Epílogo

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Resta:
Agradecimentos

Dalila

- Oi, mãe... 

Digo ajoelhando e colocando o buquê de rosas brancas no túmulo da minha mãe Raissa, acaricio a lápide com seu nome e sorrio dizendo:

- Amanhã é o meu primeiro dia na faculdade de arquitetura. Estou ansiosa para saber como vai ser, se vou me adaptar e gostar do que vem por aí... A mamãe vai me dar uma coisa que era da senhora, ainda não sei o que é, mas se foi seu, eu tenho certeza que vou gostar muito!

Limpo uma lágrima solitária que abandona meus olhos, sorrio.

- Ah! Ia me esquecendo... Conheci um garoto. Ele se chama Joaquim. Conheci ele na faculdade, quando fui fazer a matrícula, não sei explicar, mas nos damos bem de primeira. Ele tem uns olhos azuis muito, muito encantadores... - sorrio. - A mamãe disse que devo estar apaixonada, mas ela está doida, deve ser a gravidez.

Dou uma gargalhada.

- Bom, mãe, eu volto para falar mais outro dia. Eu te amo está bem? Cuida da gente.

Beijo minha mão e toco a lápide, quando me levanto, sinto uma mão tocar meu ombro, me assusto, quando me viro, fito Joaquim, com seus olhos azuis penetrantes e encantadores.
Sinto meu coração acelerar e uma corrente de gelo passar por todo meu corpo quando ele abre um sorriso largo.

- Dalila, certo?

- Certo...

Olho para o buquê de rosas vermelhas, volto a olhar para ele, que sorri novamente.

- Essas são para minha mãe. Ela está bem aqui...

Ele ajoelha, limpa o pouco de areia que está na lápide e coloca o buquê no túmulo ao lado, em seguida acaricia a lápide e vejo o nome de sua mãe.

"Dolores Bonfim"

Joaquim levanta sorrindo.

- Minha mãe biológica é a Raissa, ao lado do túmulo da sua.

- Mas...

- É uma longa história.

- Então, a senhorita topa almoçar comigo e me contar essa longa história?

Sorrio, meu cérebro diz não, mas meus lábios diz:

- Sim!

- Perfeito! Vamos?

- Hoje? A... Agora? Eu tô de carro e não posso deixar ele aqui.

Joaquim desfaz seu sorriso dizendo que também está de carro.

- Então podemos almoçar amanhã? Posso pegar você na sua casa, mas dessa vez, só meu carro!

Ele lança uma piscadela, que me desconcerta, apenas balanço a cabeça assentindo.
Então nos despedimos, ele fica para continuar sua visita e saio do cemitério sentindo minhas mãos tremerem e meu coração acelerar.

De repente mãe - Completa - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora