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1 mês depois;

Jack Dylan Grazer

  Ouvi o som da campainha e fui abrir. Era Sadie e Millie. Sadie carregava três caixas de pizza e Millie tinha duas sacolas com sorvete, doce e refrigerante.

— Terceira edição da noite das besteiras enquanto ainda não morremos de ataque do coração por tanta gordura. — disse Sadie e deixou as pizzas na mesinha de centro. Millie foi para a cozinha e guardou os dois potes de sorvete no freezer e os refrigerantes na geladeira.

— Cadê os outros dois?

— Finn tá tomando banho e Caleb desceu para comprar alguma coisa.

  Praticamente toda semana as meninas vinham para o apartamento e traziam um monte de comida. E eu quase não saio mais daqui.

  O apartamento não era tão grande, mas a intenção nunca foi ser grande. Tinha dois quartos, apenas para Finn e Caleb, um banheiro (o que eu acho que causa briga entre eles dois) e a cozinha que é separada da sala apenas por um balcão.

  No próximo ano, Finn decidiu que vai entrar para faculdade daqui da cidade mesmo. Provavelmente vai cursar algo relacionado a música.

— Cheguei! — disse Caleb.

  Ele se juntou a nós no sofá e ficamos pensando se esperávamos Finn para começar a comer a pizza...

— Vamos esperar só mais um pouquinho... — disse Sadie. — ta, já esperamos. — pegou o primeiro pedaço.

  Millie começou a escolher o filme que iríamos ver hoje. Me levantei e fui pegar os copos e uma garrafa de refrigerante.

— Obrigado por não acabarem com a pizza antes de eu chegar. — disse Finn e veio para a cozinha me ajudar.

— Ninguém mandou tomar esses banhos demorados de rainha. — disse Sadie com um pedaço de pizza na boca.

— Não fala de boca cheia, Sadie! — Millie a repreendeu, rindo.

  Finn me abraçou e me beijou antes de pegar os copos e levar para a sala. Sorri e peguei a garrafa, deixando na mesinha de centro ao lado das caixas de pizza.

  Eu e Finn nos sentamos no chão, já que os três ocupam o sofá inteiro quando ficam largados desse jeito.

— Calma aí — Sadie impediu Millie de dar play no filme e se levantou, indo apagar as luzes. — pra ver um filme de terror, não pode ter luz acessa, né. — se sentou novamente.

  Deitei minha cabeça no ombro de Finn e ele passou seu braço em volta de minha cintura, me puxando para mais perto dele. Deixei um beijo em sua bochecha.

— Ô casal — Millie jogou uma jujuba na gente. — tô aqui pra ver filme de terror, não clichê da netflix. — comecei a rir.

[...]

— Que filme merdinha, hein — disse Finn, se levantando após os créditos acabarem de passar. — deu nem medo.

— Vou fingir que você não fechou os olhos em várias partes do filme. — falei.

— Acho melhor você dormir com ele, Jack, vai que ele tem pesadelo. — zombou Caleb e Finn fingiu uma risada.

— Tá ficando tarde. Até amanhã, galera. — Millie e Sadie Se despediram da gente antes de saírem. Normalmente elas dormem aqui, mas amanhã Millie tem compromisso cedo e Sadie... eu sei lá o que ela tem que fazer.

  Caleb deu boa noite para gente e foi para seu quarto e nós fomos para o quarto de Finn.

— Jack — Finn me chamou quando eu já estava quase dormindo — eu tô sem sono.

— Problema é seu. — respondi baixo.

— Nossa que delicado. — respirei fundo e me virei. — Me conta uma história pra dormir? — sorriu e eu ri.

— Vai a merda. — me virei de novo e fechei os olhos, tentando fazer o sono voltar.

— Por favor, Jack... — senti ele me abraçando por trás.

  Suspirei e comecei a pensar em alguma história. Eu não acredito que realmente vou fazer isso. Finn parece uma criança que cresceu demais.

— Era uma vez um casal de namorados — comecei a contar. —, um deles queria dormir e o outro era um cara muito chato que ficava perturbando a noite toda. Um dia o que queria dormir se cansou e mandou o outro ir se foder e fim. Boa noite.

  Finn começou a rir.

— É que eu fiquei com medo do filme... — confessou e eu ri. — mas acho que não quero dormir só pra passar mais tempo com você.

— Muito fofo, agora me deixa dormir.

— Ignorante... — resmungou. Ri baixo e me virei, o beijando.

— Eu te amo mais que tudo no mundo, Finn... — disse baixo. — menos nas horas em que você é insuportável.

— E eu te amo a qualquer hora.

  Me aproximei mais dele e deitei em seu peito, ouvindo seu coração bater um pouco rápido demais. Sorri sentindo ele acariciando meu cabelo.

  Acho que naquela noite eu sonhei, mas não lembro exatamente com o quê. Mas acordei mais feliz do que quando fui dormir, então posso dizer que com certeza sonhei com ele.

house. fackOnde histórias criam vida. Descubra agora