Capítulo 43

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Epílogo
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Agradecimentos

Felipe

- Acha que seus pais gostaram de mim?

Mirella pergunta se virando, sorrio segurando sua cintura e ela joga seus braços em meu ombro.

- Com toda a certeza do mundo meus pais gostaram de você. Não tem porque eles não gostarem, além de ser a mulher que estou perdidamente apaixonado, é um mulher maravilhosa de boa.

- Seu bobo!

Selamos nossos lábios, quando nos afastamos, sorrimos.
Conheci Mirella na lanchonete do hospital Lisboa, ela é enfermeira da oncologia e quando a vi pela primeira vez, foi como se eu recebesse uma bela de uma flexada no coração.
Calma, agora eu fui o cara mais piegas da face da terra, mas eu me sinto exatamente assim.

- Quer que eu te leve? Posso ir e quem sabe falar com seu pa...

- Não, amor. Eu vou com o uber - Ela vira e logo fito um carro. - Quero que você conheça meu pai sóbrio, e esses dias, ele está tudo, menos sóbrio.

- Tem certeza?

- Absoluta!

Ela abre um sorriso singelo, também sorrio acariciando seu rosto, beijo sua testa.

- Quando chegar, me avisa, por favor.

- Eu avisarei, com certeza.

Selamos nossos lábios mais uma vez, quando nos afastamos, Mirella salta para dentro do carro e logo o carro da partida saindo da frente da casa.
Quando faço menção de entrar, sou de cara com Rafa, ela cruza os braços e abre um sorriso largo.

- Não me assusta assim, misericórdia!

- Por que ela não deixou você levá-la?

Sento no degrau da entrada de casa e Rafa senta ao meu lado.

- O pai dela é alcoólatra. Ela trabalha no hospital para manter a casa, o aluguel e tudo mais. Ela não quer que eu vá lá, tem vergonha.

- Meu Deus... É só os dois?

- Não. Tem o irmão mais novo dela. Mateus. Tem 10 anos. Um faz compainha para o outro quando Edward chega em casa bêbado e quebrando tudo.

- Meu Deus, Lipe... Essa garota é mesmo maravilhosa. Pra suporta tudo isso, sozinha.

- É isso que eu mais admiro nela, a força e garra. Ela luta para cuidar do irmão...

Rafa coloca sua mão em meu joelho e abre um sorriso terno.

- Tenho certeza que você será o príncipe encantado dela. Mas todo o príncipe precisa enfrentar uma fera ou algo do tipo, acho que no seu caso, é o pai da Mirella.

- Nossa, você me encorajou mesmo, em? Meu Deus!

Damos uma gargalhada alta, Rafa deita a cabeça em meu ombro e deito a minha cabeça na dela, e juntos, ficamos encarando a noite escura, em silêncio.
Bom, por alguns minutos, até que a pequena sapeca Dalila surge segurando um ursinho na mão.

- Puque estão aqui fora? Tá flio, sabia?

Começamos a rir.

- A vovó mandou todo mundo entlar! Agola!!

Imediatamente Rafa e eu levantamos e logo estamos dentro de casa, atendendo ao pedido da mamãe e da pequena sapeca mandona, Dalila Maldonado.
Sento ao lado de mamãe, que esta com Teo nos braços e Rafa senta ao lado de Pedro, cruzando as pernas e deitando no peito do marido, encarando Dalila que diz que vai cantar uma música para a família dela.

- Que música quelem ouvir?

- A que vocês quiser, filha!

Rafa diz rindo.

- Deixa eu pensar... - Dalila coloca a mão no queixo, pensando em qual musica irá cantar, então abre um sorriso largo, dizendo: - Já seii! Eu vou cantar a música da mamãe!!

Todos olhamos para Rafa, ela está encarando Dalila e em seu olhar qualquer pessoa percebe o grande e imenso amor que ela sente pela Dalila, a voz doce da pequena nos puxa para ela.

- Minha mãe, o que passou por mim niguem vai passar. Minha mãe, sei que sofleu po mim sem lecama. Você dalia a vida po mim, só pla me debende, falia qualque coisa po mim, sem se alepender. Esse é o dom de ama, que Deus te deu! Minha mãe, valeu pelo calinho e atenção! Minha mãe, valeu do fundo do meu colação, pla você o seu maio plesente fui eu, então saba que pla mim, nós somos iguais, poque você é o melor dos plesentes que Deus me deu. Mamãe eu te amo, demais!!!

Dalila sai correndo e pula no colo de Rafa a abraçando, Rafaella está em lágrimas rindo com o abraço da filha, olho para minha mãe e ela está chorando abraçada a Teo, que bate palmas gargalhando.

- Eu também te amo, minha menina linda!

- Querida, Rafa... Eu queria conversar com vocês.

- O que aconteceu, querido?

Mamãe franze a testa.

- Tudo bem, Antônio?

- Quando Bete e eu chegamos de viagem, ano passado. Bete saiu e eu vim para casa me arrumar para ir ao escritório. Então, levaram até meu escritório uma carta que estava direcionada a mim. Dentro do envelope, tinha duas cartas, uma para mim e outra para Bete e para você Rafa.

- Da Raissa, não é?

Rafaella pergunta colocando Dalila no chão e levantando devagar.
Papai balança a cabeça assentindo e entrega a carta para Rafaella, que olha para minha mãe, que a essa altura já está em lágrimas.

- Essa carta é para as duas, vão ler no escritório. Estaremos esperando vocês.

- Mãe...?

- Vem, querida!

Mamãe diz já me entregando Teo, as duas vão para o escritório de mãos dadas e nós, os homens que ficam nos entreolhamos.
Eu queria ter conhecido a Raissa, ela era inteligente e uma mulher extremamente boa, acho que seríamos bons irmãos, assim como eu e Rafa estamos sendo.
Acho que nós três, seríamos irmãos inseparáveis, talvez o nosso amor fosse tão grande, que nada nem ninguém seria capaz de separar os irmãos Maldonado.

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Será que vai ter um spin-off com a história de Lipe e Mirella?
Ah, não!
Estou muito boazinha.

Até a próxima

De repente mãe - Completa - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora