos Vitale. Luca estava lindo, acompanhava Regina com um sorriso no rosto.

– Sra. Ebrahim? – ouço minha secretária me chamar, e eu a encaro.

Nesses anos que se passaram, Deva e eu, nós dedicamos nossa frustração amorosa e pessoal em estudos e projetos. Hoje, somos as donas totalitárias da empresa Ebrahim Amin Internacional. A maior indústria têxtil do mercado. Manu e Indra são nossos sócios, são responsáveis pelas filiais na nossa região e nós expandimos o negócio pela Europa e em breve abriremos filiais na América do Norte. Nos tornamos a melhor versão de nós mesmas.

As notícia sobre a vida de Luca, me assombram constantemente.

A cada instante que eu tentei me manter afastada, as circunstâncias o trazia de volta.