CAPITULO 15

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Capítulo pequeno pra avisar que estou de volta com as postagens! Fiquei sumidinha por estar atolada com os compromissos da faculdade, e fiquei sem tempo para escrever e postar para vocês. Mas agora eu estou de volta, e espero que gostem!!

Quando chegamos em casa, eles me levaram diretamente para o quarto onde Luca me aguardava. Em sua mão havia um chicote, isso fez com que o meu corpo se arrepiasse.

Eu o encarei desafiadora.

– Você vai aprender a nunca mais me desrespeitar! – ele diz, ao ouvir o estalar do chicote eu estremeço.

Ele gargalha.

– Você não dizia por aí que não sentia medo de mim? – ele diz, e eu o encaro.

A cada instante eu alimentava um ódio mortal por ele.

– Eu não tenho medo de você! – digo e dou passos em sua direção – Sua covardia não me intimida.

Sua mão vem de encontro ao meu pescoço, e automaticamente eu prendi a respiração. Ele aperta de leve, e me encara de uma forma inexpressivas.

– Não me faça agir da forma que eu não quero! – ele diz, e aperta meu pescoço com força. Sinto faltar o ar.

Ele me empurra, e eu me seguro para não cair. Meus olhos se encheram de lágrimas, e uma fraqueza súbita me atingiu.

– Saia daqui! – digo com a voz fraca, sem me importar em demonstrar minha fraqueza.

O olhar de Luca muda, eu vejo preocupação em seu olhar. Eu podia ver a dor no seu olhar.

Ele tenta dar um passo em minha direção, mas o interrompo.

– Saia daqui! – digo de forma firme em meio aos dentes trincados.

Senti algumas lágrimas rolarem pela minha face. Ele deixou o quarto. Eu levei minhas mãos até o meu pescoço e mais uma vez eu chorava.

Ele tentou me sufocar.

Ele queria me matar.

Eu estou ficando perturbada.

Meu corpo desaba, e sentada no chão eu apenas abraço minhas pernas apoiando meu rosto sob os meus joelhos.

Preciso da ajuda de baldi, preciso que ele venha para cá. Mas preciso que seja urgente. Eu deveria me jogar da escada? Da sacada do quarto? Atirar em mim?

Eu não sabia o que fazer da minha vida.

Eu me arrastei até a porta do quarto e a fechei. Levo minhas mãos ao meu pescoço e acaricio.

Minha vida se tornou um inferno.

Eu seco minhas lágrimas, e me levanto. De frente para o espelho, eu posso ver perfeitamente a marca das mãos de Luca formarem um hematoma. Ali estavam as marcas de um fantasma que me acompanharia para o resto da minha vida.

Depois de tudo, minha vida nunca será a mesma.

Eu passei a noite em claro, eu me entreguei a amargura. Eu vi o dia amanhecer, e foi quando batidas soaram pelo quarto avisando que o café da manhã estava servido juntamente com toda a família.

Me arrastei até o closet onde peguei uma blusa de gola alta, eu a vesti juntamente com uma calça jeans de cintura alta, os saltos finos me trouxeram um ar de elegância.

Passei uma make simples para cobrir minhas olheiras.

Eu não fingiria felicidade.

Penteei meus cabelos e deixei o quarto.

Cada passo em direção às escadas, era como se eu abandonasse o meu Porto Seguro. Uma coisa esmagava cada vez mais meu coração dentro do peito. Meus passos, minhas atitudes, e a minha expressão era de algo totalmente sem vida.

Eu estava triste.

Mas estava triste por mim, eles tiraram a minha luz. Uma coisa que habitava em mim, algo puro e tão bonito.

Quando me aproximei da copa, todos os olharem vieram em minha direção. Gabriela se levantou da mesa e me encarou, seu olhar era de total preocupação. Levei as mãos até a gola da blusa e a puxei um pouco mais para cima.

Nona sorriu ao meu ver, mas seu sorriso desabrochou em questão de segundos. Minha expressão denunciava bem o que eu sentia. Sem vida.

Me sentei na cadeira ao lado de Luca, a cadeira que havia sido reservada a mim. Não houve nenhuma palavra, apenas olhares curiosos em minha direção.

Eu encarava o tempo todo o pequeno prato com frutas a minha frente, e dessa forma eu me alimentei.

O clima estava pesado, mas eu não me importava. Eu realmente não estava me importando. Eu me alimentei rapidamente, e continuei sentada aguardando para não ser sem educação.

– Maya? – Nona chama, e então eu me dirijo o olhar em sua direção – Ficamos preocupados com você.

Não respondo.

– Você não devia ter sumido assim...– diz Gabriela, e eu a encaro também – Você está bem?

– Estou ótima! – digo, meu tom de voz saiu rouco.

– É...– Amélia aponta o dedo em direção ao meu pescoço, e eu levanto a gola mais uma vez.

O olhar de Alessandra cai sobre Luca, e traz em minha direção.

– Maya...– a interrompo.

– Se me dão licença, não me sinto bem! – rapidamente eu me levanto, e caminho em direção à saída da cozinha.

Meu olhar vai de encontro ao de Marta que estava com olhos marejados, e automaticamente os meus também marejaram.

"Obrigada", murmurei.

Ela abaixou a cabeça, e eu caminhei em direção às escadas.

Mais uma vez eu me encontrava trancada no quarto. Eu caminhava de um lado para o outro enquanto pensava em uma solução. Eu precisava de uma ajuda.

Meu coração esgoelava no peito, eu sentia um desespero e uma dor sufocante. Eu preciso da minha família. Eu preciso dos meus pais.

Rapidamente busquei o telefone no criado mudo, e liguei para meus pais que rapidamente atenderam.

– Baldi, por favor, eu preciso de vocês! – digo entre lágrimas no telefone – Por favor!

Maya, princesa, estou indo! Compraremos uma passagem para a Itália o mais rápido possível!

PROMETIDA AO MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora