36. The New Era.

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Narrador On

Dumbledore havia sido enterrado há dois dias atrás e nada entrava na cabeça de Anna. As aulas continuavam mas todos pareciam mortos, sem ânimo, nem ao menos Draco continuava com suas piadinhas sem graça.

Os professores pareciam devastados, menos é claro, o professor Snape, ele não demonstrava um pingo de dor ou mudança, apenas continuava como sempre foi. Já professora Minerva estava cada vez pior, como se nada tivesse cura depois daquilo... E afinal, teria cura?

A morte é algo que tememos a vida toda, mas será que ela é tão monstruosa assim ou nós a tornamos um monstro?

A morte é um processo natural da vida, chega ser confuso não? A vida e a morte serem tão próximas mas tão diferentes.

Draco parecia um zumbi, seus olhos estavam cercados de olheiras escuras, como se o sono e noites bem dormidas fossem apenas miragens para o garoto. Qualquer palavra dirigida a ele, era ignorada, falar parecia um peso para ele. Fazia tempo que não o via sorrir, era como se ele tivesse visto um fantasma horrível.

Isabella estava sempre seguindo a rotina, ficava cada vez mais próxima de Anna do que nunca, mas não tinham o que falar, nem sei se gostariam de conversar, estavam tão assustadas... E isso não iria passar facilmente. A garota de cabelos azuis demonstrava estar tão cansada de fingir estar bem e isso pesava os ombros da melhor amiga, a qual se sentia uma inútil, não podia ajudar nem a melhor amiga, quem diria ajudar os outros...

Os pais de Anna mandaram uma carta lamentando a morte de Dumbledore, e seu pai contara que sua mãe estava inconsolável com a morte do diretor... O qual eram amigos próximos e defendiam a mesma causa.

E é claro a notícia que ninguém queria, o ministério caiu.

O antigo ministro da magia havia sido assassinado e então um novo ministro assumia, segundo meus pais, totalmente um fantoche de Voldemort.

Anna On

Era de manhã cedo, hora do café e aquele salão permanecia em silêncio por mais uma semana seguida. Só se ouvia o mastigar baixo das mesas das casas. Todos nem faziam questão de conversar.

Eu observava a mesa da Grifinória com o olhar vazio, Isa observava a comida sem muito apetite e Hermione estava debruçada num livro, aparentemente exausta já cedo.

Desde o enterro de Dumbledore, eu não via Harry olhar nos olhos de ninguém, o garoto parecia transbordar raiva e mágoa... Eu não tinha direito de o julgar e tentava ser o máximo empática.

Rony parecia alheio, era o seu modo de lidar com as coisas, não era indiferença, ele só parecia perdido em meio a um turbilhão de problemas e desastres. As vezes eu achava que eu me descrevia ao ver Rony olhando o nada, pensativo.

Olhei para o lado, Mary comia em silêncio, Draco deu uma garfada num morango cortado em cubos e levou a boca, pareceu sentir meu olhar e olhou em minha direção, logo abaixando a cabeça. Parecia desmontar em culpa.

Suspirei exausta daquilo, tinha vontade de ir embora e abandonar tudo. Pareço uma garota mimada, não? Tenho tudo que podia querer, meus pais ganham um bom dinheiro e tem bons cargos, estudo em uma das melhores escolas de magia e bruxaria da Europa, tenho amigos que se importam comigo mas não, minha cabeça está prestes a explodir.

Aparentemente do nada, as portas do salão se romperam, fazendo todos darem um pulinho em seus assentos. Homens e mulheres entraram com capas pretas e varinhas em punho ficando na frente do salão.

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