Capítulo 30.

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Jeongguk passou a noite comigo no hospital contra minha vontade já que eu não queria que ele faltasse a aula. Por mais que eu quisesse ficar bravo, vê-lo cuidar de mim com tanto carinho e dedicação me derreteu por dentro. Jeongguk faz com que eu me sinta especial, protegido e principalmente amado.
O meu sentimento por ele vem crescendo significadamente e cada vez mais sinto que nossas almas já estão conectadas a muito tempo.
Eu nunca me apaixonei tão perdidamente assim em toda a minha vida e eu farei de tudo para não nos separarmos. Acho que nessa altura de tudo eu não conseguiria não tê-lo por perto nenhum mísero segundo sequer.
O médico me liberou da observação pela manhã e receitou vitaminas e me entregou um encaminhamento para acompanhamento com psicólogo. Jeongguk me contou que fez terapia e isso o ajudou bastante e eu de fato fiquei surpreso mesmo sabendo que seus pais foram assassinados covardemente. Eu não sinto que preciso de terapia, acredito que quando tudo isso acabar eu terei a minha tão sonhada paz de espírito. E se, eventualmente eu sentir que é necessário irei acatar a terapia. 
Saímos do hospital e no caminho Jeongguk comprou todas as vitaminas que me foram prescritas e eu claro fiz uma manha imensa para não toma-los já que eu odeio remédios. Porém, foi totalmente falha e eu terei que tomar se quiser continuar vivo, perante as ameaças dele. 
Retornamos para o nosso dormitório e decidimos ficar no quarto dele, não vi a sombra de Jaguar por nenhum lugar que passamos e isso me incomodou bastante. Não consigo ficar aliviado, essa mudança comportamental dele é muito repentina e eu tenho medo do que ele possa fazer, principalmente com a minha mãe.
Adentramos o dormitório e eu tentei mais um pouco da minha manha que não convenceu em nada Jeongguk. Droga! Terei mesmo que tomar essas malditas vitaminas. Me dei por vencido e aceitei que elas eram importantes. Jeongguk avisou aos hyungs que ficaríamos no quarto o dia todo, nós dois queríamos aproveitar o tempo longe da melhor forma possível já que amanhã é sábado e eu irei para a casa dos meus avós visitar minha mãe. Suspirei audível me jogando na cama. 
- Vamos tomar um banho, vai. – Jeongguk sugeriu pegando duas mudas de roupas do closet após enfiar na minha cabeça que não importasse o tamanho da minha teimosia ele iria me fazer engolir os comprimidos. - Toma! – me entregou a toalha e se sentou para retirar seus sapatos.
- Você não vai tomar banho comigo? – perguntei tentando soar inocente. 
A verdade é que eu sentia falta de estar fisicamente com ele, eu desejo Jeongguk com uma força sobrenatural e não sabemos quando poderemos ter essa privacidade novamente.
- Cabe nós dois lá dentro? – perguntou e eu o olhei malicioso.
- Se nos encaixarmos, cabe. – pisquei e fui para o banheiro.
- Taehyung você não me provoca garoto! – brincou vindo atrás de mim.
                        (...)
Meu corpo nunca havia sido tão dependente de outro como é de Jeongguk. Dá primeira vez que transamos foi incrível porém eu não pude fazer muita coisa já que eu estava machucado. Mas hoje, Deus do céu, eu imaginei que poderia desmaiar tamanho o prazer que ele me proporcionou. Dei o melhor de mim para satisfaze-lo e creio que deu certo. Jeongguk é incrível em todos os aspectos e seus toques e beijos são a minha droga preferida. Eu sou completamente dependente dele e nós com certeza havíamos tido a melhor transa de nossas vidas.Jeongguk me tocou com respeito e carinho e me amou de uma forma deliciosa e eu quero provar desse amor até os últimos dias da minha vida.
No banheiro minúsculo após termos transado gostoso, tomamos um bom banho juntos sem malícia alguma, apenas com trocas gentis de carinho.
                                  (...)
Jeongguk pediu um delivery de comida já que estávamos cansados, nos afundamos na cama colados um no outro e eu passei a observar atentamente seu rosto.
