Brandon sorria pelo caminho até casa, o encontro com todos estava marcado para daqui a uma semana e eu estava com a minha pior cara...
- Quero a minha equipa!
- Não Shannon, lamento mas estás por tua conta.
- Achas que consigo tratar de tudo sozinha? São chefes da máfia não um grupo de assaltantes de supermercado.
- Tudo bem, três soldados e não se fala mais nisso, já agora tira essa cara, se o teu marido acha que o estás a trair comigo ainda melhor, fico feliz por saber que o faço sofrer.
- Que bom, um de nós está feliz, diz-me uma coisa, é verdade que vais ser pai? - Vejo-o olhar agora para mim com um ar sério.
- Sim mas paguei muito dinheiro para ela ter o bebê longe, terá uma vida confortável mas sejamos sinceros pessoas como eu e tu não fomos feitos para ter filhos, serão pedras no caminho e alvos fáceis para os nossos inimigos.
- Talvez tenhas razão. - Dou por mim a pensar no meu bebé e no futuro que lhe espera.
- Será melhor assim, para todos.
Quando entro na casa sou seguida por Brandon, a minha paciência estava por um fio com ele...
- Que tal relembramos os velhos tempos? - Ele fala com uma voz sedutora, outrora eu iria a correr para o quarto com ele, agora Eric é o único homem para quem olho.
- Brandon vai embora e passa numa boate para satisfazeres as tuas vontades.
- Vá lá Shannon nós éramos bons na cama e Eric não precisa de saber. - Paro de andar e olho para ele com vontade de lhe estrangular.
- Se abrires novamente a boca para dizer tanta porcaria podes acreditar que acabo contigo, Eric é o único homem com quem durmo e agora que ele nem quer saber de mim, não haverá mais ninguém, homens são um problema.
- Pronto já percebi que hoje não vou conseguir deitar na tua cama então até amanhã. Liga para os teus homens, somente três! - Ele sai sem dizer adeus.
Tomo um duche e visto o pijama, ligo para Taylor...
- Boa noite Taylor!
- Finalmente Shannon, Eric foi a tua procura e eu... - Coitado, parece preocupado.
- Está tudo bem eu já falei com ele, preciso que me envies três soldados de preferência um deles que seja mulher.
- Afinal quem é o misterioso homem que te chantageou?
- Brandon Powell acreditas? - Dá para perceber que Tayloy ficou sem fala e deixo-lhe recuperar o fôlego.
- Que filho da p***.
- Mudando de assunto como está tudo por aí?
- Acho que vais gostar da proposta da equipa de arquitetos!
- Não esperes por mim, se tu aprovas então dá ordem para avançar com tudo, eu confio em ti. - De qualquer forma eu tenho um plano B para seguir.
- Posso fazer alguma coisa para te ajudar?
- Já ajudas mais do que imaginas, dá um beijo a Jenny.
Desligo a chamada e vou para o quarto, entro na cama e dou voltas sem sono, sinto a presença de alguém, os seguranças do Powell ficam sempre do lado de fora da casa então pego na minha arma, se Brandon voltou para insistir...
- Sou eu querida, podes baixar a arma.
- Eric, oh meu Deus como é que entraste aqui? - Saio da cama para o abraçar.
- Esperei a troca de turnos dos seguranças.
- Isso foi quando eu cheguei, estiveste aqui todo esse tempo?
- Sim e ouvi aquele idiota propor-te sexo, não imaginas o esforço que fiz para não acabar com ele.
- Acredito que não deve ter sido fácil mas fizeste bem em não deitar tudo a perder.
- Porque é que não acabas logo com ele?
- Porque ele tem alguém infiltrado na Rússia e se algo lhe acontecer certamente um de nós vai sofrer as consequências.
- Taylor já tem um suspeito, sei que está dar o seu melhor para provar a responsabilidade desse soldado.
- Vamos ficar aqui a conversar ou experimentar a cama?
- Exelente ideia!
Sem lhe dar tempo de pensar eu beijo os seus lábios, sinto as suas mãos no meu corpo e fico arrepiada, ele retira a minha camisola e pega em mim ao colo, puxa-me na cama e vai apagar a luz, não podemos ser vistos pelos seguranças. Entre beijos e carícias sinto um enjoo, afasto-o de mim e corro até a casa de banho para vomitar...
- Ei, estás bem? - Ele agarra o meu cabelo enquanto eu deito tudo fora.
- Desculpa, estou um pouco enjoada.
- Não comeste, reparei que no jantar estavas pálida, o que se passa Shannon?
- Nada! - Lavo a boca e olho para ele através do espelho.
- Tu tocas-te em mim quando aquela bala me atingiu...
- Não é nada disso, fiz exames e o que tenho não tem nada a ver com o veneno. - Viro-me para olhar nos seus olhos, não posso esconder algo tão importante.
- Então é o quê?
- Estou grávida.
- Grávida? - Ele passa as mãos no cabelo e a reação não é a que eu imaginava.
- Fala baixo Eric, lembra-te que sou vigiada.
- E não me contaste nada? - Estava irritado comigo, nem tive direito a um sorriso.
- Tu estavas na clínica e eu descobri por causa dos exames que fizemos, depois tive de partir e não nos falamos depois disso.
- E mesmo assim aceitaste esta loucura?
- Querias o quê? Não te posso perder.
- Essa criança corre mais riscos que qualquer um de nós. - Ele agarra nos meus braços com força - Vais regressar agora mesmo para a Rússia.
- Não Eric, vou fazer o combinado e depois tratamos deste assunto.
- O meu filho não é um assunto e não há nada a tratar... Tu não estás a colocar a hipótese de não o ter.
- Eu ainda não pensei bem, teremos de falar... - Agora sou eu que agarro no seu braço quando me tenta virar as costas.
- Não há nada a dizer, o meu filho vai crescer, ser saudável e feliz. - Ele puxa o seu braço e afasta -se nervoso, eu entendo não quero que pense que sou um monstro mas também sei que não me vai ouvir.
- Calma Eric!
- Sabes que mais eu vou embora, tenho assuntos a tratar.
- Estás a fugir! Eu não acabei de falar.
- Não quero ouvir, preciso apanhar ar.
Ele respira fundo, beija a minha testa e sai pela janela.
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Oblívio - A Escolhida
AcciónQuem eu sou? Não sei! O meu corpo e a minha personalidade estão em total desacordo com a minha mente porque a minha amnésia teima em infernizar a minha vida. Eu preciso descobrir o meu passado mas para isso tenho de me manter focada no presente e tr...