Capítulo 31

361 40 2
                                    

Soraia

Quente, era assim que eu me sentia naquele momento. Passei o domingo inteiro provocando Vincent e ele sem reagir a nenhuma investida minha, sabia que era medo por conta do que havia acontecido um dia antes, mas em algum momento do dia a minha vontade de transar passara de muita para extrema e cá estava eu, terminando de passar um creme no meu corpo e vestindo uma lingerie para o meu namorado. Nunca havia feito aquilo, aliás nunca havia feito muita coisa, mas era legal pensar que me sentia à vontade a ponto de as fazer. Meu cabelo estava seco e armado de um jeito diferente e eu não acho que preciso passar maquiagem, a lingerie era composta por renda branca, eu sabia que era a cor que ele mais gostava em mim e eu acabei adorando também, sofri um pouco para encontrar o sutiã cropped que queria, e a calcinha era da mesma renda e de estilo cavado, não cobria a minha bunda, como eu costumava cobrir, mas também não entrava onde não era para entrar. Coloco uma camisola branca por cima, até porque não sei realmente como agir, e penduro minha toalha.

Ao sair do banheiro eu consigo perceber seu olhar sobre mim, apesar de isso ser comum, hoje parece ser bem mais focado. Ele estava na cama, sem camisa e com uma calça de moletom, estava lendo algum contrato e me esperando como sempre. Deixei minha bolsa de cosméticos dentro do closet e fechei a porta, fui até o interruptor e apaguei a luz do cômodo deixando apenas o abajur, aproveitei para trancar a porta e fui até a cama, havia pensado em várias maneiras de abordá-lo, pensei em ser bruta e me jogar em cima dele assim como eu via em alguns filmes, pensei em me deitar na cama e fazer poses até ele cair na real, mas nós nunca fomos um casal de meias palavras, se Vincent queria me tocar de uma maneira mais intima ele simplesmente fazia e foi com aquele pensamento que eu fui para o meu lado da cama e com movimentos leves tirei o contrato da mão dele e o coloquei em cima do criado, subi em seu colo com uma perna de cada lado e me atrevi a olhar em seus olhos. Aqueles que esbanjavam surpresa, mas acompanhavam um sorrisinho de divertimento e luxuria, suas mãos subiram pelas minhas pernas enquanto as minhas repousadas ficaram em seus ombros, ele parou seus movimentos na barra da minha camisola e arqueou uma sobrancelha, parecia querer dizer algo.

- Se você quer tanto... – Ele aproxima seus lábios dos meus, mas sem desconectar nossos olhos – Você começa. – Raspo nossos lábios um no outro, da maneira que eu gostava de me sentir, torturada.

E sem selar nossos lábios eu parto para beijar o seu pescoço, havia aprendido alguns pontos bons para provocar Vincent e aquele poderia ser um bom momento, deixo um beijo em sua clavícula e sigo minhas caricias para o seu tronco, minhas unhas recém feitas passeavam por sua barriga definida, sentia seus pelos eriçarem, e logo suas mãos em minha cintura começam a manipular meus movimentos em cima de seu membro.

- Você disse que eu deveria começar – Sussurro em seu ouvido e logo ele nos vira na cama me fazendo rir de seu descontrole, ele me prensa no colchão e desce seus lábios para me beijar.

É como uma invasão, sua língua penetra na minha boca de maneira abrupta e se movimenta de um jeito sensual, agradável, mas nem um pouco suave, parecia me marcar, me provar e continuar provando, era sempre assim, me tirava o folego em alguns segundos e não me deixava recuperar... Ele começa a beijar meu pescoço e deixa um chupão ali, seguida de uma lambida e outro chupão.

- Qualquer dia você tenta começar novamente – Ele começa a descer suas mãos para o meu tronco, e ao chegar na barra da camisola que já se amarrotava em minha barriga ele começa a subir suas mãos traçando toda a lateral do meu corpo até a minha camisola estar em algum lugar no chão do quarto, eu me encontrava deitada com ele no meio das minhas pernas e ele parecia gostar da visão que tinha – Você se arrumou... – É tudo que ele fala, parecia surpreso e feliz e aquilo aqueceu muito meu coração. – É linda, nunca deve tirá-la – Ele ri um pouco e logo suas mãos passam por baixo da barra fina do sutiã – Eu vou te comer primeiro com ela – Ele aperta o bico do meu seio esquerdo e encosta sua testa na minha, seus olhos sérios encaravam os meus – e se ela aguentar até lá, depois eu te como sem ela – Seus lábios raspando nos meus e suas ancas se esfregavam em minha intimidade – Mas se ela não aguentar, não se preocupe – Ele começa a subir sua outra mão até a raiz do meu cabelo, para mostrar posse ele agarra e puxa um pouco – Eu aguento.

Entre Tiros E HarmoniaOnde histórias criam vida. Descubra agora