Capítulo 42

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Rafaella

- Você está tão quieta hoje, desde que acordou, esta tudo bem, amor?

Pedro pergunta me olhando pelo retrovisor, respiro fundo dizendo:

- Não tive sonhos bons...

Digo acariciando o rostinho de Dalila, que dorme na cadeirinha e ao seu lado Teo, que também dorme.

- Mas vou ficar bem, não se preocupe, amor.

Pedro sorri e lança uma piscadela, sorrio e volto a acariciar o rostinho de Dalila e Teo.
Felipe organizou um jantar apresentar a namorada, tento ficar empolgada com isso, mas depois dessa noite, parece que nada é interessante.
Pedro estaciona o carro e saltamos para fora, acordo Dalila devagar, então, tiro seu cinto de segurança e ajudo ela a descer do carro, Pedro pega o bebê conforto com Teo e então entramos na casa.

- Chegamos!

Dalila diz entrando de mãos dadas comigo, assim que vê o tio, ela corre e pula no colo dele fazendo todos gargalhar.
Pedro e eu sentamos no sofá, ele coloca o bebê conforto ao seu lado, Teo continua dormindo, o que me faz olhar para cada canto da casa procurando minha mãe, mas ela não está aqui.

- E cade a moça?

- Ela está chegando, vocês vão adorar conhecer ela.

Sorrio.

- Tenho certeza que sim. Só de olhar para seus olhos brilhando, a gente tem certeza de que essa moça é boa.

Felipe abre um sorriso largo,  beija a bochecha de Dalila, quando volta a me olhar, ela abre um sorriso largo dizendo:

- Ela está na estufa, quer colocar girassóis na mesa para dar boas vindas a Mirella.

- Eu vou falar com ela.

Levanto, selo meus lábios nos de Pedro e saio da sala caminhando para o jardim, logo fito a estuda e então entro, sorrio sentindo um alívio percorrer meu corpo quando fito minha mãe, vestida em sua roupa de jardinagem e cuidando das suas rosas.

- É tão bom te ver bem...

Mamãe se vira assustada, ela da uma gargalhada e caminha até mim tirando suas luvas, então me abraça, um abraço apertado, um abraço que nessa noite, por um momento achei que nunca mais teria, então começo a chorar.

- Meu amor, - ela se afasta, mas a puxo para meu abraço novamente. - Filha...

- Fica aqui, mãe... - digo com a voz embarga. - Só mais um pouquinho, por favor. 

- Tudo bem... Shiii... Esta tudo bem...

Quando me dou conta, totalmente de que era apenas um sonho, mamãe se afasta, segurando meu braço, então limpa minhas lágrimas com seu polegar e coloca um tufo do meu cabelo atrás de minha orelha, me levando a sentar no banco, do lado de fora da estufa.

- Filha, o que aconteceu?

- Essa noite eu sonhei que você tinha morrido. Que tinha tido um infarto e que tinha morrido, eu fiquei devastada, eu... mãe, eu... Meu Deus, parecia algo tão real, tão real que quando acordei, demorei para acreditar que era um sonho.

- Oh meu amor...

- Me diz que você  mnão vai morrer, mãe, eu não suportaria perder você. Não agora, não... Eu preciso de mais tempo com você, mais tempo para dizer que te amo, por favor.

- Eu, meu amor - Ela volta a me abraçar, me encolhendo em seus braços. - Eu estou viva, estou bem. Quer alguém mais viva que eu? Eu estou bem, minha menina. Olha para mim, estou inteira e bem.

- Então por que parecia tão real?

Pergunto quando nos afastamos, mais uma vez ela limpa minhas lágrimas sorrindo.

- Sonhos tendem a parecer reais. Mas não são. Foi apenas um sonho e eu prometo que não vou morrer tão cedo.

- Para, a senhora não pode prometer isso.

- Tem razão eu não posso, mas eu posso dizer que sou uma mulher de quase 77 anos, sou saudável e não tenho nenhum problema de saúde, então, acho que tenho mais alguns anos pela frente, querida.

Sorrio.

- Ano passado eu tive um começo de infarto, mas naquela época estava acontecendo muitas coisas, mas nesse ano, já realizei exames e meu coração está perfeitamente saudável... Então, fica calma.

Mamãe sela seus lábios em minha testa, e sorri limpando minhas lágrimas novamente, então a abraço novamente, a apertando contra meu corpo para que minha mente se conta, verdadeiramente, de que dona Bete está viva, saudável e que não vai morrer tão cedo.

- Seja bem-vinda à família, querida!

- Obrigada, senhora Bete!

Mamãe abre um sorriso terno, brindamos e voltamos a nos sentar no sofá, Dalila está sentada no chão, brincando com alguns brinquedos que Antônio deu a ela quando chegou do trabalho.
Teo está no colo da mamãe, brincando com seu colar, o colocando na boca e rindo das cócegas que mamãe faz nele.

- Agora a minha esposa está mais feliz e disposta.

Pedro diz em meu ouvido, sorrio me virando e beijando seus lábios, ele também sorri. 

- Minha mãe está bem, meus filhos estão bem e eu sou esposa do homem mais gato e perfeito desse mundo. Então, eu estou feliz e disposta.

- Eu te amo...

- Eu também te amo, meu amor!

Selamos nossos lábios, então sinto uma mãozinha tocar minha perna, quando Pedro e eu nos afastamos, vemos um pequeno corpinho se equilibrando em nós para levantar, depois de uns 5 segundos, ele consegue ficar em pé e abre um sorriso largo mostrando alguns dos dentes que saíram, Pedro e eu damos uma gargalhada alta e pego o pequeno anão de Jardim, juntos enchemos Teo de beijos, fazendo ele gargalhar, olho para Lila, que está olhando para nós, imediatamente a chamo e de prontidão, ela levanta do chão e corre, pulando nos braços de Pedro.
No começo era difícil me imaginar sendo mãe de família, hoje, olhando para eles, é difícil me imaginar sem ser mãe de família.
Eu me sinto a mulher mais abençoada e sortuda desse mundo.
Tenho filhos e esposo maravilhosos.
Tenho uma mãe que me ama acima de qualquer coisa e que sempre está comigo.
Tenho um paidrasto que se tornou o meu pai de coração, que me mima e ainda por cima, mima os meus filhos.
Tenho um irmão mais novo cheio de vida é com um coração gigante.
E agora, uma cunhada.
Estou rodeada de pessoas boas, que me ama e amam a minha família.
De repente, isso basta para mim.
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EU AMO ENGANAR VOCÊS!
SIM, ESTOU RINDO COM UMA XÍCARA DE CHÁ

Até a próxima

De repente mãe - Completa - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora