siririca's time

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Jack Dylan Grazer

— Bora invocar um demônio? — Millie perguntou do nada.

  Já são altas horas da madrugada e estamos acordados esperando dar umas cinco da manhã para sairmos de casa. Bom, era para estarmos todos acordados se Caleb não estivesse dormindo.

  Tudo bem que nós deixamos Caleb dormir porque é ele quem vai dirigir.

— Nada de satanismo no meu quarto. — Cortei essa ideia dela.

— Nossa que sede — Sadie falou. — Finn, pega água pra mim. — Mandou.

— Ah, pronto — Finn fingiu uma risada. — Se manca, garota. Pego água nem pra mim e vou lá pra pegar pra você? Não fode...

— Mas que grosseria — Sadie falou, se levantando e indo até a porta. — alguém quer alguma coisa?

— Pega a garrafa de refrigerante, por favor. — Pedi e a vi saindo do quarto.

— Vamos assustar ela? — Millie deu a ideia.

  Meu Deus o que deu nessa menina hoje? Ok, não é uma má ideia assustar a Sadie mas vai que ela deixa meu refrigerante cair... isso não parece uma coisa boa.

— Vamos. — Finn concordou, animado.

— Sei não... — Cruzei os braços, alternando o olhar entre os dois.

— Qual é, Jack... é só um sustinho. — Millie insistiu.

— Eu que não vou me meter nessa história.

— Então ta. — Deram de ombros. — Vem, Finn. — Puxou o garoto pela mão e saíram do meu quarto.

  Era só eu e Caleb no quarto agora... acho que só eu porque o outro apagou de vez. As vezes ele falava – murmurava – alguma coisa mas devia estar sonhando.

  Fiquei uns dez minutos sentado ali no chão olhando para o corredor escuro até ver um vulto passando. Eu não sinto medo dessas coisas porque é ridículo mas confesso que agora eu gelei.

  Levantei e fui andando lentamente até a porta. Eu sei que essa é a pior coisa que se pode fazer em um filme de terror, mas isso aqui não é um filme de terror.

  Fiquei parado na porta, com os olhos arregalados e olhando para todo canto no corredor, até ouvir a porta do quarto de Finn abrir devagar. Eu preciso avisar a ele que a porta tá rangendo.

  A porta foi abrindo devagar e depois se abriu completamente, batendo na parede. Hm, eu odeio dizer que tô ficando com medo mas eu tô.

  Ouvi risadas de Millie e Sadie vindo lá de baixo, então... se eles estão lá...

   Sai correndo na direção da escada na intenção de me juntar a elas mas alguém me segurou pela cintura e me levantou um pouco do chão. Me segurei para não gritar e fechei os olhos.

— Deus, se você ta aí, desculpa por não querer ir na igreja e por todas as vezes que eu esqueci de rezar antes de dormir... — Comecei a falar mas parei ao ouvir a risada de Finn atrás de mim.

  Ele me deixou no chão e se apoiou na parede com a mão na barriga, rindo de mim.

— Que ódio de você, Wolfhard. — Voltei para o meu quarto e me sentei no chão novamente, esperando Sadie com meu refrigerante.

  Finn veio rindo e se sentou ao meu lado, tentando controlar a risada.

— Jack- — Olhou para mim e começou a rir de novo.

— Aprende a ser gente, garoto. — Falei sério mas comecei a rir também.

— Você rindo parece uma criancinha e eu sou totalmente rendido por você. — Finn falou quando parou de rir, me deixando com vergonha.

  Segurei sua mão e fiquei olhando para nossas mãos juntas. Levantei o olhar e ficamos nos encarando e vi um sorriso surgir em seu rosto.

— Jack Grazer é minha nova definição de perfeição. — Falou baixo.

— E você até que consegue ser romântico as vezes.

— Só as vezes, Jack?

— Bem raramente.

— Eu não acredito que acabei de ouvir isso... — Fingiu estar desapontado. — vou ficar triste pro resto da minha vida agora e naaaada vai me deixar feliz de novo.

— Nada?

— Nadinha.

— Então... — Olhei para Caleb dormindo na minha cama, ele estava virado para o outro lado e roncando baixo. — nem isso?

  Deus me perdoe, eu juro que sou um bom menino apesar de querer muito dar o cu.

  Me sentei no colo dele, deixando minhas pernas uma de cada lado do seu corpo. Vi Finn arregalar os olhos e abrir a boca para falar alguma coisa, mas segurei seu rosto e o beijei.

  Senti suas mãos, que estavam em minhas coxas, começarem a subir e pararem em minha bunda. Ok, não vou reclamar porque eu que comecei.

— Posso chamar isso de siririca's time? — Ouvi Sadie perguntar e parei de beijar Finn, escondendo meu rosto na curvatura de seu pescoço por conta da vergonha.

  Senti as mãos deles indo para minha cintura e ouvi ele rindo baixo perto do meu ouvido.

— Do lado do Caleb dormindo, gente? Sério? E o respeito? — Millie perguntou.

— E vocês vão me dizer que não se beijaram lá na cozinha? — Finn alfinetou.

— Claro que não. — Sadie mentiu.

  Eu ameacei levantar do colo dele mas Finn me segurou.

— Ainda não. — Sussurrou no meu ouvido.

— E eu vou ter que ficar aqui até quando? — Olhei em seus olhos.

— Até... isso passar. — Sorriu sem jeito.

— Ah, para. — Me levantei e peguei uma almofada. — Toma.

  Sadie me entregou a garrafa de refrigerante que eu pedi e eu roubei umas pipocas que ela tinha feito. Eu levei um tapa, mas valeu a pena.

— Acham que já está na hora de acordar o Caleb? — Millie perguntou depois de um tempo.

— Sadie sabe muito bem como acordar alguém... — Finn falou, sarcasticamente.

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puts eu tenho muita vergonha de escrever qualquer coisa desse tipo gentekk

house. fackOnde histórias criam vida. Descubra agora