Capítulo 40

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Rafaella

De repente eu acordei em um dia, minha irmã estava morta e eu era  mãe de uma menina recém-nascida.
De repente eu virei mãe e achei que o meu mundo tinha acabado de desmoronar, mas não, o meu mundo estava apenas se levantando.
Eu estava sendo gerada para hoje, para hoje ser a mãe da Dalila e do Teodoro.
O que me leva a pensar:
Será que Raissa sabia o que a maternidade de Dalila faria comigo?
Lila me mudou desde o primeiro momento, mesmo eu estando relutante, Lila me mostrou o verdadeiro significado da palavra amor, e desde então, eu tenho aprendido com ela e agora com o Teodoro o que é ser mãe de verdade.
É se assustar quando vê o positivo e não saber o que fazer porque uma vida depende da sua.
É passar 9 meses com uma pessoa em seu ventre, chutando e soluçando.
É passar por uma dor enorme e incomparável para enfim poder ver o rosto dessa pessoa.
É amamentar as 3 horas da manhã quando poderia estar dormindo.
É andar pela casa sem saber o que fazer porque essa pessoinha esta com cólica.
É vê-lo falar pela primeira vez e quando ouvir a palavra "Mamãe" saindo de seus pequenos lábios, se derreter por inteiro.
É vê-lo sorrir pela primeira vez.
É estar lá quando ele der o primeiro de muitos passos.
É vê-lo crescer a cada dia e saber que você fez parte de cada momento precioso da vida daquela pessoa.
A maternidade assusta, ela assusta, mas em seguida, ela acalma e tudo o que paira no ar é o amor, o amor por aquele pessoinha que no começo, você nao imaginou que chegaria amar assim.
Talvez Raissa soubesse disso e queria que eu tivesse a chance de amar uma pessoinha assim e eu sou eternamente grata a minha irmã por ter me dado essa chance.

1 ano depois

- Parabéns pra você! Nesta data querida, muito felicidades, muitos anos de vida!!

- E pra Dalila nada!

- Tudo!!!

Dalila bate palmas enquanto cantamos parabéns.
Seis anos, seis anos de vida e quem diria que chegaríamos a tanto.
Parece que foi ontem que voltei para a o orfanato pegando ela de volta de decidindo que eu seria a sua mãe verdadeira.

- Dalila!! Dalila!!

- Assopra, filha!

Pedro abaixa com Teo em seus braços e eu, abaixo com Dalila e nos quatro apagamos a vela do bolo, fazendo todos bater palmas.
Depois de cortamos o bolo, logo Dalila voltar a correr para brincar com os amigos.
Teo, está no colo de Pedro e sentamos na mesa reservada apenas para a família.

- Ela esta radiante, não para quieta em nenhum segundo.

- Ano passado queríamos ter feito uma festinha pra ela... mas nossos planos foi por água abaixo. Muita coisa aconteceu.

- Passado é passado, filha! Vamos focar nesse lindo presente e no futuro.

Mamãe diz pegando minha mão, deito em seu ombro e ela beija minha testa, entao Teo começa a chorar e se jogar para que eu o pegue dos braços do pai.

- Quer a mamãe, vem meu amor!

Pego Teodoro e começo a encher ele de beijos, fazendo ele soltar gargalhadas altas e engraçadas, então ele começa a querer descer para o chão, fazendo todos na mesa darem risada.

- Rafa, deixa eu levar ele para brincar na piscina de bolinhas. Ele vai adorar.

- Só toma cuidado com as crianças grandes, Mia. Esse menino tem 1 ano e acha que é adulto.

- Pode deixar!

Ela diz rindo.

- Vem, gordinho da tia!

Mia pega Teo e o leva para brincar junto das outras crianças.
Olho para minha mãe e ela está com a respiração um pouco ofegante, franzo a testa.

- Está tudo bem, mãe?

- Sim! Sim, querida, eu só preciso ir lá fora tomar um ar, meu amor...

Ela levanta e Antônio também pegando a mão dela, franzo a testa.

-  Já voltamos.

Os acompanho com o olhar sem entender absolutamente nada, então Dalila me puxa dos meus pensamentos.

- O que foi, amor?

- Posso blincar com o Teo no pula-pula? A tia Mia disse que nao pode porque o Teo é pequeno, mas eu plometo segular ele dileito.

- Meu amor, não pode. O Teo é muito pequeno para piscina de bolinhas.

- Mas o tio da piscina de bolinhas disse que é de 1 - ela faz um com o dedo. - até o 11 anos! Então ele pode, o Teo tem 1. Eu segulo, mamãe.

- Meu amor, nada disso. O Teo não pode na piscina porque senão pode machucar ele, talvez não por fora, mas por dentro. E não queremos o Teo dodói, não é?

- É... - ela diz balançando a cabeça assentindo.

- Quando ele tiver maior, a mamãe promete que deixa ele brincar com você em um pula-pula, tudo bem?

- Plomete?

- Prometo! Juro juradinho!

Ela pula me abraçando, dou uma gargalhada a enchendo de beijos, quando nos afastamos, ela arregala os olhos, então percebo que não está me olhando, me viro e fito Samuel, parado na porta do salão de festas e segurando um presente grande.
Volto a olhar para Dalila.

- É o papai Samuel, corre e da um abraço beeem apertado nele, meu amor!

- Papai Samuleu!

Dalila sai correndo e pula nos braços de Samuel que abraça apertado.
Olho para Pedro, ele sorri e então levantamos, caminhando até os dois, que estão conversando.
Samuel cólica Dalila no chão e então entrega a caixa embrulhada no presente que ele trouxe.

- É para você, espero que goste!

- Posso abrir, mamãe?

- Claro, amor! Abre!

Dalila rasga o embrulho e logo vemos uma baixa com uma linda boneca, Dalila arregala os olhos e começa a rir apaixonada pela boneca.

- Obrigada, papai Samuleu! Eu adolei a boneca!

- Que maravilha! Vem cá me da mais um abraço?

Ela o faz, abraça o pai e o beija na bochecha, sorrio e logo ela pega a caixa com a boneca e sai correndo para mostrar para as amigas que estão brincando.

- Bom te ver novamente, Samuel.

- Recebi o seu email com o convite. Queria trazer o meu filho, mas ele está um pouco doentinho e achamos melhor não colocar ele em um avião. Então, apenas eu vim para a festa.

- Ela não vê a hora de conhecer ele... seja bem vindo!

- Obrigada, Rafa! Ah, e eu não vejo a hora deles se conhecerem. Afinal, eles são irmãos.

- Isso é verdade!

- Você toma cerveja, Samuel?

Pedro pergunta, olho para ele sorrindo.

- Agora, uma vez ou outra!

- Vamos tomar um? Afinal, nossa filha está completando 6 anos.

- 6 anos! Eu aceito, Pedro!

- Vamos lá!

Pedro me beija e em seguida vai para a mesa de bebidas junto de Samuel, sorrio fraco e então, vejo Teo brincando na piscina de bolinhas, junto de Mia, que da gargalhadas.
A minha vida não poderia estar melhor, não poderia.
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Até a próxima

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LÁGRIMAS

De repente mãe - Completa - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora