Capítulo 06.

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- O que foi aquilo Jeongguk? – Jimin perguntou sério ainda me arrastando pelo braço. Quando estávamos há alguns metros do refeitório ele parou e o soltou bruscamente. – Que porra foi aquela? – me olhou raivoso.
- Calma Jimin! – pedi e respirei fundo. – Era sobre ele que eu ia falar com você.
- Quem é ele e por que vocês já estavam se enfrentando assim? Jeongguk não estamos nem há 24 horas nessa universidade e você já está arrumando confusão! – massageou suas têmporas.
- Será que dá pra você parar de me culpar e ouvir o que eu tenho a dizer? – perguntei irritado e ele fez um sinal com as mãos para que eu começasse a falar. – O garoto que me ajudou hoje a encontrar o meu dormitório estava sendo coagido por ele um pouco antes de irmos para o refeitório. – Jimin cruzou os braços com cara de pouco caso. – Na hora que eu estava vindo eu ouvi algumas vozes altas, ele dizia para aquele cara o soltar. Acho que são ex namorados porque esse cara chamado de Jaguar disse que o Taehyung era dele e o mesmo disse que não.
- E daí? São ex namorados discutindo. O que você tem a ver com isso?
- Jimin, o cara estava grudado no braço dele e o jogou na parede. Eu vi tudo e entrei no meio. Pedi para soltá-lo e bem ele o soltou, ameaçamos um ao outro e agora parece que temos uma rixa.
- Parece? – me olhou incrédulo. - Você é maluco? – socou meu ombro. – Onde estava com a cabeça Jeongguk? Você não sabe nada sobre esse cara e ele te humilhou lá dentro na frente de todos e o pior você nem pode revidar. Aliás como ele sabe que você é bolsista?
- Não tenho a mínima idéia mas, eu só quis proteger o garoto. Só isso.
- Por que? Por que se meter em relacionamentos alheios?
- Jimin quando eu olho para o rosto dele eu sinto que ele não me é estranho. Eu já o vi em algum lugar eu tenho certeza.
- Só falta você me dizer que esse Taehyung fez parte da sua infância no tempo em que morou aqui. – ironizou.
- Eu não sei mas pode ser.
- Acho que você está obcecado por muitas coisas. Me lembre de te levar em um psiquiatra e pedir uma internação permanente.
- Eu descobri outra coisa Jiminie.
- Que coisa? 
- Achei uma pasta com diversos documentos sobre meus pais. Tem o laudo da perícia que comprova que foi premeditado o acidente deles. Também tem as folhas que mostram dívidas e uma carta ameaçando a minha vida.
- Espera! – colocou a mão na cabeça. – Quando você descobriu isso?
- Ontem.
- E por que não me contou ontem mesmo?
- Eu ia falar hoje. Meus avós não sabem que eu descobri isso.
- Vou passar essa noite com você , não vou te deixar sozinho. Vamos procurar uma lanchonete qualquer e comer alguma coisa.
- Mas.
- Sem mais Jeon. Já chega de confusão por hoje.
- 'Tá. – revirei os olhos o seguindo.
                           (...)
Achamos uma lanchonete aberta e entramos nela. Sentamos em uma mesa afastada e o atendente nos recebeu anotando nossos pedidos. – Só pra você saber, você é quem vai pagar a conta.
- Por que eu? – indaguei e ele deu de ombros.
- Por que você, senhor não levo desaforo para casa não permitiu que eu comesse no refeitório da faculdade.
Eu ri. – Você nem sabe se a comida é boa, como pode falar isso?
- Poderia estar sabendo agora se você não tivesse ido salvar a chapeuzinho vermelho do lobo mal. Eu tenho vontade de te descer a porrada às vezes.
- Você está muito agressivo ultimamente Jiminie. – provoquei e ele me lançou um dedo do meio.
- Eu não me chamo Jeon Jeongguk.
- Aí, essa doeu. – brinquei.
- Cala a boca Jeongguk. – ralhou me fazendo rir alto.
                            (...)
- Porra! Essa lanchonete é cara. – resmunguei quando passei porta a fora.
- Bem feito. Na próxima vou escolher algo mais caro ainda.
- Que tipo de amigo é você?
- O que evita de você fazer tanta merda. Anda logo que eu quero dormir.
                             (...)
Caminhamos de volta para o campus e eu aproveitei e peguei meu carro que estava estacionado em frente a secretaria. Jimin reclamou o caminho todo até ali mas quando percebeu que eu iria pegar a caminhonete se calou imediatamente.
Entramos no carro e eu dei partida seguindo para o outro lado da universidade. – Está preparado para as milhares de perguntas sobre seu carro? – Jimin perguntou observando o lado de fora.
- Já me arrependi de ter vindo com ele. – ele riu.
Meu avô me deu um Ford F100 vermelho do ano de 1963 extremamente conservado. Por onde eu vá com esse carro várias pessoas perguntam se está a venda e blablabla. Eu gosto dele por ser clássico e ter sua beleza rústica.
Como já era mais do que esperado me perdi e Jimin xingou até a minha quinta geração.
                          (...)
- Chegamos! – estacionei na minha vaga e desci.
- Até que enfim. Sorte que estávamos de carro porque se estivéssemos andando, eu iria te socar a cara de verdade.
- 'Tá senhor Rock Balboa, vamos subir.
                          (...)
- O que pensa que está fazendo? – perguntei vendo ele abrir meu closet.
- O que você acha? – revirou os olhos pegando um dos seus pijamas. – Esse serve.
- Eu deixei? – arqueei a sobrancelha.
- E tem que deixar? – entrou no banheiro fechando a porta na minha cara. Bufei com sua audácia. Um minuto depois ele saiu do banheiro me encarando. – Acho que vou pegar esse pra mim.
- Nem em sonho!
- Você é muito egoísta. – fez bico se ajeitando na cama. – Que foi?
- Você vai dormir na mesma cama que eu?
- Você está vendo outra cama aqui? – puxou a coberta até o pescoço.
Não troquei de roupa porque me sinto confortável assim, apaguei as luzes e me deitei junto dele.
- Nem ouse roubar meu cobertor. – resmungou.
- Sim senhora. O desejo da madame é uma ordem. – brinquei.
- Vai se foder. – ralhou.

Sweet Revenge Kth+JjkOnde histórias criam vida. Descubra agora