Capítulo 49

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Nolan's POV

Enverguei, mas não me quebrei. É uma tarefa difícil derrubar Nolan Evans e não é um nerd quatro-olhos, o escroto do meu pai ou a polícia que vai me impedir de ter o que quero: A doce Ellen Lewis, dona dos meus desejos mais impuros. E pensar que quase realizei meu sonho de pegá-la de jeito... Foi por pouco!

Admito que, no início, não estava interessado em nada além de uma foda. No máximo, entrar para minha lista de beldades dispostas a um sexo casual, vez ou outra. Porém, algo naquela mulher me enfeitiçou. Talvez tenha sido suas negativas as minhas investidas. Porque claro que é um jogo, nenhuma outra nunca disse "não" para mim, pelo contrário, se jogavam em cima de mim como se eu fosse uma garrafa d'água no deserto do Saara. A garota não faz ideia de que isso só faz meu tesão por ela aumentar. Se aquele paspalho não aparecesse, eu a teria feito gozar até ela esquecê-lo. Como sei disso? Porque eu sou eu e coitado de quem compete comigo.

Por causa da intromissão daquele imbecil, fui enquadrado e aquilo me tirou do sério. Ter que suportar o olhar daqueles policiais como se eu fosse um qualquer. Pobres, insolentes, usando seus distintivos para se sentirem melhores ao importunarem pessoas superiores como eu. Por sorte, Jasmine Young, minha advogada estava disponível para assumir suas funções. E como faz parte da lista daquelas que se consideram sortudas por me terem de vez em quando, além do pagamento em dinheiro, posso dizer que recebeu uma bonificação de virar os olhos e sentir dificuldade de andar no dia seguinte. Como algumas medidas, recolheram meu passaporte. Pura burrice, porque eu não posso ir embora sem levar comigo a minha Ellenzinha. E é o que pretendo fazer, sumir com ela, sem deixar vestígios, o que conseguirei facilmente, porque posso não ter autorização para deixar o país, mas tenho algo que vale muito mais: Uma fortuna. Tudo bem que parte foi gasta na fiança, e alguns bens foram bloqueados, mas minha inteligência me garantiu uma reserva em uma conta secreta, a qual tenho livre acesso.

Todos e tudo têm seu preço. Prova disso é que estou recolhido estrategicamente nos últimos dias em um apartamento na mesma rua onde Ellen mora. Aluguei o imóvel com pagamento adiantado em espécie e o miserável locatário nem fez questão de conferir meus documentos. Nunca deve ter visto tanto dinheiro antes. Não é como se eu estivesse acostumado a esse tipo de espelunca, mas por ela, pelo meu objeto de cobiça, valia a pena. O apê era simples, com pouca mobília e uma estrutura duvidosa, mas a localização era maravilhosa, com vista para as janelas de Ellenzinha. As luzes ficaram apagadas durante a semana e aquilo estava me consumindo. Até que a noite de domingo chegou e, e eles também. Fiquei extremamente puto ao confirmar os dados que Brenda havia me fornecido das pastas do RH: Eles moravam juntos.

Os acompanho com meu olhar. Contei os minutos da entrada no prédio até a primeira luz ser acesa. Ela abre as finas cortinas da sala e as mais grossas, de onde percebo ser o seu quarto. Gostosa como sempre. Ela desfaz sua mala e cruza a casa, passando pela cozinha, onde Scott parece cozinhar algo e some do meu campo de visão. Instantes depois, ela retorna, com cabelos molhados e corpo envolvido em um roupão felpudo. Umedeço os lábios e sinto meu sangue queimar enquanto corre em minhas veias. Ela abre uma gaveta, mesmo não conseguindo ver o que ela pega por estar de costas, presumo ser uma lingerie. Ela abre o robe, sem tirá-lo e veste a calcinha.

- Isso, minha delícia, brinca comigo, me atiça. Sussurro para mim mesmo.

Ela abre outro compartimento do armário e parece vestir um short. Ela deixa o roupão cair e, ainda sem se virar, veste uma T-shirt, larga e curta. Espicho os olhos, como se assim pudesse melhorar o foco do que vejo, e percebo que ela separa algumas roupas sociais e as coloca sobre a cama. Observando-a vestida da forma que está, instintivamente me toco e comprovo que estou excitado. Só que neste momento, aquele babaca aparece e a abraça por trás, com aparência de ter acabado de tomar uma ducha, dizendo algo em seu ouvido. Ambos riem. Minha mão abandona o meu crescente volume e fecho o punho, tomado pela fúria de ver aquele palerma com as patas no que me pertence.

Hora de recomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora