Insisti para acompanhar Taehyung até sua casa assim, se tudo desse certo ele já poderia trazer seus pertences para o campus. Estou feliz em poder ajudá-lo e espero que ele consiga enfrentar o pai que tanto o machuca. Estou curioso e aflito em relação á todas as minhas suspeitas sobre ele referente ao meu passado. Uma parte de mim implora para que ele não tenha ligação com isso enquanto a outra metade torce para que tenha, meu passado me incomoda e eu queria que tudo acabasse para que eu possa viver em paz. Hoje confessamos parcialmente nossos sentimentos um pro outro e cada vez mais eu tenho certeza de que meu coração pertence a ele. A idéia sobre ele estar noivo do Jaguar me deixa maluco mas eu sei que isso será superficial aliás, eu espero que seja. Me pego pensando se realmente foi uma boa idéia ter vindo para Seoul, mesmo que eu tenha vindo determinado a descobrir o assassino dos meus pais eu não imaginava que sentiria receio e medo. Minha vida mudou drasticamente em quatro dias, descobri estar apaixonado por alguém que eu nunca vi mas que não me parece estranho, fiz novos amigos e de brinde um inimigo. De verdade, não sei se eu dou risada disso ou se choro em posição fetal em um quarto escuro. De fato seria cômico se não fosse trágico.
Taehyung me orientou a estacionar na casa ao lado da dele para que não tivéssemos problemas. Quando estacionei e olhei ao redor meus olhos automaticamente se encontraram com a imagem da minha antiga mansão. A rua mudou bastante e as demais casas também porém o lugar que eu tanto amava e chamava de lar continuava da mesma forma. O portão roxo como sempre fora com a pintura até um pouco gasta pelos anos que se passaram, a caixa de correios no gramado da frente, a árvore que tantas vezes eu subi em cima para me esconder da minha mãe... Tudo estava exatamente igual.
Senti um enjôo gigantesco e com certeza fiquei mais branco que uma folha de papel. - V-você m-mora aqui? – perguntei gaguejando, sentindo cada terminação nervosa do meu corpo tremer.
- Moro. Esta tudo bem? – me olhou assustado.
- D-desde quando? – isso não pode ser coincidência novamente, dessa vez eu tenho certeza de que minha mente não está pregando peças.
- Não me lembro bem mas desde que tinha uns dez anos? Eu visitava aqui com frequência antes de vir morar aqui. – meu coração falhou uma batida e um nó se criou em minha garganta. - Eu amava esse lugar mas depois do que o meu pai se tornou passei a odiar. – apertei com força o volante. - Jeongguk está tudo bem? Você está pálido. Se quiser pode ir embora eu me viro aqui.
- N-não tudo bem. – emiti um meio sorriso tentando disfarçar o meu desespero. – Pode ir e estarei te esperando aqui.
- Você reagiu estranhamente ao saber que eu morava aqui, me desculpe eu não entendi.
- Ah, eu sempre quis morar em uma casa assim, parece enorme. Só fiquei surpreso por ser uma mansão. – menti.
Taehyung pegou em minha mão e sorriu me mostrando inocência. – Queria poder te trazer aqui algum dia, tenho certeza que você iria adorar o jardim e o.
- Coreto. – completei a frase sem querer. – Bem acho que toda mansão assim tem um coreto não é? Pelo menos nas das revistas tem. Parece mansão de celebridade. – reparei o erro.
Taehyung riu e acreditou na minha conversa estranha. - Eu não irei demorar, serei o mais breve possível lá dentro e eu voltarei dando certo ou errado.
- Boa sorte. – selei sua testa agindo o mais normal possível.
- Obrigado. – saiu do carro me deixando sozinho ali.
Assim que ele fechou a porta meu coração se quebrou em um milhão de pedaços e o choro veio intensamente. Taehyung demonstra não saber realmente sobre as coisas que sua família fez/faz e depois de eu reconhecer a casa eu tenho total certeza de que ele é de fato o garoto bonito da minha infância.
Um misto de sentimentos me invadiu, medo, raiva e vingança em maior escala. Como se vingar do pai de alguém que você gosta?
Por mais que ele seja um monstro para o Taehyung, ainda é o pai dele.
Peguei meu celular em mãos e tremelicando disquei o número do Jimin implorando para que ele me atendesse.
A chamava foi recusada cinco vezes antes de ele finalmente me atender.
- Jeongguk eu estou em aula, foi um sacrifício sair.
- Minie. – solucei.
- Meu Deus o que foi? Onde você está? – perguntou preocupado.
- É o pai dele Minie. – as lágrimas desciam sem controle algum por meu rosto.
- Ele machucou você ou o Tae?
- Não. – solucei mais uma vez. – Foi ele quem matou os meus pais.
- QUE? JEONGGUK COMO ASSIM? – indagou.
- A casa Jimin, a droga da casa é a mesma que eu morava antes.
- Ggukie pode ser somente uma coincidência não? Já te disse para não tirar conclusões precipitadas.
- EU TENHO CERTEZA, DROGA! – acabei gritando. A ligação ficou muda por alguns segundos. – Me desculpa.
- Onde você está?
- Aqui esperando o Taehyung voltar.
- Se acalme por favor, assim que você chegar nos encontramos para conversarmos direito tudo bem?
- Obrigado Minie.
- Não perca a cabeça com ele, ok? Ele não tem culpa. Taehyung é inocente e precisamos ter total certeza, ainda existem coisas vagas.
Jimin sempre soube me acalmar. Respirei fundo e limpei o rosto com o dorso da mão. – Prometo que não farei nada.
- Ótimo, preciso voltar agora. Te amo.
- Também te amo, Minie.
A ligação foi encerrada e consegui controlar meu choro, respirando fundo. Abri a porta do carro e desci caminhando vagarosamente até a calçada da mansão. Colocar meus pés ali me fez chorar novamente, senti como quando eu ainda tinha meus pais ali comigo. Quantas vezes nós corríamos pelo gramado brincando ali fora, sorri com a lembrança em meio às lagrimas.
Não percebi quando alguém tocou o meu ombro e chamou o meu nome. – Jeon? Jeongguk?- me virei rapidamente dando de cara com a minha antiga vizinha.
- Senhora Chae? – perguntei vendo a imagem envelhecida dela. Éramos chegados na época em que eu morava aqui, ela era amiga da minha mãe e sempre me levava biscoitos.
- Oh meu Deus menino, você não mudou nada! – me puxou para um abraço caloroso. – Como você cresceu e está bonito! – exclamou segurando meu rosto.
- A senhora também não mudou nada.
- O que faz aqui? Depois de tanto tempo, nossa...
- Eu estou esperando um amigo.
- Fico feliz que você e Taehyung continuem amigos ainda. O pai dele mudou tanto né? Eu quase não vejo a Mina mais. – comentou.
- É. – paralisei.
- Seus avós estão bem? – assenti totalmente aéreo. – Está tudo bem querido?
- S-sim, eu só fiquei feliz por ter te reencontrado.
- É a primeira vez que te vejo depois de tanto tempo, quando voltou?
- Há três dias, passei para a faculdade daqui.
- Oh querido parabéns! – me abraçou novamente.
- Como a senhora me reconheceu? – perguntei ainda totalmente descrente do que estava acontecendo.
- Você continua com o mesmo sorriso de sempre e o mesmo corte de cabelo. – ela riu. – Te reconheci assim que te vi descer do carro. Eu estava regando as plantas e vi que você estava emocionado. Decidi vir falar com você. A propósito, por que você não entrou na casa?
Hesitei alguns segundos tentando pensar em alguma resposta boa. – As lembranças sabe? São.
- Eu sei querido. Não tem um dia que eu não me lembre de vocês. – acariciou meu rosto. – Bom eu preciso ir tenho consulta médica, sabe como os velhos são. – acabei rindo. – Fiquei feliz em te ver, venha me visitar qualquer dia sozinho ou com o Taetae e mande um beijo para seus avós. Adoraria revê-los novamente.
- Pode deixar eu virei sim.
- Até mais querido. – selou minha cabeça me deixando pasmo para trás.
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Sweet Revenge Kth+Jjk
FanfictionJeon Jeongguk é um jovem de vinte e um anos que teve a vida transformada da forma mais cruel que existe. Cresceu sendo amparado pelos avôs que lhe deram todo o apoio, amor e carinho que necessitava. Jeongguk através de uma conversa "proibida" desco...