Capítulo 41

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Rafaella

Acordei num sobressalto quando percebi que meu celular estava tocando.
Olhei para o lado e Pedro ainda estava dormindo, pelo jeito nem ouviu o toque do celular, sorrio e devagar, me levanto, pegando meu celular no criado-mudo, então vejo o nome de Felipe, franzo a testa e rapidamente atendo.

- Lipe?

- Rafa... É a mamãe...

- O que... O que aconteceu?

- Estamos no hospital Lisboa, acho que ela estava tendo um infarto. Corre pra cá, Rafa...

Desligo e chamo Pedro, tentando manter a calma e não acordar meus filhos.
Quando acorda, Pedro me pergunta o que está acontecendo e conto, tentando colocar em minha mente que minha mãe está bem e que nada de ruim vai acontecer.
Pedro liga para Mia, e não demora muito, ela chega em casa, ainda vestida em um pijama de calça e camiseta, com uma blusa de frio.
Coloco Teo dormindo no bebê conforto e cubro seu pequeno corpo, ele acabou acordando com a movimentação na casa, o amamentei e ele adormeceu.

- Mia, Teo não vai acordar por agora. Apenas umas 8 horas e Dalila pode perceber que saímos e acordar, mas não diga nada a ela tudo bem?

- Pode deixar, Pedro. Vou rezar pela dona Bete, ela vai ficar bem.

Sorrio fraco e balanço a cabeça assentindo, Pedro também sorri e em seguida pega minha mão, então entramos no carro, logo não estamos mais na porta da nossa casa.
Assim que chegamos no hospital, corro para a emergência e imediatamente fito Felipe e Antônio sentados aflitos, respiro fundo e logo ambos percebem minha presença, então levantam.

- Cadê ela?

- Ainda não sabemos. Eles estão com ela, não sabemos o que está acontecendo, se ela está bem. Chegamos há 2 horas e nada de virem falar sobre a Bete.

- Mas o que aconteceu?

- Ontem ela reclamou de dores no peito, eu disse que deveríamos vir ao hospital, mas você já conhece a mamãe, ela disse que estava tudo nem, que deveria ser apenas um mal estar. Então, de madrugada, começou a gritar de dor e corremos com ela.

Sinto a mão de Pedro em meu ombro, respiro fundo segurando minhas lágrimas e sento no sofá da sala de espera, afundando meu rosto em minhas mãos.
Ela não pode simplesmente morrer e me deixar assim...
Ainda não vivemos tudo o que temos que viver, ainda não vivemos tudo o que uma mãe e uma filha precisam viver para resgatar o tempo perdido.

Ela não pode morrer...

Estamos há horas sem notícias.
Pedro já foi verificar o que estava acontecendo e tudo que disseram a ele é que minha mãe está em cirurgia após um infarto grave.
E desde então, não sabemos absolutamente nada.
Talvez seja isso que cause mais pânico nas pessoas que estão com parentes internados e doentes, a falta extrema de notícias.
Sinto o toque dos lábios de Pedro, sorrio e o abraço mais, tentando trazer o calor do seu amor para mais perto, então, Antônio e Felipe levanta, percebo que um médico entrou na sala de espera, Pedro e eu levantamos também e meu marido entrelaça seus dedos nos meus.

De repente mãe - Completa - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora