Na manhã seguinte, liguei para Gabriela que às vezes entrava em contato comigo, sem estender muito p assunto.Avisei que passaria uns dias em Milão para visitar a filial que me levou até o casamento com Luca, e a convidei para jantar.
Ela topou sem pestanejar.
Desliguei a ligação, e me sentei na grande cama confortável enquanto encarava as malditas malas devidamente prontas a minha frente.
Será que isso está certo?
Peguei meu copo com whisky, que havia se tornado um aliado e tanto nesses últimos anos. Era como água para mim. Caminhei pelo meu quarto decorado em tons marfins com detalhes em marrom, até chegar na sacada.
Tomei um gole do meu whisky e encarei o céu, a noite estava fria, era como se eu sentisse a minha pele queimar mesmo com meu moletom. O whisky me aquecia por dentro.
Eu tinha tudo, um casa e um carro de luxo. Dinheiro. As melhores roupas de grife. Os melhores sapatos. Eu tinha tudo que o dinheiro poderia me dar.
Mas no fundo, eu me sentia vazia de amor. Eu vivia com a sensação de nunca ter sido amada de verdade.
Terminei de tomar meu whisky e voltei para o quarto em busca da minha garrafa para tomar mais um gole, mas desisti no caminho.
Não valeria a pena me afogar em uma garrafa de whisky. Deixo o copo sob o criado mudo, e caminho para o banheiro. Uma melodia estilo Bollywood não saia da minha mente, eu me lembrava do casamento e de como Luca e eu nos divertimos aquele dia.
– Chega, Maya! – digo para mim mesma, enquanto me encaro no espelho.
Olhe para mim.
Eu sinto dó, pena ao me olhar no espelho, e em como eu pude me amarrar dessa forma a um homem como Luca!
Na manhã seguinte, eu busco uma roupa elegante e simples. Acabo vestindo um terninho feminino preto, e meus escarpins de salto fino. Sem alguma blusa por baixo, eu abro os boatos do casaco do terninho, deixando meus seios fartos em evidência.
Divido meus longos cabelos pretos ao meio, prendo meu cabelo em um rabo baixo e uso uma pequena mecha de cabelo para tapar o prendedor de cabelo.
A maquiagem estava pronta.
Eu estava perfeita.
As malas já estavam com o motorista quando sai do quarto. Na sala de estar encontrei Deva que já sorriu contente pela volta a Itália.
– Bom dia, Didi! – ela diz, e eu sorrio.
Ela me estende o braço, e eu o agarro. Seguimos juntas até o aeroporto, onde deixamos Berlim para trás, prontas para embarcar na Itália.
No caminho para Milão, Deva e eu usamos as quase 2h de vôo para fazer uma pequena reunião entre CEO's. Decidimos algumas coisas sobre as alterações na produção dos tecidos e sobre os métodos de coloração.
O tempo passou tão rápido que quando notei, já estávamos pousando. Seguimos o caminho para o hotel que ficaríamos, Meredith tinha um ótimo faro para esse tipo de coisa e nos escolheu um dos melhores da região.
– Bom dia, senhoras Ebrahim! – disse a recepcionista se levantando rapidamente um pouco atrapalhada – Gostaria de dizer que vocês são... Vocês me inspiram!
– Bom dia, querida! – respondo e apoio meu cotovelo sobre o balcão – Ficamos extremamente felizes por isso.
– Bom dia! Qual é a situação da nossa reserva? – pergunta Deva.
A mulher a minha frente corre para acessar os sites.
– Suite principal apenas com data de entrada!
– Ótimo! – digo sorrindo – Muito obrigada!
Agradeço ao ver que os rapazes do hotel já subiam com as nossas malas e nós o acompanhamos até chegar a belíssima suite principal. Eram simplesmente incrível para ser descrita!
Agradecemos aos rapazes, encarei Deva que soltou um suspiro.
– Vamos sair para comer! – afirmo, sentindo minha barriga revirar de fome.
Deva afirma.
Eu vou até minha bolsa, e pego um vestido branco, soltinho midi e um salto nude. Soltei meus cabelos e retoquei a maquiagem.
Deva e eu seguimos para um restaurante que havia ali próximo ao hotel. Estava movimentado.
Nós passamos pela recepção e fomos guiadas até uma mesa, pedidos uma variedade de massas para o almoço. Deva está curiosa para experimentar tudo. Eu estava feliz por estar aqui com ela.
– Você está bem? – pergunta Deva, e eu a encaro.
– Oi? – digo sem entender.
– Você está calada! Você tá bem?
– Estou, Didi! – ela franze o cenho – Não sei explicar o que eu sinto por estar aqui, e tão livre!
Ela sorri.
– A sensação de liberdade é perfeita! – diz Deva, e eu bebo um gole do vinho que estava sobre a mesa.
– Estar em Milão me faz reviver tudo que passamos até aqui...
O garçom chegou, e com ele uma grande bandeja com todos os tipos de massas existentes.
Deva arregalou os olhos e caiu gargalhada me fazendo acompanhá-la.
Nós comemos animadamente enquanto Deva de deliciava com as comidas que convenhamos, estava perfeita.
Logo após terminarmos o almoço, Deva passava mal depois de ter comido tanto. Cada passo que ela dava, era um resmungo diferente.
– Eu vou morrer, Maya! Me espere! – ela resmunga, e eu sorrio.
– Você comeu demais, Deva!
– Como você aguenta? – ela leva a mão até a barriga.
Quando me viro para encara-la, meu corpo se choca de frente com outro corpo, eu me assusto ao sentir um líquido escorrer por entre os meus seios.
Encaro o vestido branco, perfeito, com uma mancha de enorme de vinho. Minha boca se abre em um verdadeiro o, ouço uma risada enrustida de Deva.
O homem cujo me sujou inteira, estava travado a minha frente enquanto nós chamávamos a atenção de todo o restaurante.
– Você... Não olha por onde anda? – ergo meu olhar.
Encaro dois pares de olhos azuis, me encarando de forma assustada. Seus olhos estavam arregalados, sua boca formava um verdadeiro O, maior que o meu.
Me surpreendo, mas troco minha expressão de surpresa rapidamente para uma de verdadeiro ódio.
– Tinha que ser! – digo, e bufo saindo dali e seguindo em direção ao banheiro.
Deva me acompanhava, eu podia ouvir o barulho dos seus saltos estalarem no chão. Meu coração falhava as batidas, eu sentia minhas pernas bambearem.
Me escorei ao entrar no banheiro.
Deva entrou logo depois de mim, suas mãos vieram de encontro ao meu rosto onde ela me olhava fixamente.
Eu a conhecia, elas buscava rastros de algum sofrimento.
Ela suspirou e encontrou sua testa, em um instante depois ela caiu na risada.
– Você arrasou, Maya! Ele ficou em estado de choque. Eu disse que ele te amava!
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PROMETIDA AO MAFIOSO
RomansaSINOPSE: Maya Ebrahim, nascida e criada rigorosamente dentro da cultura indiana, e muita das vezes "burlava" a regra por ser contra os antigos costumes. Sua família era uma família de posse, uma família rica, e conhecida na região. O Sheik Bassan a...