10 - Ciúmes?

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A semana passa com toda a calma, a casa está quase vazia e o trabalho termina cedo. Maya não apareceu um único dia e Brandon só vinha dormir, eu disse a Rosa que podia ficar com o namorado em casa, fiz o meu trabalho e o dela, devo-lhe isso porque também esteve sozinha na minha semana de treinos, nada mais justo. Pelo menos podia usufruir da academia já que a equipa de seguranças foi com os patrões para a tal herdade e Taylor também. Sexta-feira, seis da tarde e Brandon entra em casa, eu e Betty lanchamos juntas na cozinha e conversarmos...

- Olá senhoras!

- Boa tarde menino, quer que lhe prepare algo?

- Não, vou subir tomar um duche e levar Sasha a jantar, ah e não espere por nós vou levá-la para dançar.

- Eu recuso o convite Sr Powell.

- Precisamos falar sobre a busca da tua identidade.

- Há novidades?

- Falaremos ao jantar!

Tomo um duche e aliso o cabelo, fiz uma maquilhagem em tons negros nos olhos e Betty escolheu um vestido tão justo e curto que era até pecado usá-lo segundo as suas palavras, mas por outro lado é o ideal para ir dançar segundo ela também, coloco uns saltos e olho no espelho, será demasiado? Eu adoro!

Sou a primeira a ficar pronta e vou até a sala, vejo-o descer as escadas, porra o homem só pode estar a brincar, ele tem uma camisola colada ao corpo meio transparente, dá para ver tudo. Sinto um calor subir, vou anular a saída ou a noite vai terminar mal, ainda por cima o seu cabelo está ainda húmido, céus. Ele olha para mim de cima a baixo e fica sério, caramba ele não gostou do vestido, pegou as chaves e a carteira e gritou boa noite a Betty, no carro o ar condicionado estava programado para o frio, obrigado por isso Sr Powell. O jantar foi num barzinho pitoresco, pequeno e agradável, fiquei triste quando ele me disse que a pesquisa não deu em nada e agora seria feita uma busca numa base de dados internacional, as minhas esperanças são quase nulas. O humor de Brandon também não estava nada bom mas mesmo assim eu queria ir dançar, queria conhecer o ambiente de uma discoteca. Quando saímos do restaurante e entramos no carro...

- Vamos para casa não estou com humor para sair.

- Não há problema eu posso ir sozinha, sei tomar conta de mim como já sabes.

- Não!

- Sei defender-me Brandon.

- Tudo bem eu vou mas por pouco tempo.

Ele não brincou quando disse que não iríamos demorar, bebemos um copo, não dançamos e saímos num espaço em menos de duas horas. Bom pelo menos eu conheci algo novo e gostei, era contagiante a batida da música e as pessoas a movimentar o corpo, a parte negativa era ver as mulheres devorarem Brandon com os olhos, porra eu sentia raiva disso, sentia ciúmes eu sei que é errado sentir isso por ele mas não consigo controlar. O humor de Brandon esfriou ainda mais e no carro eu estava a ficar frustrada com tanto silêncio, sabia que ele tinha algo a dizer...

- Brandon posso ajudar com o teu problema? - Ele demora algum tempo a responder, antes de estacionar o carro em casa.

- E quem disse que tenho um problema?

- O teu mau humor! - Ele desliga o carro e ambos saimos, continuo à espera de resposta mas ele não me olha.

- Podes ser muito dotada para certas coisas mas para outras...

Ele entra em casa e eu continuo parada no exterior, acho que ele acabou de me chamar ignorante. Eu não vou aceitar isso nem dele nem de ninguém, entro em casa furiosa, subo as escadas e entro no seu quarto sem pedir licença nem bater na porta, ele já estava nu da cintura para cima, fiquei parada e não conseguia tirar os olhos do seu corpo...

- Acabaste de me insultar e esperas que eu aceite sem responder? - Fecho os olhos e peço a Deus que me ajude a concentrar em qualquer coisa menos nele.

- Acabaste de invadir o meu quarto, sai por favor.

Volto-lhe costas, fecho a porta do seu quarto e depois de a trancar guardo as chaves na mão...

- Explica-me ou eu saio daqui!

- Olha para ti, qual é a ideia de te vestires assim?

- Podia perguntar o mesmo, a tua camisola era tão transparente que era melhor estares sem nada mas, eu não tenho nada a ver com isso.

Ele continua a tirar a roupa, abro a boca chocada com a sua falta de respeito, viro costas e coloco a chave na fechadura, a sua mão pousa na minha e roiba a chave, afasta o meu cabelo e beija o meu pescoço, abro as mãos contra a porta e tento controlar a respiração tal como tento manter as minhas pernas direitas, parece que vou perder as forças a qualquer momento, ele passa as mãos na lateral do meu corpo eu eu ofego, não sei controlar o meu corpo, preciso friccionar as pernas, é algo involuntário, estou tão perdida que só agora sinto que ele desceu um pouco e começou a levantar o vestido, estou tão entregue ao momento que nem vejo como ele tem o poder de me controlar. Ele viram-me mas eu evito olha-lo, pela primeira vez esta onda de sentimentos trás-me medo, não gosto disso! Continuo a sentir os seus lábios e o meu vestido aos poucos desgruda do meu corpo até cair no chão. Ele puxa os meus lábios até aos seus, é bom, maravilhoso, o seu gosto é doce e delicado. Ele pega em mim e leva-me até a sua cama, pela primeira vez os nossos olhares se cruzam e eu sinto estou perdida, que é ele quem assume o comando da situação. Os seus beijos continuam e eu não sei como reagir ou o que fazer...

- É intenso demais, não sei como lidar com algo assim.

- Deixa-te levar, eu vou guiar-te! - A sua voz rouca incentiva-me a continuar para descobrir o que ele tem para me mostrar.

Oblívio - A EscolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora