Soraia
Estava na sala terminando de ler o meu livro, Sophie dormiu feito uma pedra depois de tomar um banho, e como parecia querer esfriar eu tomei o meu banho e coloquei uma blusa quentinha de moletom, Vincent estava tomando um banho também e Morgana deixou um café pronto e falou que iria assistir sua novela, eu nem sabia que ela gostava disso.
- Você disse que iria me recompensar – Vincent desse as escadas e vem rápido até mim, como sempre usando apenas uma calça de moletom e segurando uma sacolinha, puxa o meu livro e mesmo que eu queira protestar estava ansiosa para ficar com ele, meu livro acaba indo para a mesinha de centro da sala junto com o embrulho que segurava. Vincent se inclina e já inicia um beijo, me puxa pela cintura e se senta no sofá comigo no colo, minhas pernas de joelhos no sofá, ao redor das pernas dele, coloco minhas mãos em sua nuca e logo as dele estão em minha cintura, lugar onde ele parece gostar muito. – Estou com saudades de ver você tocar – Ele diz depois que eu afasto do beijo para respirar, seu nariz raspando no meu e sua boca raspando na minha.
- Eu também queria muito, mas eu também queria ficar com Sophie e no final acabamos indo para a piscina – Arrumo meus cabelos atrás da orelha, e sorrio.
- Você queria fazer muitas coisas ao mesmo tempo – Ele ri conforme entende o meu dilema – Mas ficar comigo que é bom você não queria. – Suas mãos apertam minha cintura com força.
- Eu durmo com você todos os dias – Eu digo o óbvio.
- Não é a mesma coisa, você sabe que eu quero mais.... – Suspiro – Por falar nisso, há uma semana nós conversamos sobre tentativas – a mão dele se coloca em minha bunda e aperta – Conversamos sobre ir devagar, sobre nós. – Os olhos dele invadem os meus de uma maneira intensa, da forma que ele está acostumado – E hoje eu quero conversar sobre rótulos, porque se não faz falta para você, faz para mim – Ele se aproxima e deixa um selinho em meus lábios, se inclina mais e pega a sacolinha que agora consigo identificar ser de uma joalheria – Não estou acostumado a fazer isso, na verdade você é a primeira que eu sinto a necessidade de fazer isso. Peguei um de seus anéis, das poucas joias que você trouxe, e usei ele como base, se não servir nós podemos trocar antes de viajar – Ele abre a sacola, e puxa uma caixinha vermelha de lá de dentro, meu coração batia mais rápido do que uma batida de funk carioca – Quando discutimos sobre o quão importante você é para mim eu te mostrei o quanto sinto, as vezes acabo sentindo ciúmes da minha filha que consegue a sua atenção mais do que eu, e mesmo com tão pouco tempo parece uma eternidade que estou com você.
- Bom, a gente se vê o dia inteiro, tanto no escritório, quanto aqui na sua casa – Digo olhando para ele, que ri de lado – É uma eternidade, 24hrs por dia, 7 dias por semana, 169hrs por semana – Ele ri mais ainda – Para de sorrir assim.
- Me deixa terminar – Ele respira fundo – Você é a primeira em muitas coisas e bom, você quer ser a minha primeira namorada? – Ele abre a caixinha e mostra um lindo par de alianças de ouro branco, elas eram finas, uma simples e fosca, era mais grossa do que a outra e provavelmente era a de Vincent, a outra era pequena, só de olhar eu saberia que era minha, era toda em pedras, e bem fininha, porém linda. – Aceita? – Desvio meus olhos para os olhos dele, meu coração palpitava, meus olhos marejavam, eu sentia meu rosto esquentar, minhas mãos tremer... Ele é um filho da mão por conseguir me controlar assim.
- Você também é o primeiro em muitas coisas – Eu toco na aliança – Tipo.... Meu primeiro namorado – Olho para ele e avalio sua surpresa, que logo se tornou em um sorriso curto e fofo – Tipo.... Meu primeiro beijo – Meu constrangimento fala mais alto e acabo olhando para baixo.
- Isso é um sim? – Vincent pergunta me fazendo encara-lo, e então eu apenas afirmo com a cabeça – Eu gosto de palavras, e as amo quando são ditas por você, então diga – Ele faz eu encará-lo.
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Entre Tiros E Harmonia
RomanceSe apaixonou pela melodia que ouviu, foi assim com Vincent e Soraia, a brasileira de cheiro doce que tocava uma melodia desconhecida no salão de um restaurante enquanto o mesmo almoçava. Os dedos da jovem dedilhavam algo íntimo, que havia composto a...