totalmente seu

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Jack Dylan Grazer

— Pronto, vamos. — As meninas apareceram na sala, as duas muito arrumadas.

— Caralho, calma ai que eu vou lá colocar meu vestido e meu salto porque eu tô me sentindo um mendigo perto de vocês. — Finn se levantou.

— Isso é uma ofensa aos mendigos. — Sadie falou e Caleb riu. Finn fez uma careta e mandou o dedo do meio para eles.

— Só vamos logo. — Millie parou de rir e saiu do quarto.

  Quando Caleb fechou a porta e guardou o cartão no bolso, vi Finn olhar para ele e sorrir e Caleb devolveu o sorriso. Os dois ficaram lado a lado e saíram correndo até o elevador.

  Eu e as meninas fomos andando devagar e quando chegamos vimos Finn pulando e rindo da cara de Caleb.

— Nem pra apertar o botão vocês servem. — Sadie falou e apertou o botão para chamar o elevador.

— Mas nós vamos pra onde? — Millie perguntou assim que entramos no elevador.

— Mínima ideia. — Caleb respondeu e apertou o botão para o térreo.

— Sensacional... — Millie respondeu sarcasticamente.

[...]

  Estávamos na fila para um bar que parecia ser muito bonito. Pelo lado de fora dava para ver uma parede de vidro com "cortina" de água e uns leds em volta.

  A fachada tinha o letreiro do bar enfeitado com luzes roxas. Por dentro parecia ter mais luzes roxas em lugares específicos, tipo nos balcões e nas mesas.

— E vocês sabem se nós podemos entrar? — Sadie perguntou, se referindo a mim, Millie e ela. Tudo bem que Millie já vai fazer dezoito, mas ainda não tem.

— Nós somos pais de vocês, tá ok? — Finn falou confiante.

— Você curte um incesto né, cara. — Caleb comentou.

— Em minha defesa, eu e Jack não somos do mesmo sangue.

— Ainda bem, imagina poluir minha família com você. — Falei e ele me olhou indignado.

— Mas e a nossa futura família, Jack?

— Sonha.

  Millie começou a rir da cara que Finn fez e nossa vez de entrar chegou.

  Bom, pelo menos não tivemos problemas porque já tínhamos dezesseis e, por pura sorte, naquele bar essa era a idade mínima para entrar.

— Balcão ou mesa? — Caleb perguntou.

— Acho que para nós é melhor mesa. — Millie respondeu e fomos para uma mesa perto de onde as pessoas estavam dançando. Pelo visto aqui não é só um bar, também é uma quase discoteca.

  A mesa era daquelas redondas que o sofá rodeava a mesa. Era um sofá com estofado de couro roxo escuro e a mesa preta.

  Eu fiquei no pior lugar, não tinha como sair por nenhum dos lados, já que na minha direita estava Finn e na direita era Sadie. Millie e Caleb estavam nas pontas.

— Bora pedir aqueles baldes de ice. — Sadie apontou para uma das mesas que tinha um balde cheio de gelo e várias garrafas de ice.

— Já vou avisando que eu não vou carregar ninguém. — Millie levantou os braços.

— Eu acredito que quem vai sair carregada daqui é você. — Falei e Caleb concordou comigo.

— Calúnia...

  Um garçom veio até nós e Sadie pediu o que queria.

— Eu não vou beber hoje — Finn falou e Caleb riu dele. — é sério.

— Jack — Caleb apontou para mim. — você é um mágico. Não é qualquer um que faz o Finn parar de beber.

— Eu não fiz nada, a escolha é dele.

— Qual foi, gente? — Millie passou o olhar por nós. — O Finn claramente quer se manter sóbrio pra manter na lembrança o que ele vai fazer mais tarde. — Esse pessoal só pensa merda.

— Ele vai lembrar da ótima noite de sono que vai ter. — Falei, interrompendo Sadie que ia falar alguma merda, até porque ela só sabe falar isso.

  Sadie pegou uma das garrafas e abriu, dando um gole. Millie fez o mesmo. Caleb pensou um pouco, mas bebeu também.

  Sadie me ofereceu mas eu fiquei meio sei lá no início, mas por que não? Não tem nada para dar errado. Eu espero que não.

  Depois de um tempo de conversa, mais bebidas e batatas fritas que Millie pediu, Sadie deu a incrível ideia de irmos dançar. Eu não quis, mas ela, Millie e Finn foram e Caleb ficou na mesa comigo.

  Nós dois ficamos olhando os doentes dançando. As duas estavam quase caindo e Finn ria da maneira estranha em que elas se mexiam, porque aquilo ali não é dançar.

— Parabéns. — Caleb falou do nada, ainda mantendo o olhar sobre os três.

— Pelo que? — Perguntei e direcionei meu olhar confuso para ele.

— Finn. — Respondeu mas ainda não entendi o sentido da coisa. — Tudo bem que vocês nem se conhecem direito, mas ele gosta de você, Jack, e você pode até não corresponder na mesma intensidade, mas só de você estar presente na vida dele, já faz esse garoto feliz pra caralho. — Sorri ao ouvir isso.

— Sei lá... — Comecei a dobrar o guardanapo que estava na mesa. — eu não sei dizer o que sinto por ele e muito menos definir a nossa relação.

— Ah, você também gosta pra caralho dele.

— As vezes eu ainda penso que é errado e que a qualquer momento vai dar uma merda gigantesca e eu sei que ele pensa nisso também, mas parece não se afetar que nem eu.

— Acredite, ele se sente mal pra caralho com isso — Deu um gole no drink que pediu. — mas prefere não pensar nisso pra não "estragar" o momento. — Fez aspas com os dedos.

— Eu também... — Suspirei.

— Eu não acho que vocês deveriam se importar tanto. — Me olhou. — Tipo, vocês se sentem bem perto um do outro e mesmo que vocês não sejam próximos há muito tempo, Finn sempre te achou atraente.

— Sério?

— Sério. — Sorriu. — Ele é totalmente seu, Grazer.

house. fackOnde histórias criam vida. Descubra agora