Doodles ❃ l.s || abo

O1

Boa leitura amores. xxxx

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– Eu já disse ao senhor para não se preocupar. – Louis disse para seu avô Keith o empurrando levemente com um sorriso nos lábios para que ele pudesse entrar no táxi junto com sua avó que já estava a muito tempo o esperando dentro do veículo. 

– Você tem certeza que vai cuidar direitinho desse lugar? – Keith perguntou em dúvida e Louis balançou a cabeça em concordância a fim de deixá-lo mais aliviado. 

Louis sempre foi um ômega independente que gostava de sentir que estava no controle da situação, então quando soube que seus avós iriam viajar ele se animou com a idéia de cuidar do antiquário que lhes pertenciam, porque aquele lugar era importante para a família Tomlinson, e para Louis ter sido o escolhido entre as suas irmãs o deixou orgulhoso, porque mostrava que mesmo ele sendo um ômega ele seria capaz de cuidar de um estabelecimento e aquilo o deixava feliz. É claro que seu pai, Mark Tomlinson não gostou da idéia, porque disse a Louis que poderia ser perigoso para ele tomar conta de um local enorme quanto ao Doodles sozinho. O alfa sempre foi muito protetor com os filhos e ainda mais com Louis que era o único ômega, porque sim, por ironia do destino Lottie e Fizzy eram alfas e é claro que ele tinha que ser o único ômega. 

Mas aquilo nunca o impediu de ir atrás de seus sonhos, e ele sempre procurava passar por cima das ordens de seu pai, mesmo que na maioria das vezes fosse difícil. Seus avós eram como anjos e sempre o ajudaram, porque infelizmente sua mãe havia falecido muito cedo e era uma barra para Mark cuidar de seus três filhos sozinho. Louis tinha vinte e um anos e já era formado em publicidade e propaganda, mas ele sempre trabalhava em lugares que não precisavam nenhum pouco dos ensinamentos de sua faculdade e aquilo o deixava frustrado. Ele estava desempregado e havia dito aos avós que não seria necessário receber por ajudá-los no antiquário, mas seus avós não concordaram com aquilo e disseram que durante os cinco meses em que ficariam viajando, iriam depositar dinheiro na conta de Louis para ajudá-lo pelo tempo em que ele poderia realmente procurar por um emprego. E então quando ele finalmente conseguiu fazer com que Keith Tomlinson entrasse dentro do táxi para seguir o caminho do aeroporto junto de sua avó, o ômega se permitiu respirar fundo ao ver o carro ir embora. 

Louis não ia muito ao Doodles quando era criança, porque sempre teve medo do estabelecimento, afinal aquele lugar era repleto de coisas antigas e o que mais assustava Louis eram os brinquedos e bonecas da década de cinquenta com aquelas roupas da época e os olhos gigantes. Tomlinson nunca admitiria que ainda sim tinha medo daquelas coisas, mas ele precisava superar aquilo de uma vez por todas. O ômega então tratou de respirar fundo novamente para entrar no estabelecimento e o local era sim, muito aconchegante apesar das tralhas que o rodeavam. Qual é? Louis não curtia muito aquelas coisas de outras décadas e sim, para ele a maioria era tudo tralha, mas ele sabia que haviam pessoas, que eram idiotas em sua opinião, que gostavam de colecionar tais tralhas. 

– Droga, não acredito que aqui não tem internet. – Louis disse assim que procurou por alguma rede Wi-Fi no estabelecimento e percebeu que não havia nenhuma, apenas algumas que tinham o sinal muito fraco de outros estabelecimentos próximos.

O ômega bufou indo para trás do balcão pensando no que ele poderia fazer durante aquele período dentro daquele lugar. Então ele teve a idéia de explorar, afinal já que ele ficaria trabalhando ali durante um tempo, era interessante saber como seria seu local de trabalho, então ele começou a caminhar pelo lugar, vendo diversas coisas antigas, como relógios de bolso, rádios, câmeras fotográficas antigas, pratos e bules de louças decorados, espelhos antigos e muita mais muita coisa antiga que ele nem sabia que existia. 

Ele parou em frente a uma prateleira de xícaras antigas que pareciam terem sido usadas pela realeza a uns cem anos atrás. Haviam o jogo completo de pratos e talheres naquela mesma prateleira de vidro e madeira e mais para frente haviam mais coisas como brinquedos, alguns discos e tinha muita coisa ali que Louis não sabia o nome, mas ele de certa forma não teve tempo de vasculhar mais algo conhecido por seus olhos, já que o tilintar do sino da porta fez o seu habitual barulhinho e ele soube que alguém havia entrado na loja.