CAPITULO 8

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O caminho até o local foi um verdadeiro inferno. Gabriela nos observava o tempo todo, e a mão de Luca repousando sobre minha coxa me deixava com a impressão de que minha pele queimava.

Luca adentrou grandes portões de ferro, onde encontramos um verdadeiro palácio e eu já estava habituada a lugares assim.

Não dessa forma, era diferente dos nossos, mas grande igual.

Quando Luca estacionou o carro, eu soltei um suspiro querendo amenizar o estresse que eu sentia.

– Se comportem, ninguém precisa saber a farsa que vocês são! – diz Gabriela, e suspira – Muito menos Nona, ela não merece ver a forma com que você trata Maya. E Maya, eu sei que você consegue, tente não entristecê-la.

Eu odiava a minha vida.

Ele apertou a minha coxa de leve, e eu o encarei.

– Está tudo bem? – me surpreendo com a sua pergunta.

Não desvio meus olhos do seu.

– Isso importa pra você? – ele suspira – Vamos? Precisamos fingir diante de Nona.

Me aproximo temerosa, e beijo seus lábios. Ele retribui o beijo, sendo necessário pra eu me afastar rapidamente me lembrando da cena que eu havia visto mais cedo.

– Vamos? – o chamo, e me preparo para descer.

– Se comporte! – ele pede, e eu afirmo.

"Se comporte". Se eu pudesse, eu não estaria aqui. Me casaria com um indiano, viveria próxima aos meus pais e não necessitaria de passar por toda essa humilhação.

Ao Luca descer do carro, seu braço rodeou minha cintura e assim caminhamos juntos até a entrada da casa.

Eu estava tão nervosa, eu sentia meus músculos tremerem internamente. Minha mente se ocupava em ouvir meus saltos baterem contra as pedras que faziam um caminho até a entrada da casa.

O que me aguardava ali?

Fomos recepcionados por homens de preto, que liberaram nossa passagem cumprimento Luca demonstrando respeito.

Ao adentrar a grande sala, notei que o lugar estava lotado. Garçons e garçonetes serviam a multidão com taças sobre as bandejas.

Todos conversavam animadamente.

Até que nós pisamos no local, os olhares foram guiados até nós de forma descarada. Luca apertou minha cintura tentando me transferir um pouco de calma.

Foi em vão.

De longe vi uma loira, muito parecida com Gabriela vir correndo e gritando feito uma sirene em nossa direção.

Ela para na minha frente, e solta um suspiro forte.

– Você parece uma boneca! Meu Deus, eu não consigo acreditar que isso é rea...– ela é interrompida por Luca.

– Se contenha, Amélia! – ele diz, e me encara – Amélia, essa é Maya. Minha esposa.

Me contive ao quase soltar um namaste. Amélia se prontificou me cumprimentando com um abraço apertado.

– Seja bem vinda a famiglia, Maya! – ela diz me apertando.

– Chu...Obrigada! – digo e retribui o abraço repousando minhas mãos em suas costas.

– Nona está ansiosa para conhecê-la! – diz Amélia se afastando – Eu também estive, precisamos de pessoas boas na família. Gabi falou tão bem de você, que eu fiquei ansiosa!

PROMETIDA AO MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora