Rafaella
- Dalila ainda está com um pouco de febre, damos uma medicação para a febre abaixar e notei que ela esta com sintomas de desidratação. Ela tem se alimentado? Tomado água?
Bete pergunta me encarando.
- Ela não está comigo...
Olho para Samuel e ele se apróxima de Bete, começando a dizer:
- Ela comeu apenas um sanduíche hoje pela manhã, mas só depois que eu insisti muito. Ela não queria comer nada.
- Ela é uma criança. - Digo sentindo um odio grande me invadir. - Você não deve acatar o que ela diz, deveria ter conversado com ela e explicado que era para o bem dela. Não se deixa uma criança de 5 anos sem comer.
Digo quase pulando em cima de Samuel, mas Pedro me segura me pedindo calma, pela Dalila.
Voltamos nossa atenção para Bete, que nos pede calma.- Já administramos soro na veia dela e ela vai melhorar, é só dar alimento para ela, mesmo ela não querendo. É importante. Mas o que aconteceu, o que está fazendo a febre dela não abaixar é a saudade...
- Como assim?
- Ela está com você?
Samuel balança a cabeça assentindo.
- Desde que Dalila deu entrada na emergência com febre alta, a única pessoa que ela chama é a Rafa. É febre emocional.
- Está dizendo que ela esta dessa forma porque está com saudade da Rafa?
- Crianças na idade dela tendem a ter febre emocional quando são afastadas de algo ou alguém que amam muito. No caso da Dalila, ela foi afastada da mãe e a forma dela dizer que está com muita saudade, é essa...
Começo a chorar e Pedro me abraça acariciando meu cabelo, Samuel olha para mim e para Bete, com algumas lágrimas descendo por suas bochechas e com uma expressão estranha, talvez culpada.
- Rafa, ela está chamando por você. A febre só vai abaixar quando ela ver a mãe dela.
Olho para Bete, ela abre um sorriso terno e no mesmo segundo, um sentimento de gratidão invade meu corpo e acabo sorrindo também.
- Dirce vai te acompanhar até o quarto dela... Mais tarde volto para examinar ela novamente.
- Obrigada, Bete!
Ela sorri, faz menção de dizer algo, mas parece desistir e após pedir licença, sai da sala de espera nos deixando.
Beijo Pedro assim que vejo Dirce chegando, ela me chama logo a acompanho indo para o quarto onde está minha pequena.
Assim que chegamos no quarto, abro a porta e entro fitando a minha pequena deitada na cama, com a camisola do hospital, tomando soro na veia e com alguns fios ligados ao corpo monitorando seus batimentos cardíacos e a febre.
Selo meus lábios na sua testa, logo Dalila abre os olhinhos e assim que me vê, os arregala e abre um sorriso gigantesco.- Oi, meu amor! É a mamãe...
Digo rindo ao ver sua reação inesperada ao me ver.
Pego sua mãozinha, a beijo e me sento na cama, acariciando suas bochechas gordinhas.
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De repente mãe - Completa - Em Revisão
RomansaAtenção: Plágio é crime! Todos os direitos dessa obra são da autora. A estudante de fisioterapia Rafaela Maldonado viu sua vida mudar de forma drástica após sua irmã, Raissa Maldonado, morrer no parto e descobrir que a irmã pediu, como último desejo...