CAPITULO 13

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Senti uma mão agarrar com força o meu braço, e eu forcei para me desvencilhar do toque. Ele não seria dono das minhas atitudes.

Mais uma vez, o aperto foi mais forte que o da primeira, e isso fez com que eu me virasse e juntasse todas as minhas forças para empurra-lo.

Seus olhos fulminaram de raiva.

– Ou você me acompanha agora ou...– o interrompo.

– Ou o qu...– sua mão vem de encontro a minha boca a tampando.

– Não diga nem mais uma palavra...– sua atitude me deixou tão assustada, que meu coração se acelerou de uma forma inexplicável.

Eu senti medo.

Sua mão agarrou meu rosto com uma força que parecia que afundaria.

Eu senti medo.

Automaticamente me encolhi.

Antoni interviu, e afastou Luca de mim que o olhava com cara de morte.

– Você não vai fazer nada...– ele sussurra em um pedido – Eu vou te levar em segurança para casa. Ele não vai te tocar – promete, e eu rapidamente afirmo.

Antoni me leva até o seu carro, Luca o acompanhava. A raiva era notória. Luca me agarrou e me puxou com força, senti meu corpo ser puxado com tanta força que me fez cair. Antoni olhava Luca com ódio, e Luca fazia o mesmo para se preocupar comigo.

Levei a mão até a cabeça, onde eu havia batido e uma dor de instalava.

– Ela é minha mulher! – grita Luca – Sou eu quem decido o que fazer com ela!

Ela grita, autoritário.

– Me agradeça seu merda, ou você perderia sua mulher pra um homem qualquer! – diz Antoni, e isso é o suficiente pra Luca acertar um soco em seu rosto.

Eu me levanto, e antes de qualquer coisa me dispus a correr como nunca havia corrido antes. Por Baguan Kelie que minhas pernas não falhem.

Eu não fazia ideia para onde eu estava indo, eu só queria fugir.

De acordo com que eu corria, o impacto fazia com que minha cabeça doesse e a lágrima embaçava minha visão.

Parei de correr ao sentir que faltava fôlego. Eu me encostei na parede enquanto todo meu corpo tremia, por medo, angústia e nojo.

Observei onde eu estava, eu tentava reconhecer a rua. O bar não era tão longe de casa. Eu dei mais um passo, minhas pernas fracas me fizeram torcer o pé. Eu retirei as botas e fiquei descalça.

Caminhei rapidamente até ver a entrada do condomínio da Família. E mais uma vez, eu corri.

Eu não queria ir pra lá, mas me esconder em um canto me parecia seguro.

Eu corri até chegar aos fundos da casa, e limpei minhas lágrimas. Minha maquiagem devia estar um fracasso.

Ao abrir a porta do quarto dos funcionários, assustei uma senhora que dormia ali. Ela me encarou com preocupação.

– Por favor, tem algum lugar aqui que eu possa me esconder? – peço em um sussurro.

– Querida... O que aconteceu com você?

– Eu preciso sair daqui, o mais rápido possível... Eu...– não termino de formular a frase e caio em um choro doloroso – Eu quero ir embora, eu tenho tanto medo.

– Luca te bateu? – pergunta preocupada, e eu nego – Vou te levar a um lugar.

Ela se levanta vestindo um sobretudo, e eu tentava controlar as minhas lágrimas. Marta segurou as minhas mãos, e me fez acompanhá-la até uma pequena casa que havia ali no final. Ela bateu na porta com força, e um senhor a atendeu. Ela sussurrou algo e ele confirmou rapidamente.

PROMETIDA AO MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora