Diário da Miki

A Torre

Sinto que preciso voltar um pouco no meu passado e resgatar o que aprendi nos meus livros. Eles são praticamente minha religião.

Dezesseis Luas: a Ordem

Todas as coisas tem um lugar, um jeito, tudo tem o seu papel. É por isso que doeu tentar colocar outra pessoa no lugar dele, é o espaço dele na Ordem. Isso não pode ser mudado do nada, eu não tenho domínio disso ainda.

De certa forma, pareço com a Lena na parte de ter potencial. Afinal, ela podia ir pras trevas ou pra luz, por questões da própria natureza dela e pela maldição da família. O mesmo vale pra mim, mas sem isso de maldição. Eu só não tenho consciência plena de tudo que faço e suas consequências. Mas tenho potencial pra ser boa, ou ruim. Talvez pra fazer coisas maravilhosas, ou não.

A Torre Negra: 19

Devo dizer que esse número tem me assombrado demais ultimamente. Na história, tudo que estava relacionado ao 19 era ruim, era sinal de mau presságio. Ter 19 anos não tem sido fácil, esse ano de 2019 está sendo uma tempestade sem fim. Meu passado está fortemente relacionado a esse livro, mas não é algo que me machuca, que me faz pensar no que foi ruim de fato. Me faz pensar no quanto essa história me deu força e influenciou a minha escrita.

Devemos mirar com a mente e atirar com o coração.

Sinto que devo voltar pra esses livros outra vez, encontrar meus pedacinhos nele, me deliciar com a história, chorar, sentir raiva, sentir o triunfo sobre o Homem de Preto e o Rei Rubro. Imaginar outra vez o Can'-Ka No Rey, lembrar porque as rosas eram importantes. Meu Deus, o Oi! Era o melhor personagem de todos, um bichinho muito intrigante e fofo.

Eleanor & Park

Um romance adorável que consegui recuperar graças à minha melhor amiga. Eu não sei exatamente o que aprendi com esse livro, mas acredito que vi o que uma pessoa é capaz de fazer quando se ama outra. Ver como isso supera diferenças econômicas, de etnia e até mesmo o espaço. Ver o jeito que o Park cresceu pra poder estar com a Eleanor é incrível.

Branca de Neve e o Caçador

 O livro que eu perdi uns anos atrás. Tem o filme também, mas a história sempre é melhor quando lida.

Vencer a Ravenna, algo que parecia impossível pra uma princesinha que passou anos trancada na masmorra e que depois estava liderando um exército. Apesar de ser a pessoa má da história, aprendi muito com a Ravenna. Poder, a arte de influenciar as outras pessoas... são coisas que busquei sempre, mas tentei canalizar e transformar em algo mais positivo. 

Alice no País das Maravilhas

Amo todas as adaptações e releituras que li até agora. Todas elas mostram uma Alice forte e curiosa, determinada, que luta por aquilo que acredita e que vive na doce loucura do País das Maravilhas. Eu amo aquele lugar, o jeito que é colorido e vivo, até o Jaguadarte me é interessante.

Tudo isso e os filmes e animes moldaram quem sou. São pequenos fragmentos de mim, são minha personalidade e são livros que eu protejo pra sempre. Vou ama-los eternamente. São aquilo em que acredito.