Sweet Revenge Kth+Jjk

Capítulo 18.

Jeongguk para a minha sorte aceitou se juntar a nós junto de Jimin no plano de Yoongi. Suspirei aliviado por eles terem tido uma ideia que possa me ajudar, é arriscado mas precisamos tentar.
Decidi que não irei esperar até que alguém venha atrás de mim, hoje mesmo voltarei para casa e irei confrontar meu pai e impor minhas condições. Sei que a conversa será complicada mas se eu quiser que o plano funcione eu preciso fazer isso.
Os hyungs me deixaram a sós com Jeongguk e nos prometeram trazer nossos almoços. Caminhei até ele que estava observando o campus pela janela, ele parecia perdido ou preocupado.
Gentilmente toquei seus ombros e ele se virou para mim. – Está tudo bem? – perguntei e ele assentiu. – Obrigado por me ajudar nisso, parece maluquice aliás, é uma maluquice mas eu espero que dê certo.
Ele pousou suas mãos em minha cintura. – Eu faria qualquer coisa para te ajudar Taehyung. – nos encaramos e ele selou minha testa.
- Jeongguk eu sei que é tudo novo e recente demais mas. – hesitei alguns segundos mordendo meu lábio inferior. – Eu não sei como mas gosto de você, mais do que qualquer outra pessoa. – ele sorriu.
- Eu também gosto de você, mas. – suas mãos foram de encontro com as minhas e nossos dedos fora entrelaçados.
- Mas? – observei sua expressão.
- Eu não sei lidar com o Jaguar, tenho medo de estragar tudo e saber que você estará noivo dele não me agrada em nada. 
- Eu só estarei noivo dele superficialmente e isso não durará muito. Eu confio em você e sei que você conseguirá me ajudar. – ditei o mais terno que eu consegui.
- Eu tenho medo de te fazer sofrer. – sussurrou e eu notei seus olhos umedecerem.
- Você acha que ter me conhecido foi um erro? Neste momento eu tenho plena certeza de que eu estou apaixonado por você e isso aconteceu desde o momento em que você pintou minha camisa preferida de roxo. – essa era a mais pura verdade, não consigo negar mais que não sinto nada por ele mesmo o conhecendo há três dias. Eu achava que não era possível se apaixonar em tão pouco tempo e repudiava isso. Repudiei até quando Namjoon e Jin começaram a namorar, se conheceram em um dia e no outro já estavam juntos e estão até hoje. A expressão “não cuspa para cima pois poderá cair no meio de sua testa” nunca fez tanto sentido pra mim como agora.
Jeongguk sorriu e acariciou o meu rosto. – Se te conhecer foi um erro então eu quero errar  pelo resto da vida. – selou meus lábios. – Eu nunca me senti assim por ninguém antes.
- Assim como?
- Apaixonado. – riu soprado. – Mas é difícil saber que você estará noivo de alguém que não sou eu.
- Isso não irá durar muito tempo eu prometo. E podemos aproveitar todas as noites juntos já que você aceitou dividir seu quarto comigo.
- Pensando por esse lado não será tão ruim. – me puxou para perto de si e me beijou calorosamente.
- Obrigado, por tudo. – sussurrei após o término do nosso ósculo totalmente entorpecido pelo gosto de sua boca.
                            (...)
Jimin trouxe nosso almoço e foi para suas aulas da tarde. Os alunos de fotografia terão a primeira semana livre nesse período e isso foi bom porque servirá para que eu e Jeongguk nos aproximássemos mais.
Almoçamos de uma forma divertida e conversamos bastante, contei a ele sobre ir até a minha casa hoje mesmo e ele me apoiou.
Tomei um banho e vesti uma muda de roupas que ele me emprestou já que as que estavam em minha mochila molharam e ficaram com cheiro ruim.
- Ficaram boas em você. – ele comentou assim que eu saí do banheiro.
- Ficaram sim, obrigado mais uma vez.
- Já está pronto? – assenti respirando fundo. – Então vamos, lembre-se de que ficarei no carro te esperando e qualquer coisa é só gritar. – me abraçou. – Não fique com medo só seja firme com ele.
                             (...)
Jeongguk insistiu em me levar até em casa, se tudo desse certo eu já levaria as minhas coisas para o campus. Para me instalar em seu quarto eu só precisaria ir até a secretaria e solicitar a autorização junto de uma cama já que no quarto dele só tem uma e isso era o menor dos meus problemas.
Estacionamos na casa ao lado a minha e Jeongguk se manteve imóvel por alguns minutos. Certamente ele deveria estar nervoso com a situação.
- V-você m-mora aqui? – gaguejou.
- Moro. Esta tudo bem?
- D-desde quando? – achei estranha suas perguntas mas as respondi.
- Não me lembro bem mas desde que tinha uns dez anos, eu visitava aqui com frequência antes de vir morar aqui. Eu amava esse lugar mas depois do que o meu pai se tornou passei a odiar. - ele me olhou de uma maneira estranha. – Jeongguk está tudo bem? Você está pálido. -perguntei preocupado. -  Se quiser pode ir embora eu me viro aqui.
- N-não tudo bem. – emitiu um meio sorriso. – Pode ir, estarei te esperando aqui.
- Você reagiu estranhamente ao saber que essa é minha casa, me desculpe mas eu não entendi o porquê você está dessa forma. 
- Ah, eu sempre quis morar em uma casa assim, parece enorme. Só fiquei surpreso por ser uma mansão.
Suspirei aliviado e peguei em sua mão. – Queria poder te trazer aqui algum dia, tenho certeza que você iria adorar  o jardim e o.
- Coreto. – ele completou a frase e eu franzi o cenho. – Bem acho que toda mansão assim tem um coreto não é? Pelo menos nas das revistas tem. Parece mansão de celebridade.
Acabei rindo do entusiasmo dele pela minha casa, quem sabe um dia eu não o traga aqui para conhece-la de verdade.
- Eu não irei demorar, serei o mais breve possível lá dentro e eu voltarei dando certo ou errado.
- Boa sorte. – selou minha testa.
- Obrigado. – sai do carro indo em direção ao meu portão.
                                 (...)
Assim que apertei ao interfone da portaria Minho apareceu apavorado.
- Tae você está bem? Seu pai está maluco atrás de você, fomos até o campus hoje mas não te encontramos. Achamos seus amigos mas eles disseram que não te viram.
- Estou ótimo. Jaguar está aí? – ele negou. – Ótimo, libere a minha entrada eu não irei demorar. – tentei não soar rude.
- Claro! – o portão foi destravado e eu adentrei o lugar onde um dia eu chamei de lar. – Que bom que está bem. – sorriu e me abraçou.
- Minho eu agradeço a ajuda de ontem mas gostaria que você não me tocasse.
- Me desculpe. – se afastou rapidamente.
- Tudo bem...
                                   (...)
Atravessei o enorme jardim e abri a porta da sala.
- Taehyung meu filho! Onde você estava? – minha mãe me abraçou fortemente totalmente preocupada.
- Isso não importa, cadê o papai? – perguntei.
- Está no escritório.
- Ele te bateu ontem? – questionei vendo que ela estava usando maquiagem nos olhos.
- Não, ele não.
- Mãe pare!- a interrompi. – Pare de negar o óbvio, ele te espanca como faz comigo e já não é de hoje. – ela arregalou os olhos. – Vamos subir até o escritório isso irá mudar daqui em diante. – ditei confiante demais.
- Não piore as coisas meu filho, por favor. – suplicou enquanto subíamos a escada.
- Não irei piorar nada, ele não quer que eu me case? – ela assentiu. – Pois bem, farei isso mas somente sob minhas condições.
                              (...)
Bati na porta do escritório dele reunindo todas as forças possíveis para enfrenta-lo.
- Entre! – sua voz grave ordenou. Engoli em seco e abri a porta puxando minha mãe comigo. – Ora, até que enfim você apareceu. Onde estava? – me olhou com raiva como sempre e veio em minha direção.
- Não te interessa onde eu estava. – falei seco e minha mãe apertou minha mão.
- Como ousa falar comigo dessa maneira? – rosnou segurando meu braço machucado com força. Grunhi de dor mas mantive a minha postura firme, eu não poderia recuar agora.
- Me solte se você ainda quiser continuar vivo. – ele riu em escárnio e apertou mais ainda o local machucado.
- Não machuque ele. – minha mãe suplicou.
- CALE A BOCA MINA! – gritou fazendo-a recuar. – Não sei onde você esteve. – direcionou o seu olhar para mim. – E nem com quem esteve e também não sei de onde você tirou essa coragem toda que você acha que tem de me enfrentar mas, saiba que irei te punir por isso.
- Se você não me soltar acabará morto pela máfia é isso que você quer? – perguntei e ele afrouxou o aperto do meu braço.
- O que disse? 
- Eu sei sobre toda essa palhaçada sua de roubar as pessoas, você se tornou um monstro ganancioso e agressor. Se meteu com a máfia para conseguir mais dinheiro mas a sua sede de ter sempre mais e mais te levou a ruína não é?
- Que droga você tomou garoto? – debochou. – Você não sabe nada sobre o que eu faço.
- Sei o suficiente para saber que você corre o risco de morrer. – ele me olhou confuso. – Para salvar a sua carcaça você precisa da sociedade com os pais do Jaguar e isso só acontecerá se eu me casar com ele. – ri. –
- Você está maluco, acho que as pancadas que tomou afetou teu cérebro.
- Não sei o que você fez com o dinheiro que tínhamos para estar endividado agora, aliás até imagino que você tenha torrado tudo com prostitutas, jogos e bebidas.
- Taehyung. – rosnou.
- Por causa da sua ganância idiota eu e minha mãe podemos morrer também e acredite que se não fosse por isso eu mesmo iria até eles e imploraria para que eles te matassem. – ditei entre dentes. – Eu aceito me casar com o Jaguar desde que você concorde com as minhas condições, caso contrário eu darei o fora daqui e foda-se você.
Ele socou a mesa com força e me olhou com mais raiva ainda. – Quais são as suas condições?
- Eu voltarei a morar no campus e não quero seguranças me seguindo. O casamento só deverá acontecer depois das férias de verão e quero que a mamãe vá morar com os meus avós.
- Você só pode estar de brincadeira. – riu soprado. – O lugar da sua mãe é aqui. Mina você não quer visitar seus pais, quer? – usou seu tom ameaçador.
- Eu pareço estar brincando? – era visível a fúria em seus olhos. – Ela não tem escolha, isso faz parte do acordo. Irei pegar as minhas coisas aqui e ela irá fazer as malas, Minho a levará para lá. – me aproximei mais ainda dele. – Eu não quero saber que você está me vigiando ou pressionando-a porque senão eu destruirei o noivado.
- Seu maldito! –  levantou a mão pronto para acerta-la em meu rosto.
- Você decide se quer viver ou morrer, de qualquer forma se você me mandar para o inferno pode ter certeza de que irá junto. Eu já me cansei das suas ameaças e repito que estou fazendo isso porque eu amo a minha mãe e tenho amor a minha vida.
- Você vai me pagar caro por isso Taehyung.
- Marque o noivado para quando quiser e peça para o Jaguar me avisar. – virei as costas saindo dali junto com minha mãe que me olhava assustada. – Não se preocupe mamãe tudo dará certo. – acariciei seu rosto.
Espero que realmente tudo dê certo.