Eu sou alheio a muitas coisas, realmente não sou detalhista mas ao passar a mão sobre a bochecha dele percebi que havia uma pequena cicatriz. No instante em que meus olhos a captaram a imagem do garoto da minha infância invadiu meus pensamentos e meu coração falhou uma batida. Será possível Jeongguk ser ele?
- O que foi amor? – perguntou percebendo minha expressão de confusão. – Você está bem? – sua mão pousou sobre a minha e meu corpo estremeceu.
- Como você fez isso? – perguntei referente a cicatriz tentando soar o mais natural possível. - Eu não tinha percebido-a ainda. 
- Quando eu era criança brincando com um amigo acabei. – caindo e cortando o rosto em um galho de árvore, pensei comigo mesmo. – Caindo e no chão tinha uma ponta de um galho de árvore que acabou me machucando. – engoli em seco e um nó na minha garganta se formou. Eu havia finalmente reencontrado o garoto pelo qual eu fui apaixonado na infância? Não é possível ser mais uma coincidência bizarra, não.  Analisei seus olhos e seu sorriso. Céus Taehyung, como você não percebeu? A questão agora seria se ele sabia quem de fato eu era.
Decidi continuar fazendo algumas perguntas para ter mais certeza disso tudo. – Qual o apelido mais engraçado que você já teve ou tem? – Jeongguk franziu o cenho como se estivesse se lembrando.
- Hmm. Eu não sei se tenho apelidos engraçados. Jimin me chama de mané e meus pais falavam que eu me assemelho a um coelho quando eu sorrio. Acho que tive apelidos fofos somente como. – coelhinho, balbuciei sem ele perceber. – Coelhinho.
É ele! Calma Taehyung, respira e não pira. Repeti esse mantra na minha cabeça. Eu não poderia pirar agora, ainda precisava de provas mais concretas. - Como vocês irão fazer amanhã? - tentei mudar de assunto. 
- Vamos nos disfarçar Tae, Minho conseguiu uniformes da companhia elétrica para nós. Iremos nos disfarçar e  fingir fazer uma manutenção na rede de energia assim ninguém vai desconfiar. Nós vamos conseguir te livrar disso, eu prometo. – assenti e foquei meu olhar em um ponto fixo. Jeongguk teve os pais mortos e foi roubado e tudo indica que a culpa é do meu pai. Agora faz sentido o porque minha mãe reage de forma estranha quando ouve o nome dele e o porque ninguém nunca me falou mais sobre ele e sua família depois que fomos afastados.
Jeongguk parecia alheio ao meu comportamento acariciando meu cabelo e não notou o meu pânico por ter ligado os pontos.
Me sinto perdido pois não sei se ele se recorda de mim, a única coisa que eu sei é que ele busca vingança e ter em mente de que ele possa saber quem eu sou de verdade e esteja me usando para se vingar me parte em vários pedaços.
A questão agora é: eu falo ou não sobre isso?
Totalmente perdido senti um beijo ser depositado em meu rosto e despertei do meu transe. – Você ficou quietinho. – Jeongguk se aconchegou ao meu lado. – Tem certeza que está tudo bem?
- Tenho. – sorri e coloquei seu braço em volta da minha cintura. – Espero que amanhã de tudo certo. – suspirei.
- Eu também.
- Ggukie me prometa uma coisa?
- Claro, o que você quiser. – elevou a cabeça e me fitou.
- Prometa que você nunca irá mentir ou me esconder algo?
- Por que isso agora? - franziu o cenho.
- Cansei de ter as pessoas ao meu redor mentindo pra mim. 
- Você não confia em mim? - perguntou sério. 
- Confio, claro, eu só quero ter certeza. Você me entende não é?
- Taehyung eu te amo e por você eu faço qualquer coisa. Se te deixa tranquilo, sim eu prometo. - selou meus lábios delicadamente logo após voltando a se deitar ao meu lado. 
Não demorou muito tempo para ele adormecer já que estava cansado e agora estou aqui com a cabeça fervilhando pensando em um milhão de coisas. 
- Por favor Jeongguk se você sabe quem eu sou não me use para se vingar, eu te amo demais para te perder. - sussurrei contornando com meu dedo indicador seu lábio inferior. 

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