CAPITULO 17

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Eu deixei o quarto antes que Gabriela fizesse algo, ou dissesse algo que a comprometesse. Liguei para Luca. O telefone estava ocupado.

Eu o aguardava, e aguardava os meus pais. Mas nesse momento, eu precisava de Luca.

O relógio apitava a cada hora, e isso me atormentava. Pois, a cada instante, algo poderia acontecer, Gabriela poderia dizer algo e isso a comprometeria.

Quando Luca chegou, eu caminhei o mais rápido que pude em sua direção e o levei para o escritório. Seu sorriso demonstrava tamanha safadeza.

– O que você quer, princesa? – perguntou.

Seu tom era arrepiante, totalmente arrebatador.

Meu corpo tentou responder a isso, mas imediatamente eu dei um jeito de me acalmar.

– Acho que meu quarto está grampeado! – digo rapidamente, e Luca arqueia a sobrancelha.

– Não me trouxe aqui para transar? – bufo revirando os olhos – E como assim grampeado?

– Antoni, ele estava no corredor próximo ao meu quarto quando tentou colocar uma escuta em mim! – digo rapidamente, e jogo o pequeno botão preto sob a mesa.

– Antoni? Ele colocou as mãos em você?

– Isso não é o caso, Luca! Eu quero ter privacidade! Baguan Kelie, é tão difícil assim ter uma vida normal?

– Eu ia te levar para casa, nossa casa – ele diz, e afrouxa o nó da gravata para retirá-la.

Eu observo seus movimentos.

– Não sei se quero! – digo rapidamente – Você tem uma amante, e não tem respeito algum por mim, não sei se posso viver assim!

Digo por fim, e ele me encara franzindo o cenho.

– Quer se separar?

– Eu não gostaria nem de ter casado! – digo encarando fixamente a estante de livro a minha frente – Eu esperava tantas coisas boas de uma vida com você, mas eu me tornei uma prisioneira, já tentaram matar meus pais, e qual será o próximo passo?

Ele me encara com seus olhos claros, e suspira.

– Quero fazer diferente...– ele murmura, e eu o encaro espantada – Não me olhe assim!

– Arebabaguandi, o que você quer Luca?

– Quero comprar uma casa, grande, com piscina, um jardim, um espaço pra quando eu tiver meus filhos. Sem apartamentos, sem amantes, quero tentar fazer diferente.

– Não acredito em você! – digo, e me sento no sofá que havia ali.

– Você não quer tentar? – ele diz, sua aparência fria me fazia desacreditar de tudo que pudesse sair de sua boca.

– Você está tentando enganar à quem? – digo, ele suspira.

– Saia com os seus pais amanhã, e encontre uma nova casa! Você quer seguir sozinha?

Abro a boca, mas nenhuma palavra sai dos meus lábios. Ele sorri.

– Foi o que imaginei, não sairemos do condomínio, suas coisas estarão na casa da frente até o final da tarde. Seus pais também vão para lá.

– Eu...– ele me interrompe.

– Você não tem escolha!

– Como se um dia eu tivesse tido – murmuro.

Luca se aproxima.

Seu nariz desliza pelo meu pescoço, automaticamente isso me causa uma onda alucinante de prazer. Ele não precisava de muito para me excitar.

PROMETIDA AO MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora