Capítulo 6

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Ellen's Pov

Eu não responderia por mim se continuássemos a nos olhar, por isso praticamente o coloquei para fora do meu quarto. Está difícil resistir a Brian quando ele é tão fofo, educado e delicioso. E tenho certeza que não são apenas os meus olhos. Uma prova? A vaca da Rebecca do 3B dando em cima dele hoje pela manhã. Céus, que vontade eu senti de voar no pescoço dela e dizer claramente para ela pastar em outro campo. Sei que não tenho esse direito, porém, desejei fazer isso. Por via das dúvidas, arrastei logo ele para apartamento antes que ela voltasse e fosse mais incisiva.

Janet e George criaram um verdadeiro cavalheiro, ele ajudou na mudança de forma tão prestativa que nunca agradecerei o suficiente. Contudo, quando o vi sem camisa, confesso: pensei em formas nada ortodoxas de agradecimento. Quase gargalhei quando ele me perguntou se eu me incomodava em vê-lo daquela maneira. Ele é muito inocente ou é bem mais esperto que eu imagino. Senti meu rosto arder com o beijinho que ele estalou em minha bochecha. Ele está tão confortável comigo depois de tudo que passamos e fico muito bem por isso!

Procurei me ocupar enquanto ele estava no banheiro, pendurei algumas roupas no armário, coloquei livros nas prateleiras, decorei a cabeceira da cama. Ao arrumar a mesa de escritório, tive a ideia de prender minhas fotos no mural aramado. No meu antigo apê, elas ficavam presas em um painel metalizado, com imãs. Aproveitei uns prendedores já disponíveis no quadro e fixei as minhas fotos, a que estou com meus pais enquanto ainda era uma neném e a fotografia que minha mãe tirou de nós dois em uma festa de 4 de julho de 2000, também aniversário de Hazel. Eu carrego essa imagem comigo com carinho e recordações deste dia. Como Brian estava demorando ao banheiro, segui até a porta de onde ele estava com a intenção de perguntar se ele ainda demoraria, pois eu queria tomar banho. Já perto, ouvi algo que me deixou momentaneamente sem ação. Alguém gemia baixinho e esse alguém era Brian. Fiquei excitada ao ponto de apertar minhas coxas uma contra a outra e me dei conta de que ele poderia ficar com vergonha caso descobrisse que eu estava ali, então, voltei de pé em pé para o quarto, deixando de testemunhar o restante dos gemidos. Peguei meu celular com as mãos trêmulas e, pareando fone de ouvido e o telefone, coloquei uma música para que ele pensasse que sempre estive ali.

O almoço estava impecável. Fiquei admirada com o talento culinário dele e envergonhada por ser um zero à esquerda na cozinha. Ele disse que queria fazer algo especial para mim, que sou especial também. Ele vai acabar me acostumando mal, com a comida e com os elogios. Conversamos sobre nossas famílias enquanto me deliciava com os pratos preparados por ele. Depois de lavarmos e secarmos as louças, sentamos no sofá para comermos sorvete. Ao terminarmos nossa sobremesa, fiquei mais à vontade e coloquei os pés próximos ao seu colo. Comentei que estava cansada e ele se ofereceu para uma massagem. Quem é ele e o que fez com Brian? Aceitei a oferta e ele colocou meu pé direito em cima da almofada que cobria sua pélvis e suspendeu levemente o esquerdo e aplicou movimentos circulares, colocando pressão em vários pontos. Meu corpo começou a reagir aos seus toques, mordia meus lábios e, toda vez que jogava minha cabeça para trás, fechava os olhos e lembrava como ele estava gostoso naquela bermuda de moletom. E então, eu quem gemi. Trocamos olhares, levantei tão rápido quanto pude e corri para o banheiro. Lavei meu rosto, que parecia estar pegando foto. E não era a única parte de mim que pegava fogo. Tentei me acalmar antes de retornar para a sala e quando atingi meu objetivo, o convidei para ver como meu quarto estava ficando. Ele prontamente me seguiu e, enquanto olhava o ambiente, notou nossa foto. Ele demonstrou gostar do fato de eu ter uma fotografia tão antiga de nós dois e o abracei por trás, cruzando minhas mãos na altura do seu estômago. Ele se virou para mim e ergueu sua sobrancelha, dizendo com uma voz rouca que queria uma cópia. Eu engoli seco. O que eu fiz a seguir me faz merecer uma medalha de honra ao mérito: praticamente o expulsei dali. Deitei na cama e tive uma visão de Brian me pegando de jeito, me colocando onde estou e me comendo como se não houvesse amanhã. Lembro o peito descamisado dele e o V que se forma abaixo da cintura, a caminho de sua virilha, que a calça jeans foi incapaz de esconder... Recordo a bundinha redondinha dele, de costas, naquela bermuda de moletom enquanto cozinhava... Os dedos apertando meus pés com precisão... O olhar e a sobrancelha erguida... Não me contive, desabotoei meu short e desci minha mão por dentro da minha calcinha. Eu estava encharcada. Apesar de já ter me tocado antes, não costumo fazer isso com frequência, mas senti essa necessidade. Lá estava eu, sozinha, pensando nele, me contorcendo e abafando meus suspiros com o travesseiro. Cheguei ao orgasmo e cai no sono.

Hora de recomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora