CAPITULO 26

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Ao chegar na empresa, automaticamente eu sentia todas as partes do meu corpo tremerem. Eu estava um pouco assustada.

Ao entrar no elevador, apertei o botão do último andar onde ficava as nossas salas e o setor financeiro onde eu encontraria Deva.

No corredor eu já pude vê-la, o que me fez caminhar em passos largos em sua direção.

– Maya, encontrei um desfalque na...– a interrompo.

– Antoni disse entre linhas que estamos correndo perigo... Arebabaguandi, Deva! – levo a mão até o peito, e suspiro – Podemos entrar?

Deva me encarava, com as sobrancelha arqueadas e obviamente me julgando. Ela estava com um olhar julgador.

Eu me sentei na poltrona, e Deva sentou de frente para mim. Eu encarei todo o escritório em tons pretos, e suspirei.

– Você encontrou Luca? – questiona, e eu nego.

Dakho, Deva! – peço que preste atenção – Eu estava no café e...

Conto a ela tudo que havia acontecido antes que eu pudesse chegar a empresa, e trago de volta o ataque a eles quando vieram para a Itália.

Deva me ouvia atenciosamente, com uma expressão nada agradável.

– Eu temia que isso acontecesse! – digo – Eu quero viver em paz, Deva.

– Acho que devemos voltar para...

– NAHIN!– sou firme – Nós não temos que fugir de tudo, e todos. Nós podemos nos proteger, só temos que saber como e sem depender dos Vitale.

Deva arqueia a sobrancelha, e solta um suspiro longo. Ela larga a caneta que estava em suas mãos sob a mesa.

– Baldi... Ele deve conhecer pessoas tão perigosas quanto! Se ele conhece Luca, deve conhecer piores.

– Deva – sussurro – isso não é brincadeira!

– Talvez seja um blefe, Maya – ela diz em um tom de pesar.

– Você já viu algum bandido blefar, Deva? – ela gargalha, e joga seus cabelos longos para trás.

– Nossa vida se tornou uma novela, vamos entrar em contato com baldi e...

– Vamos nos encontrar com eles, e vamos descobrir quem são e a que máfia pertencem e depois veremos o que é necessário ser feito! – Deva dá ombros e afirma.

Suspiro e retiro o celular de dentro da bolsa e ligo para Antoni que me atende no segundo toque confirmando o almoço no hotel. Deva me encara atentamente enquanto ele estipulava o horário de forma controladora.

Desligo o celular e reviro os olhos.

– Pronto! – digo, e dou as costas para a Deva preparada para deixar a sala quando meu corpo se choca de frente à outro.

Levando meu olhar e encontro um par de olhos verdes e indecentes me encarando. O nariz perfeitamente desenhados e os lábios rosados e carnudos. Suspiro e reviro os olhos.

– Qual é o problema desses homens que só enxergam a si mesmo? – digo, e antes que eu pudesse deixar a sala ouço a voz máscula me responder.

– Foi você quem bateu em mim! Ela é sempre assim? – ele pergunta para Deva.

Balanço a cabeça negativamente e caminho em direção para a minha sala, e ao entrar já é possível ver a pilha de papel que me aguarda. E ao me sentar, eu me preparo para o exaustivo dia que viria pela frente. Era hora de esquecer dos inimigos e focar na minha maior realidade.

PROMETIDA AO MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora