conhecimento

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*Evelin*
São exatamente 6:20 da manhã, me encontro sentada em minha mesa, agora cansada. Passei a noite estudando um caso clínico, não é atoa que sou a melhor, pois consegui descobrir oque minha paciente tinha. Eu me garanto em tudo que se torna minha responsabilidade, não deixo me levar por pouca coisa.
Sou surpreendida pelo o barulho da minha porta sendo aberta, quando olho calmamente em direção a mesma, vejo Aline entrando com duas canecas de café na mão e com um grande sorriso.

– ficou de novo estudando? Desse jeito você vai adoecer, você mais do que ninguém sabe disso.

Ela me olha preocupada. Até entendo essa preocupação toda que ela tem comigo, afinal ela sempre cuidou de mim. Nos conhecemos em um trabalho, quando ainda morávamos no Brasil. Desde então, ninguém nos separa.

– você sabe que eu não consigo ficar parada, ainda mais quando o assunto é meu trabalho. Conhecimento é tudo, Aline. Sem contar que eu acho muito agradável meus horários de estudos. 

Digo sorrindo para ela.
Ela bate na cama para eu me sentar ao seu lado, e assim faço. Encosto minha cabeça no seu ombro e fico.

– incrível como nós duas mudamos. Eu nem acredito que éramos aquelas meninas escandalosas... E olha hoje para nós.
– Aline, circunstâncias forçam a mudanças. Hoje, eu me orgulho de quem me tornei, e me orgulho do que você se tornou, não é mesmo "a melhor jornalista do ramo"

digo a ela.

– olha quem fala

ela ri. Observando o sol aparecer pela a janela lateral do meu quarto, respiro fundo e me levanto.

– Bem, vou voltar a estudar mais um pouco. Tem muito coisa que ainda não me convenço, prevejo que esta tendo erro médico no caso da senhora Thompson. Devo garantir que aqueles médicos metido a Deus não a matem. Eles andam com essa síndrome de Deus, porém são os que mais matam, e depois disso simplesmente jogam a culpa para o estado do paciente, dizendo que fizeram tudo que podiam. Bando de medíocres...

Aline apenas me olhava atentamente a minha indignação, então, logo em seguida ela soltar uma frase que me faz ficar pensativa, diria eu.

– é por isso que você está aqui, não é mesmo?! É só não deixar, e eu sei que você não deixa. Então está tudo bem.

Ela sorri para mim. Ah, me sinto reconfortada pelo seu sorriso.

– então tá – ela se levanta. – mais tarde eu venho te trazer mais café, não se esforce muito, e... Tente sorrir mais, desse jeito não vai arranjar namorado nenhum.

Quando ela diz isso, eu me viro rapidamente para olha-la, mas ela já tava saindo do quarto rindo. Eu mereço mesmo. Volto a minha atenção para o caso da senhora Thompson, não posso simplesmente ignorar isso e deixar mais uma vida escapar por meus dedos.
Enfermagem... Pq as pessoas subestimam tanto?! Eu diria que é uma profissão tão esforçada quanto medicina...estudamos do mesmo jeito, temos uma convívio maior com os pacientes, nós que fazemos os diagnósticos e os exames, para no final... Apenas entregarmos as informações de bandeja para um médico qualquer, que ao chegar ao um paciente, usará todas as informações que nós desvendamos e no final...advinhem! Ele acaba com os créditos, e nós enfermeiros ficamos apenas como aqueles que "enfiam uma agulha no braço".
Eu desejo que um dia, a enfermagem seja valorizada, e que as pessoas tratem com respeito essa linda profissão.

Volto a minha atenção para o caso da senhora Thompson, é não vou deixar isso acontecer.

*Aline*
Estou escrevendo a nova matéria que terá de ser entregue até o final do dia, para poder chegar a tempo de fazer a analise de uma nova informação. Nós jornalista, temos que analisar bem cada informação que chega a nossas mãos, para não entregarmos qualquer informação falha e falsa para o nosso público.
Escrevo e escrevo, e logo termino...ufa, terminei, agora posso fazer meus afazeres tranquilamente antes de ir trabalhar. Vou começar pelo o café da manhã, só levei um café para a Evy... Conhecendo ela do jeito que conheço, ela não vai querer comer. Pensa em uma mulher difícil para comer, então eu meio que uso a força para socar comida na boca dela, pq se não ela não come, literalmente. Ela começou com isso quando a gente trabalhava no nosso antigo emprego no Brasil, desde então, a mamãe aqui se responsabiliza para não deixar a bonita morrer de fome. Nunca vi isso, que tipo de ser humano se esquece de comer?! Eu NUNCA na minha santa vida vi um negócio desse.

Me direciono para a cozinha, logo começo a preparar um sanduíche natural e um cafezinho. Ela vai comer isso nem que seja na base da porrada, ainda mais que daqui a pouco vamos sair para trabalhar.

– pelo visto já está na hora de irmos ao mercado fazer as compras.

Digo para mim mesma.

– amanhã nós vamos, pois hoje estamos atarefadas...

Termino de fazer o café da manhã, então oque me resta fazer é subir e chamar a madame para comer.
Subindoooo....
Abrindo a porta devagar, vejo que ela está com um grande sorriso no rosto. Entendo, ela conseguiu desvendar o verdadeiro estado que a senhora Thompson se encontra, oque significa que realmente teve erro médico em seu prontuário.
– vamos descer para comer?!

Digo animada.

– comer?

Ela me olha apreensiva. Ah, já vi que vou dar nos nervos com essa menina!

– isso, comer.

Digo me segurando para não arrastar ela para a cozinha.

– vamos comer...minha menina, antes que eu te derrube daquela escada que nem a Nazaré fez na novela

Solto essa frase sorrindo, logo vejo ela se levantando rapidamente me olhando sem graça.

– mas eu não quero comer

Ela diz entediada.

– problema seu, bora, bora.

Ela vai descendo as escadas e eu vou logo atrás, quando ela olha para trás eu sei que a mesma está planejando subir correndo.

–olha que eu te jogo daqui de cima.

Ela suspira derrotada e desce as escadas mau-humorada. Rio da situação, aí Deus, me dê forças para aguenta-la!

Jackson Wang - happinessOnde histórias criam vida. Descubra agora